quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Mensagens

Carrau

Caro Ucha,Obrigado e gostaria ter compartido a viagem !!Abraco,Javier CarrauBodegas Carrau
Enviado desde mi BlackBerry device de Ancel.
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Fenavindima de Flores da Cunha

Nesta sexta-feira, será dado o tiro de largada da Fenavindima 2011, de Flores da Cunha. À noite, acontecerá a festa de escolha da Rainha e das Princesas da festa. Estarei lá, revendo amigos, bebendo vinho e vendo a beleza da mulher serrana.
Aliás, a menos de cinco meses de seu início, o evento entra, hoje, para a era virtual. Ao acessar www.fenavindima.com.br um mundo de informações convidam o internauta a visitar Flores da Cunha e conhecer os diferenciais do maior produtor de vinhos do Brasil.
A página traz informações que vão desde o histórico do evento, passando por atrativos turísticos de Flores da Cunha, até chegar à programação da 12ª edição da festa, que estará sendo atualizada conforme o andamento dos trabalhos de cada comissão. Como uma importante ferramenta de divulgação, a homepage coloca na vitrine todas as ações ligadas ao maior evento da cidade. Podendo ser acessado por qualquer pessoa em qualquer parte do mundo, o site ainda tem a missão de aproximar a comunidade de sua maior festa.
O site foi desenvolvido pela Agência Positiva, de Flores da Cunha dentro dos padrões mundiais da web, tudo para garantir uma melhor navegabilidade ao visitante.
O resultado da escolha das Soberanas da 12ª Festa Nacional da Vindima que ocorre sexta (01/10), a partir das 21 horas no Parque da Vindima Elói Kunz, com show de Claus e Vanessa, é uma das notícias que poderá ser acessada ainda no sábado. Ingressos para o evento esão sendo comercializados na rede de postos Di Trento por R$ 10,00 ou no local a R$ 15,00.
No sábado, viajarei para Livramento, com o objetivo de exercer o sagrado direito do voto, no domingo. Segunda-feira, aproveitarei e darei um pulo na vizinha Rivera, no Uruguai, para beber um belo vinho Carrau e bater um papo com don Javier Carrau.

Jantar com Cave Geisse

Com a participação especial do enólogo chileno Carlos Abarzua, teremos um grande jantar, dia 5 de outubro, às 20h30min, na Vinhos do Mundo (av. Carlos Barbosa, 425, em Porto Alegre. Ele é o enólogo e o gerente geral da Vinícola Geisse, que produz um dos melhores espumantes brasileiros e vinhos de alta qualidade. O ingresso custará R$ 98,00, que serão muito bem gastos.
Este é um evento exclusivo que já faz parte do calendário anual da Vinhos do Mundo e oportuniza aos participantes o privilégio de contribuir para a seleção da dosagem de açúcar (licor de expedição) do espumante Cave Geisse 2009 que será lançado em 2011. Serão quatro amostras de diferentes teores de licor de expedição degustados às cegas. Tenho certeza que os participantes se sentirão tão importantes quanto eu me senti quando o João Valduga, da Casa Valduga, me convidou, em parceria com meu amigo jornalista Guilherme Velloso, para o ajudarmos a decidir qual seria a melhor mistura de vinhos base para a elaboração de um dos grandes espumantes da Valduga. Me senti tão importante que fui de helicóptero de Porto Alegre ao Vale dos Vinhedos.
Ainda durante o jantar harmonizado com pratos especialmente criados para a ocasi~]ao, duas obras primas de Mário Geisse serão degustadas: Espumante Cave Geisse Brut 1998, isto é, com 12 anos de guarda, e o Cool Coast Sauvignon Blanc, que é mais uma exclusividade da Vinhos do Mundo.Os pratos serão harmonizados com Espumantes Cave Geisse com quatro diferentes dosagens de açúcar.
Se começará com canapés e Espumante Cave Geisse Brut. Depois, salada de arroz selvagem, risoto de abóbora e, finalmente, bacalhau à Trasmontana (bacalhau coberto com molho bechamel acompanhado de batatas salteadas ao alho). A sobremesa será folheado de amêndoas e sorvete de doce de leite. O fechamento será o Espumante Cave Geisse Brut 1998, uma raridade.
O Cool Coast, para quem leva em consideração a pontuação que os críticos dão aos vinhos, é um 90 pontos de Stephen Tanzer´s . No dia 5, vou estar lá em Rivera, provando vinhos do meu amigo Javier Carrau, mas darei um jeito de chegar a tempo em Porto Alegre e aceitar o convite de Janaina Argemi, Gerente de Marketing da Vinhos do Mundo.

Carré de cordeiro com camembert e figo

Todo mundo que comeu elogiou o carré de cordeiro com queijo camembert preparado pela jovem chef gaúcha Juliana Corrêa, dia 30 de setembro, no Chair Resto Lounge (rua Dr. Barcellos, 431, Vila Assunção, em Porto Alegre), quando a casa comemorava três anos e apresentou seu novo cardápio. Foram acrescentados cincos novos pratos, quatro assinados pelo chef da casa Felipe Melo e um pela chef Juliana Corrêa, exatamente o cordeiro. Neste prato, vendido por R$ 42,90, Juliana apresenta carrè de cordeiro com queijo camembert, acompanhado por figos frescos fritos ao mel e purê de batata doce aromatizado com pimentas.
As outras novidades ficam por conta de criações do chef Felipe Melo e estão nas pastas, risotos, peixes e carnes. Confira: Ñoque Quatro Formaggi - R$ 39,90, ao molho quatro queijos, iscas de filés e cogumelos shitake flambados no saque e shoyo; Risoto de Siri - R$ 42,90, com arroz arbóreo ao alho e óleo, guarnecido com camarões; Linguado ao Molho de Nozes - R$ 42,90, grelhado coberto com molho de nozes, acompanha arroz mediterrâneo; e Entrecot Chairs - R$ 29,00/R$ 24,90 (versão soft), entrecot Grelhado (300g), acompanha salada de rúcula, alface americana, aspargos, tomate cereja e palmito, temperados com redução de balsâmico.
O Chairs Resto Lounge é um novo conceito de empreendimento que mistura bom gosto, alta gastronomia, música e as melhores companhias. Foi inaugurado em outubro de 2007 na Vila Assunção, em Porto Alegre, e desde então faz parte do circuito do que há de melhor na Zona Sul da capital gaúcha. Os sócios Márcio Burin, Lino Zinn, Leandro Rodriguez e Robinson Casagrande apostam num ambiente moderno para melhor atender cada cliente, entre o restaurante no primeiro piso e o lounge, no subsolo. As estrelas da casa são a pista de dança, onde predomina o house, ritmo nascido nos anos 1980, e as criações culinárias do consagrado chef Felipe Melo.

Aurora, aromas, cores e sabores

O clima agradável da primavera invadiu as ruas, enfeitadas pelas cores e aromas das flores. Não é por acaso que essa é a estação mais romântica do ano. A beleza da primavera e as sensações dessa estação são um convite para bebidas frescas e leves, com as borbulhas dos espumantes e frisantes. A Vinícola Aurora tem excelentes dicas para os apreciadores de vinhos.
Versátil e bem adaptável à gastronomia, o espumante Conde de Foucauld Rosé Brut, da Vinícola Aurora, é uma boa pedida para momentos descontraídos como um happy hour com amigos ou como acompanhamento para pratos leves. Seu aroma é predominantemente floral, adocicado, com toques interessantes de frutas como morango. Na boca é suave, equilibrado e refrescante. Mais marcante e intenso, o aromático espumante Aurora Moscatel, é uma boa dica para os mais românticos. É jovem, refrescante e companheiro ideal tanto para ser consumido só quanto para acompanhar sobremesas. Outra boa aposta para a estação são os frisantes Marcus James Happy Hour. Nas versões rosé e branco. A versão rosé é elaborada com uvas viníferas tintas, com predominância da Merlot. É delicado e muito agradável ao paladar, ideal para ser consumido refrescado, à temperatura próxima de 10º. O Marcus James Happy Hour Branco é elaborado com uvas viníferas brancas, com predominância da Moscato, que é agradavelmente aromática. É equilibrado, refrescante e muito agradável. Ideal para consumir em temperatura ainda mais fria, cerca de 6ºC. Os dois vinhos são ótimas companhias para pratos leves, vários petiscos e também para apreciar sem acompanhamento. Vale ressaltar: Vinhos e espumantes são boas pedidas em qualquer estação do ano. Fáceis de harmonizar, dão um toque especial a qualquer ocasião.

Incentivo à vitivinicultura

O Governo do Rio Grande do Sul, por meio da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio (Seappa), disponibilizará ao Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) R$ 3,3 milhões para incentivo ao setor vitivinícola do Rio Grande do Sul, a ser utilizado durante o ano de 2011.
Em reunião ocorrida na tarde de quarta-feira (29), em Porto Alegre, a Secretaria da Agricultura e o Ibravin apresentaram o resultado das aplicações dos recursos do Fundo de Desenvolvimento da Vitivinicultura do RS (Fundovitis) em 2009 e parte de 2010. Por parte da Seappa, os investimentos foram destinados às ações de fiscalização do trânsito dos produtos de uva e derivados da uva e do vinho, controle da indústria e comércio e às pesquisas e análises laboratoriais realizadas pelo Laren (Laboratório de Referência Enológica). Já o Ibravin aplicou a verba em mídia - promoção e marketing, cadastros vinícola (indústria) e vitícola (produtor), pesquisas e Projeto Visão 2025.
Após aprovada a prestação de contas pelos membros do Conselho do Fundovitis, e por seu presidente, secretário da Agricultura Gilmar Tietböhl, representantes do Ibravin apresentaram o Plano de Trabalho para 2011. Além dos pontos usuais de aplicação da verba, o Ibravin usará também para informatização e capacitação de profissionais e coordenação e administração de metas.

Cordeiro patagônico

Meu amigo jornalista Enio Campói, da Mecânica de Comunicação, de São Paulo, manda por e-mail a reprodução de um anúncio do restaurante El Padrino, de Buenos Aires, que convida para provar um “asado” de cordeiro patagônico preparado nas brasas. Quem estiver por Buenos Aires pode ir conferir na Costanera Norte, avenida Rafael Obligado, 6920.
Na visita que fiz ao Chile, na semana passada, à convite da Cantu, para conhecer a Viña Ventisquero, provei um cordeiro patagônico preparado na grelha, bebendo um grande Pangea 2004. Estávamos no alto da montanha de Apalta, com o enólogo Felipe Tosso, e foi tudo maravilhoso: o cordeiro, o vinho, o clima e a vista maravilhosa do Vale de Apalta.
O enófilo paulista Renato Frascino não me deixa mentir. Aliás, ele me mandou esta mensagem ainda hoje:
“Caros amigos ventisquero, em primeiro lugar ao Felipe e toda sua equipe.Tenho viajado pelo mundo do vinho há mais de 30 anos estudando e apreciando bons vinhos, terroirs , vinicolas e pessoas.Nunca tive a sensação de sabor com saber como na nossa viagem ao Grupo Ventisquero.Palavras e acões que me marcaram: profissionalismo, competência, hospitalidade, produto x terroir, comprometimento, a natureza e paisagens cinematográficas.
Quanto aos vinhos e suas linhas, o futuro mostrará a certeza das opções corretas. Quanto a qualidade sensorial e tipicidade, a cada dia que degusto, sinto a natureza e a vontade de evolução constante, a busca da excelência.Desejo muitos Ventisqueros, Ramiranas , Yalis com Pangea, Vertices, Greys degustados nos belos terroirs Lolol, Maipo e no anfiteatro de Baccos Apalta para os proximos 10 anos................ e com descanso, nos fins de semanas, em Leyda....porque ninguém é de ferro....Agradeço e coloco-me a disposição no Brasil.”
Renato Frascino, enófilo desde 1977.

Giancarlo Bolla e vinhos para o Bar des Arts

Giancarlo Bolla, restaurateur e sócio do Bar des Arts, que tem como sommelier a Camilla Guidolin, com quem viajei ao Chile na semana passada, escolheu os vinhos e espumantes, fornecidos pela loja Expand, para harmonizar o jantar de degustação do novo cardápio do restaurante, unidades Itaim e Higienópolis, realizado na semana passada. Para acompanhar a entrada, composta por canapés, queijos, carpaccio, saladas com alcachofra, a escolha recaiu sobre o espumante Brut, da vinícola Bisol. O Spaghetti Italiano do Pescador com Camarões, Lula, Polvo e Lagosta, uma das sugestões mais pedidas como prato principal, foi servido com o vinho chileno Arboleda, produzido por Eduardo Chadwick das castas Sauvignon Blanc. Foram também servidos os vinhos das castas, Carmenère e Cabernet Sauvignon, para os convidados que optaram por pratos a base de carne.
O Bar des Arts, do Grupo Leopolldo, possui duas unidades localizadas nos bairros do Itaim Bibi e Higienópolis. Os restaurantes são referências gastronômicas na cidade de São Paulo, com cardápio assinado pelo restaurateur e chef Giancarlo Bolla, além de primar pela hospitalidade e sofisticação. A Expand foi fundada em fevereiro de 1978, pelo empresário Otávio Piva de Albuquerque. A marca é pioneira em difundir e desenvolver a cultura do vinho no Brasil – hábito praticamente inexistente naquela época.

18ª edição do Millésime Bio

Situada na costa mediterrânea francesa, a região Languedoc-Roussillon será palco da 18ª edição do Millésime Bio. Focado exclusivamente nos vinhos produzidos a partir de uvas orgânicas, este salão especializado tornou-se, com o passar dos anos, o principal evento da área. Nos dias 24, 25 e 26 de janeiro de 2011, mais de 500 expositores do mundo todo e mais de 3.000 visitantes profissionais são aguardados no Parque de Exposições de Montpellier.
Durante três dias, este evento, cujos stands são todos padronizados, contará com a premiação do concurso Challenge Millésime Bio, espaços para degustação, inclusive dos vinhos premiados, conferências-país sobre o mercado do vinho orgânico e almoço orgânico para profissionais da imprensa e compradores de vinhos. A Soirée des Vignerons, ponto alto do salão, terá um jantar orgânico com acompanhamento e degustação dos vinhos premiados, bem como de outros expostos no salão, selecionados pelos próprios expositores.
O salão Millésime Bio é um conceito inédito no mundo. Criado em 1993 por um pequeno grupo de viticultores da região Languedoc-Roussillon, seu objetivo é incrementar o conhecimento, os intercâmbios e a convivialidade em torno de um tema único: o vinho orgânico.
A edição de 2010 recebeu:
Ÿ 491 expositores produtores e negociantes (+38% em um ano), vindos da África do Sul, Alemanha, Argentina, Egito, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Itália, Portugal, Romênia, Suíça.
Ÿ 2.700 visitantes profissionais de 25 países (além da França), vindos sobretudo da Europa, da América do Norte e do Japão, representando 700 empresas ligadas ao comércio de vinhos (+58% em um ano).
Com 39.000 ha no sistema de produção orgânica em 2009 (contra 28.000 ha em 2008), o vinhedo orgânico francês registra uma progressão de 39%. O número de propriedades vitícolas aumentou 31% de 2008 a 2009 (respectivamente 2.301 e 3.024). Na liderança, 3 regiões francesas ocupam 2/3 da área dos vinhedos certificados: Languedoc-Roussillon (12.661 ha, +52% em um ano), seguida das regiões Provence-Côte d’Azur (8.981 ha, +35% em um ano) e Aquitaine (5.463 ha, +45% em um ano).
Em termos mundiais, a França posiciona-se em segundo lugar, atrás apenas da Itália. Em relação ao consumo, entre 2008 e 2009, o faturamento dos produtos orgânicos cresceu 30% em hipermercados e supermercados e o dos vinhos orgânicos tranqüilos 65 %. 46% dos franceses declararam ter consumido pelo menos um produto orgânico por mês em 2009.
Para mais informações: www.millesime-bio.com

Aliança na Avaliação Nacional de Vinhos

Como prometi na edição anterior do Blog, totalmente dedicada à viagem ao Chile, vou começar a divulgar alguma coisa posterior à realização da Avaliação Nacional do Vinho, dia 25 de setembro, em Bento Gonçalves. A Vinícola Aliança, por exemplo, é responsável por dois dos vinhos mais representativos da safra 2010. Chardonnay Santa Colina Estilo ficou entre os 16 mais representativos e Chardonnay Santa Colina Tradicional entre os 30% mais representativos da safra 2010 na promoção da ABE.
A Cooperativa Vinícola Aliança, de Caxias do Sul (RS), com 79 anos de tradição no setor vitivinícola, orgulha-se em ter dois de seus rótulos entre os vinhos mais representativos da safra 2010. O Chardonnay Santa Colina Estilo classificou-se entre os 16 mais representativos e o Chardonnay Santa Colina Tradicional ficou entre os 30% mais representativos da safra 2010. A divulgação das 80 amostras classificadas na 18ª Avaliação Nacional de Vinhos aconteceu no sábado, 25 de setembro, em Bento Gonçalves. Promovido pela Associação Brasileira de Enologia (ABE), o evento já se consolidou como referência para a evolução dos vinhos do Brasil, servindo de parâmetro para o setor. Esta edição contou com a participação de 55 vinícolas que inscreveram 260 amostras.
O evento contou com a presença de mais de 750 apreciadores.
A variedade chardonnay da Aliança é produzida na região da Campanha, no município de Santana do Livramento, minha terra natal, onde a cooperativa conta com uma vinícola desde 2005, responsável pela produção e envase dos vinhos finos e espumantes da marca Santa Colina.
Entre os 16 mais representativos da safra 2010, o Chardonnay Santa Colina Estilo é um vinho com coloração brilhante, amarelo palha com reflexos dourados. Aroma complexo, fino, com notas de mel, frutas maduras, sutil goiaba, fruta do conde, melão, abacaxi, butiá e flores brancas. Apresenta pequena nota de baunilha, no nariz e na boca. O paladar guarda certa doçura, com um toque de salinidade. A acidez é correta; tem boa potência, volume e estrutura. A persistência é média-alta. Laudo técnico: álcool: 12%, acidez total: 70,22 meq/l, pH: 3,73, ex. seco: 19,20 g/l, açúcar: 2,27 g/l.
Entre os 30% mais representativos da safra 2010, o Chardonnay Santa Colina Tradicional, tem coloração amarelo palha, aroma com média-alta intensidade característico da variedade chardonnay, destacando-se o mel, abacaxi, melão e flores brancas. Apresenta bom equilíbrio entre a acidez e álcool. Vinho com sabor ligeiro, equilibrado com bastante estrutura. Refrescante e persistente na boca, deixando um retrogosto bem agradável. Laudo Técnico: álcool: 14%, acidez total: 85,80 meq/l, pH: 3,51, ex. seco: 22,04 g/l, açúcar: 1,72 g/l.
Fundada em 1931, em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, a Cooperativa Aliança tem sua trajetória marcada pelos Valores da Terra, desde o cuidado no cultivo das videiras e a preservação do meio ambiente até a valorização das pessoas, da cultura e das comunidades onde atua. Seus vinhedos estão localizados em regiões nobres que asseguram o melhor terroir: na Serra Gaúcha, maior produtora nacional de vinhos; em Encruzilhada do Sul, junto à Serra do Sudeste; e em Santana do Livramento, na região da Campanha, com clima propício para a produção de vinhos finos e espumantes de qualidade superior. Com cerca de 200 associados, a cooperativa é detentora das marcas Aliança, Santa Colina, Colina Del Sole e San Thiago. Seu portfólio de produtos inclui vinhos finos varietais, espumantes, vinhos de mesa, sucos de uva integrais, adoçados e coolers.
Atualmente em processo de transição e transferência para nova sede, a Aliança integra o projeto da Cooperativa Central Nova Aliança (Coocenal), criada em 2009 visando, a partir da operação conjunta de cinco cooperativas vinícolas, responder às demandas sociais, econômicas e de mercado, estabelecendo novas bases de desenvolvimento e competitividade. A planta fabril da Coocenal será instalada em Flores da Cunha (RS), com capacidade inicial para o processamento de 30 mil toneladas de uva para suco, vinhos finos e espumantes. Site: www.vinhos-alianca.com.br

Ice Wine Pericó

A Vinícola Pericó, de São Joaquim (SC), vai lançar, dia 5, em São Paulo, o seu “icewine”, o primeiro “vinho do gelo” do Brasil, elaborado com uvas plantadas a 1.300 metros de altitude e colhidas e processadas quando congeladas a menos 7,5 graus. O Icewine Pericó é um projeto inovador da vinícola catarinense, que colheu uvas congeladas a -7,5°C entre os dias 4 e 12 de junho de 2009, para elaborar um vinho raro e genuinamente brasileiro.
Quem estiver por São Paulo deve aproveitar, pois o lançamento será, dia 5,às 19h, no restaurante Praça São Lourenço, rua Casa do Ator, 608, Vila Olimpia. Não poderei aceitar o convite do pessoal da Pericó e do Rogério Araujo, da Ch2A Comunicação, da minha amiga Alessandra Casolato, porque andarei pela fronteira Brasil-Uruguai. Espero que a Pericó faça um lançamento em Porto Alegre.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Mensagens

Prezado Sr. Danilo!Ao cumprimentá-lo, quero parabenizar pela brilhante matéria publicada no Jornal do Comercio de hoje, dia 24 de setembro,sobre a avaliação de vinhos da safra 2010 que estará sendo realizada no dia de amanhã. Como assinante deste brilhante jornal, acompanho juntamente com minha esposa Magda Brandelli Zandoná e meu Cunhado Márcio Brandelli, proprietários da Vinícola Almaunica Ltda. tuas citações e, principalmente, teu apoio ao vinhos de nosso Estado.Não esquecendo, também sou cunhado do "Toninho" Dal Pizzol, o qual é casado com a filha do Laurindo Brandelli da Vinícola Don Laurindo. Minha esposa Magda e seu irmão gêmeo Márcio, também são filhos do seu Don Laurindo.Estamos ansiosos quanto a avaliação de amanhã, pois estamos pela primeira vez participando com os vinhos da nossa Vinícola Almaúnica, pois abrimos a empresa há pouco mais de 3 meses e estamos comercializando os vinhos da safra 2009.Aproveitando o momento, quero convidar Vossa Senhoria para que faça uma visita a nossa Vinícola no Vale dos Vinhedos, a qual está situada 800m antes do Hotel Villa Michelon, no coração do Vale dos Vinhedos.Um grande abraço e se o Senhor precisar entrar em contato com a Vinícola Almaúnica, a Magda Brandelli e seu irmão Márcio, estarão lhe aguardando.(magda@almaunica.com.br)Tenha um ótimo dia e fique com Deus.EDSON CARLOS ZANDONÁCPF 506.853.170.72 e (54) 9977.10.30

Resposta - Zandoná, obrigado pela mensagem. Somente hoje consegui ler porque fui diretamente de Santigo do Chile a São Paulo e de SP a Bento para a Avaliação. Meus cumprimentos pelo destaque obtido pelo cabernet sauvignon da Almaúnica. Minha nota não chegou a 93, mas foi das mais altas que dei. Vou escrever alguma coisa sobre a Almaúnica.
Ucha
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Carrau
Caro Ucha,
grande abraço e parabens desde Montevideu-Uruguai.
Espero que nos visites nos próximos meses, na Fronteira !!
Até já e muito bom o Blog !! Como sempre !!
Javier Carrau
Diretor
Bodegas Carrau
Uruguay-Brasil

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Carrau II

Caro Ucha,
Segunda, día 4, e terça, día 5, estarei pela Fronteira..... Tenho uma janta na segunda de noite con autoridades da Intendencia de Rivera(Novo Intendente) e o Embaixador do Japón no Uruguay......Estarei chegando ao meio-dia e podería te receber as 14hs da segunda ou na manha da terça para visitar e mesmo almoçar juntos antes da minha saida para Montevideo...
Grande abraço e tomara que nos encontremos !!
Javier Carrau
Bodegas Carrau
Uruguay-Brasil

Resposta – Estou indo a Livramento votar. Irei nos vinhedos de Rivera na segunda-feira.
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Receita

Caro Danilo
Dia destes procurei uma receita no teu Blog e encontrei Cordeiro à Vasqueiro.
Terias por acaso uma foto desta receita?
Ou terias uma receita com foto que pudesses me ceder para publicar no ARCO Jornal?
Se for do teu livro, citarei a fonte.
Abraços
Nelson
Resposta – Verei hoje à noite em meus arquivos.
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Ventisquero tem grandes vinhos e excelente pessoal




Magaly Corgosinho, da Ch2A, Deise Campos, da Gazeta do Povo, de Curitiba,Renato Frascino, da Vinícolas de Charme, com Roberta Malta, da Prazeres da Mesa.
Teve muitos, e bons vinhos, a viagem que fiz ao Chile, entre os dias 21 e 24 de setembro, à convite da Importadora Cantu, para conhecer a Vinícola Ventisquero que, este ano, comemora sua décima safra. Foi uma viagem agradável pelo clima, com temperatura entre 5° e 20°, pelas belas paisagens dos vales de Maipo, Casablanca, Lolol, Colchágua e Apalta, pela excelente recepção dos enólogos e dirigentes da vinícola e, principalmente, pela simpática companhia dos jornalistas Magaly Corgosinho, Marco Merguizzo, Jomar Brustolin, Deise Campos e Roberta Malta e pelos sommeliers e críticos de vinhos Gilvan Passos, Renato Frascino e Camilla Guidolin. Turma boa, camarada, sem o nariz arrebitado de muito pessoal da área do vinho que conheço. Devo minha participação na comitiva à querida amiga Alessandra Battochio Casolato, da C.h2a Comunicação. Valeu, Alessandra.
O vôo de ida, da TAM, não foi muito agradável. Saiu com três horas de atraso de Guarulhos, num Airbus que, certamente, não estava preparado para atravessar a cordilheira, pois chacoalhou como um diabo, impedindo várias vezes o serviço de bordo, realizado por uma tripulação lerda e pouco competente (que saudade dos vôos internacionais da antiga Varig!). A volta, também pela TAM, mas num 777, já foi bem melhor, serena e com serviço de bordo competente, embora com uma hora de atraso. Chegamos ao aeroporto de Santiago à meia-noite e, mesmo assim, um dirigente da Ventisquro, Juan Ignácio Zuñiga, estava lá nos esperando. Dormimos a primeira noite no excelente hotel Atton Las Condes.
Na manhã do dia 22, Juan Ignácio estava lá no hotel, para nos acompanhar no café da manhã e apresentar Carolina Stern, que foi a guia pelos caminhos do interior chileno. Às 9h30min, numa van, saimos rumo ao Vale de Maipo, para conhecer o primeiro vinhedo e cantina da Ventisquero, em Trinidad. Mais uma recepção calorosa, desta vez pelo enólogo-chefe Felipe Tosso, pessoa interessantíssima e sobre a qual vou escrever mais adiante, que apresentou alguns dos demais enólogos que trabalham com ele, entre os quais Sérgio Hormozabal, que foi o responsável por mostrar os vinhedos e a cantina de Trinidad e, depois, orientar a degustação dos primeiros vinhos Ventisquero de origem nos vales de Maipo e Casablanca. A empresa trabalha com cinco enólogos apara atender 1.600 hectares de vinhedos espalhados em seis campos, mais um que está sendo instalado.
Mais de 98% da uva utilizada é própria. “Compramos cerca de 2% - lo mejor de Chile – para complementar algumas variedades”, explicou Tosso. A empresa, dentro das melhores normas ambientalistas, trabalha com conceitos de sustentabilidade no campo, econômica, humana, social e comunitária. Por exemplo, não corta as árvores ao longo dos cursos d´água que passam pelas vinhas e faz tratamento integrado de pragas, auxiliada pela proximidade de 38 km do Oceano Pacífico, cujos ventos auxiliam no equilíbrio da temperatura, na ventilação dos vinhedos e, principalmente, no controle das pragas. A empresa possui, também segundo Tosso, “las mejores parras de Chile”. Esta situação possibilita uvas para vinhos com mais frescor e mais fruta, os grans reservas, os premiuns. No total, a Ventisquero produz 14 milhões de litros de vinho/ano, exporta 1 milhão de caixas/ano e pretende aumentar esta exportação em 20%, dentro do plano estratégico montado pelo setor vinícola chileno para triplicar as exportação de US$ 1,4 bilhão para US$ 3 bilhões nos próximos 10 anos.
Com o trabalho de busca de mais qualidade que está sendo feito, a Ventisquero quer se transformar “na maior boutique de vinhos do Chile”, segundo Felipe Tosso (a maior vinícola é a Concha y Toro, com mais de 220 milhões de litros em estoque e exportações para mais de 100 países). Ao longo desta história, o leitor saberá como a Ventisquero está buscando mais qualidade. “Estamos buscando o melhor terroir para cada varietal”, informou Tosso. A Ventisquero quer usar o melhor solo, a melhor planta, o melhor clima e o melhor manejo – isto é terroir. No campo de Trinidad, Tosso e seus enólogos plantam cabernet sauvignon (50%), carmenère (10%), syrah (30%) e merlot (10%). Fermentam de 500kg a 50 mil kg de uvas. Em Casablanca, são dois varietais brancos – chardonnay e sauvignon blanc - e dois pinot noir, com toda a frescura de um vale novo com solos antigos de muita areia.

Ventisquero - A primeira degustação




O enólogo Sérgio Hormazabal começou a degustação com três primícias, vinhos que ainda não chegaram ao mercado, um Sauvignon Blanc Queulat Gran Reserva 2009, 100%, 13,50% de álcool, de aspecto cristalino, cor verde, complexo, elegante, com aroma de frutas, especialmente cítricas e tropicais, como toranja, abacaxi e pêra d´água, complementadas com toques minerais. Fresco na boca, com bom equilíbrio e agradável acidez com corpo suave, onde aparecem frutas cítricas e tropicais, com um final mineral que lhe agrega complexidade e elegância.
Depois, foi um Chardonnay Grey 2009, 15,5° de álcool, que passou 12 meses em carvalho, uma gran primícia. Vinho elegante, fresco, com aroma de frutas tropicais tipo mamão papaia e manga. Ideal para beber, agora, num dia quente, ou nos próximos sete anos. Seguiu-se um Pinot Noir Heru Reserva, também primícia 2009, que estará chegando ao Brasil por R$ 100,00, depois de um ano em carvalho francês. É muito marcado por notas minerais,100% pinot noir do Vale de Casablanca, 14% de álcool. Eu sugiro para acompanhar caças, como o pato, especialmente se servido com cerejas cozidas; galinha d´angola e carré de vitela. Tem bom tempo de guarda: 6 anos. É bem representativo do coração do pinot noir no Chile, mostra as especiarias típicas da uva, tem pouco carvalho, é uma cepa para conhecedores, com frutas secas, muita mineralidade do solo franco-argiloso de Casablanca.
Depois das primícias, o jogo começou para valer, com um Merlot Queulat Reserva 2008 (R$ 55,00), 85% merlot e 15% cabernet sauvignon, do Vale de Maipo, cor vermelho rubi com rebordos violáceos, aroma complexo e com toques de especiarias, ameixa seca, pimenta negra, noz moscada, canela, baunilha e chocolate. Em boca, é robusto, encorpado, estrutura equilibrada, potente e envolvente, de final longo e continuidade do toque de especiarias. Tem 14,50% de álcool.
Seguiu-se um Syrah Queulat Gran Reserva 2008, 12 meses de carvalho usado, com acidez natural marcante, 100%, do Vale de Maipo, 14,5% de álcool, cor negra azulada profunda, aroma de grande intensidade, destacam-se as bagas maduras, mirtilos, amoras, junto a notas lácticas de creme fundido com aroma de especiarias como pimenta negra, tostados, tabaco e chocolate. Grande concentração na boca e estrutura envolvente, graças a taninos firmes aperfeiçoados pela guarda da garrafa, proporcionando-lhe uma estrutura suave e complexa com um final rico e persintente.
A próxima taça foi de um Carmenère Grey 2008, que passou 100% em repouso, durante 16 meses, em barrica de carvalho francês e mais um ano na garrafa. A uva foi colhida no mês de maio, a última a ser colhida de um vinhedo que produz 5/6 toneladas por hectare. Pode ser bebido agora ou em 10 anos. 14,5% de álcool. Tem 85% de carmenère, 7,5% de syrah e 7,5% de cabernet sauvignon. Também de Trinidad, Vale de Maipo. Destaca-se a pureza da fruta, com aromas de berries – amora e cereja negra, principalmente – junto a toques de especiarias. Bem encorpado, redondo, bom volume, taninos suaves e elegantes, equilibrado, com rica estrutura e um final de boca limpo e persistente. Embora agora estejam dizendo que não é bom comer queijo com vinho, é ideal para acompanhar queijos semi-maduros do tipo provolone e carnes grelhadas, talvez um cordeiro não muito tenro.
A última garrafa a ser aberta por Sérgio Hormozabal foi um Cabernet Sauvignon Grey 2008, com 90% cabernet sauvignon e 10% syrah, segundo a ficha do enólogo, mas acho que tem alguma coisa de petit verdot, 14,5% de álcool, 18 meses em barrica de carvalho francês, também de Trinidad, Maipo Costa, Vale de Maipo. É um vinho elegante e de bom volume, com taninos redondos presentes e maduros, o que lhe garante um corpo envolvente, com final limpo, longo e persistente. Boa cor e volume na boca, com intensidade frutal característica do Maipo Costa. Bom para beber com queijos Emental ou Brie.
As uvas plantadas em Trinidad são cabernet sauvignon, syrah, merlot, carmenère, chardonnay e suavignon blanc. Foi o primeiro vinhedo plantado pela Ventisquero, em 1998. Tosso ressalta que o encanta a diversidade de solos, que garante diversidade de sabores para a mesma variedade. “A partir daqui, temos vinhos de grande personalidade, os solos não são pesados e não há muita água, perfeitos para a cabernet e a syrah”, informou.

Ventisquero – Asado sob os boldos



O enólogo Sergio Hormazabal foi o anfitrião do "asado" sob o bosque de boldos. Boa carne, bons "chorizitos", excelentes vinhos
























Depois de degustar todos estes vinhos, fomos almoçar um belo churrasco, com chorizitos e maminha, num delicioso bosque de boldos, no meio de um vinhedo, cujo silêncio era quebrado apenas pelo piar dos passarinhos. Juntaram-se a nós Juan Ignácio Zuñiga Guzmán, diretor de Vendas para as Américas do Sul e do Norte, e José Miguel Montes, que cuida das exportações para a América Latina, especialmente para o Brasil. Já estavam conosco o Sérgio Hormazabal e a Carolina Stern, que continuaram as explicações sobre a Ventisquero, enquanto bebíamos alguns dos excelentes vinhos que havíamos degustado. O Renato Frascino e a Camilla Guidolin adoraram o cantar dos pássaros.
O almoço terminou quase às 17h.

Ventisquero – O terremoto





O enólogo chefe da Ventisquero, Felipe Tosso, com o blogueiro, e com a sommelier Camilla Guidolin, do Leopolldo, de São Paulo.
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Pegamos novamente a van e seguimos em direção à cidade de Santa Cruz, uma comuna da província de Colchágua, localizada na região de O`Higgins, cidade colonial, pequena, com cerca de 30 mil habitantes. Muito visitada, principalmente por norte-americanos, não só por abrigar vinhedos e grandes pomares de frutas, mas, também, por possuir um cassino, propriedade de Carlos Cardona, também dono do Hotel Santa Cruz. Cardona é um homem que já frequentou os noticiários internacionais, conhecido como vendedor de armas, principalmente para o Iraque, e fabricante de modernos helicópteros para o ex-ditador Sadam Hussein. Perdeu o negócio quando os Estados Unidos intervieram na região e foi proibido de entrar nos EUA. Agora, mesmo enfrentando um violento câncer, tentou entrar nos Estados Unidos para tratar a saúde e os americanos lhe negaram o visto de entrada.
Cardona destinou parte de sua fortuna à produção de vinhos – Viña Santa Cruz - e à consrução do Hotel Santa Cruz e do Cassino Conchágua. O hotel, aliás, foi reaberto poucos dias antes de nossa chegada, pois fora fortemente abalado pelo terremoto de intensidade 8.8 que atingiu o Chile na madrugada de 27 de fevereiro deste ano. O terremoto causou sérios prejuizos à população, principalmente aos mais pobres, moradores das casas de adobe e barro, que não resistiram ao tremor. Algumas cairam pela metade, outras inteiramente, e estas são as cicatrizes que ainda se vê pelo interior do País por onde passamos. Felipe Tosso, morador das proximidades de Santiago, também foi atingido. Acordou com o tremor, na madrugada, e saiu da casa com a mulher e filhas, mas o prédio ficou inutilizado e algumas de suas preciosas garrafas de vinho quebraram.
O terremoto matou mais de 300 pessoas, levantou o asfalto de quilômetros de rodovias – o asfalto, em Apalta, ainda está sendo reposto pelas máquinas do governo -, mas não atingiu muito o setor vitivinícola. Acredita-se que tenha causado prejuizos de 10% ao setor. Como a safra anterior havia sido muito boa, com produção abundante, vinho não faltou.
No Hotel Santa Cruz, bebemos pisco sauer, mango sauer, comemos empanadas, champignos com queijos, espinafre com queijo philadélphia, camarões, e, depois, fomos jantar, pratos harmonizados com excelentes vinhos Ventisquero. Como entradas, presunto cru com verduras grelhadas, alfaces da horta e vinagre balsâmico; trilogia de salmão defumado, marinado e grelhado com sésamo, sobre salada de lentilhas e centolla magallânica sobre quinua de abacate chileno e pimenta verde. Como pratos principais, três opções: carne assada com champignons ao alho e óleo e pimenta chilena, polenta gratinadas e verduras sautés; filé de corvina grelhada com sésamo torrado, molho de camarão e espaguete de lula; e escondidinho de siri gratinado com milho e biscoito de pimenta chilena.
Na sobremesa, também três opções: coquetel de frutas com sorvete caseiro; parfait de avelã com zabayon de amaretto; e mousse de papaya chilena. Os vinhos foram, primeiro, uma prova da safra 2010: Qeulat Sauvignon Blanc. Depois, Pinot Noir Queulat 2008; Cabernet Sauvignon Queulat 2008 e Carmenère Queulat 2008. Não deu para se queixar... Em companhia da Roberta Matla, jornalista da revista Prazeres da Mesa, fui ao cassino, com black jack, roleta, dados e muitas máquinas, mas não arriscamos no pano verde nem nos slots.

Ventisquero – Vinhedos de Colchagua, Patacon




Patacon, em Lolol, tem um relevo ondulado e um solo com muita argila

Às 9h da quinta-feira, dia 23 de setembro, voltamos à van e fomos para os vinhedos Vestiquero de Colchagua, em Patacon, onde a empresa desenvolve agricultura de precisão e faz ensaios com muitas novidades na viticultura. Aliás, esqueci de dizer que todos os vinhedos, nas diferentes regiões, são irrigados pelo sistema de gotejamento. Em alguns, há reservatórios de água, em outros, ela é retirada do subsolo por bombas.
Para chegar a Patacon, vale de Lolol, subimos e descemos montanhas, passamos por áreas bem abastecidas d´água, outras muito secas. Nesta região de Colchagua, o hectare de terras para vinhas têm preços que oscilam muito. Podem custar US$ 10 mil, US$ 15 mil ou US$ 20 mil, em regiões com água, até apenas US$ 2 mil, em áreas áridas. Em outras regiões mais privilégiadas, exploradas há mais tempo, o hectare custa de US$ 25 mil a US$ 30 mil, e o custo para plantar um hectare anda em torno dos US$ 30 mil. É o caso do novo vinhedo que a Vestiquero está implantando em Las Terrazas de Leida, que começará a produzir em 2013.
Fomos a Patacon com Felipe Tosso e o enólogo Ricardo Gompertz. São 120 hectares com sauvignon blanc, chardonnay, carmenère, merlot, pinot grigio e pinot noir. As vinhas estão a 100/150 metros acima do nível do mar e a 30km de distância do Oceano Pacífico. O clima apresenta uma longa estação seca temperada pelos ventos costeiros e grandes variações entre o dia e a noite. De manhã e à noite, é frio; de tarde, é quente. Temperaturas médias entre 12° e 28°, com 500 mm de chuva por ano. As uvas sauvignon blanc e chardonnay são plantadas próximas ao mar, desfrutando de temperaturas mais baixas durante a época de maturação. A carmenère é plantad nas áreas mais quentes no topo da colina e rendem em torno de 4 toneladas por hectare, menos de 1 quilo por planta.
Um interessante ensaio está sendo feito em Patacon: a poda mecânica. Os postes de madeira que, normalmente, suportam a vinha, são cortados à altura dela e os arames que, normalmente, a conduzem também são retirados. A máquina passa e vai podando. Com isso, segundo Felipe Tosso, foi possível diminuir de 10 para 5 pessoas por hectare a mão de obra usada na poda, trazendo uma considerável diminuição de custos, que é o que a indústria toda busca. O sistema também permitiu mudar um conceito em condução de parreira. Sem os arames superiores, a vinha fica livre e cresce, segundo a palavra de Tosso, “descabelada”. Os testes, diz ele, demonstram que aumenta a qualidade da fruta, que passa a receber luz indireta e com muita abertura. Com a diminuição da altura das escoras e retirada dos arames aéreos também será possível adotar a colheita mecânica, diminuindo, ainda mais, o custo de produção.
Às 9h da quinta-feira, dia 23 de setembro, voltamos à van e fomos para os vinhedos Vestiquero de Colchagua, em Patacon, onde a empresa desenvolve agricultura de precisão e faz ensaios com muitas novidades na viticultura. Aliás, esqueci de dizer que todos os vinhedos, nas diferentes regiões, são irrigados pelo sistema de gotejamento. Em alguns, há reservatórios de água, em outros, ela é retirada do subsolo por bombas.
Para chegar a Patacon, vale de Lolol, subimos e descemos montanhas, passamos por áreas bem abastecidas d´água, outras muito secas. Nesta região de Colchagua, o hectare de terras para vinhas têm preços que oscilam muito. Podem custar US$ 10 mil, US$ 15 mil ou US$ 20 mil, em regiões com água, até apenas US$ 2 mil, em áreas áridas. Em outras regiões mais privilégiadas, exploradas há mais tempo, o hectare custa de US$ 25 mil a US$ 30 mil, e o custo para plantar um hectare anda em torno dos US$ 30 mil. É o caso do novo vinhedo que a Vestiquero está implantando em Las Terrazas de Leida, que começará a produzir em 2013.
Fomos a Patacon com Felipe Tosso e o enólogo Ricardo Gompertz. São 120 hectares com sauvignon blanc, chardonnay, carmenère, merlot, pinot grigio e pinot noir. As vinhas estão a 100/150 metros acima do nível do mar e a 30km de distância do Oceano Pacífico. O clima apresenta uma longa estação seca temperada pelos ventos costeiros e grandes variações entre o dia e a noite. De manhã e à noite, é frio; de tarde, é quente. Temperaturas médias entre 12° e 28°, com 500 mm de chuva por ano. As uvas sauvignon blanc e chardonnay são plantadas próximas ao mar, desfrutando de temperaturas mais baixas durante a época de maturação. A carmenère é plantad nas áreas mais quentes no topo da colina e rendem em torno de 4 toneladas por hectare, menos de 1 quilo por planta.
Um interessante ensaio está sendo feito em Patacon: a poda mecânica. Os postes de madeira que, normalmente, suportam a vinha, são cortados à altura dela e os arames que, normalmente, a conduzem também são retirados. A máquina passa e vai podando. Com isso, segundo Felipe Tosso, foi possível diminuir de 10 para 5 pessoas por hectare a mão de obra usada na poda, trazendo uma considerável diminuição de custos, que é o que a indústria toda busca. O sistema também permitiu mudar um conceito em condução de parreira. Sem os arames superiores, a vinha fica livre e cresce, segundo a palavra de Tosso, “descabelada”. Os testes, diz ele, demonstram que aumenta a qualidade da fruta, que passa a receber luz indireta e com muita abertura. Com a diminuição da altura das escoras e retirada dos arames aéreos também será possível adotar a colheita mecânica, diminuindo, ainda mais, o custo de produção.

Ventisquero – Degustação sob uma árvore





Os vinhedos de Patacon, no Vale de Lolol
Felipe Tosso mostrando o solo de Lolol




Em Lolol, a degustação foi feita sob uma árvore. Estava frio e com muito vento, mas os vinhos aqueceram o corpo e a alma. Conhecemos a linha Ramirana. Começamos com um Chardonnay Sauvignon Blanc Ramirana Reserva 2009, que tem 58% de chardonnasy e 42% de sauvignon blanc, cor amarelo brilhante com nuances verdes, aromas de frutas tropicais, tais como o mamão papaia, fruta do conde e abacaxi, notas cítricas e florais, como a laranja-lima e grape-fruit. É fresco, com acidez equilibrada e grande persistência.
Depois, um Sauvignon Blanc-Gewurztraminer Ramirana Gran Reserva 2010, com 70% de sauvignon blanc e 30% de gewurztraminer, vinho complexo e elegante, com aromas de frutas e notas florais muito agradável, bom equilíbrio e rica acidez. Apesar de menor participação na proporção, o gewurztraminer ressalta seu perfume.
O terceiro vinho degustado em meio ao campo, olhando a linda paisagem ondulada de Lolol, foi um Cabernet Sauvignon/Carmenère Ramirana Reserva 2008, oriundo de vinhedos que produzem entre 10 e 12 toneladas de uva por hectare, e que chega ao Brasil por R$ 48,00. Seguiu-se um Syrah Carmenère Ramirana Gran Reserva 2007, do vale de Maipo, campo Trinidad, com 60% de syrah e 40% de carmenère, 14,5% de álcool, com 14 meses em barris de carvalho americano para a syrah e francês para a carmenère. Resultou num vinho potente, vermelho lilás, com grande estrutura, que eu recomendo beber em companhia de um belo prato com carne de cordeiro. Tem notas de chocolate e tabaco no retrogosto.
O quinto vinho a ser degustado foi um Ramirana Premium 2008, assemblage de três uvas: syrah, carmenère e cabernet sauvignon, oriundas do vale Maipo, campo Trinidad, que produz de 5 a 7 toneladas de uvas por hectare. O vinho passou 18 meses em barrica de carvalho francês. Álcool de 14,5%. O enólogo Ricardo Gompertz garantiu que poderá ser guardado por 10 ou 15 anos. É um vermelho rubi com tons violáceos de grande elegância, destacando-se as frutas vermelhas, grande estrutura na boca, taninos suaves e maduros

Ventisquero – Apalta, Vale de Conchagua




O Vale de Apalta A uva começa a subir a montanha



Voltamos à van, refizemos parte do caminho, atravessando as montanhas de Lolol, e nos dirigimos para Apalta, onde a Vestiquero plantou 65 hectares com cabernet sauvignon, syrah, carmenère e merlot e de onde tira suas melhores uvas para produzir os vinhos ícones Vertice e Pangea. Felipe Tosso considera Apalta a “jóia da coroa” de Colchagua. Os vinhedos, ao contrário de Trinidad, onde estão na planície, aqui sobem pelas encostas das montanhas. Alguns parecem estar em ângulos superiores a 45°. “Apesar das nossas vinhas serem jovens, estamos fazendo alguns vinhos excepcionais”, informou Tosso, de dentro de um buraco mais profundo do que a altura de um homem, cavado na encosta para mostrar a composição dos solos de Apalta, que variam de rochoso-arenoso a argila vermelha, esta ideal para syrah e merlot.
Situado no sopé de uma serra ao sul, com elevação de 200-475 metros acima do nível do mar, e a uma curta distância do rio Tinguirica, o Vale de Apalta é caracterizado por um microclima perfeito para o cultivo de uvas premium. As temperaturas no inverno ficam entre 2° e 15°. O vale recebe cerca de 650 mm de chuva entre maio e setembro, e a irrigação por gotejamento sustenta as videiras durante a longa temporada de verão, bastante seca, quando as temperaturas ficam entre 12° e 31°. Até setembro, deveria ter chovido, pelo menos, 600 mm. Choveu apenas 400 mm até agora.
Para chegar ao ponto de observação, no alto da montanha, onde ocorreria a degustação e o almoço, foi preciso subir, caminhando, uma extensão íngreme de mais de 200 metros. Um trecho era tão ingreme, com mais de 45° de inclinação, que cai e quase rolei montanha abaixo. Foi preciso esperar, sentado no meio do caminho, pela chegada do Renato Frascino, que vinha logo atrás, para ele me ajudar a levantar do chão. Renato, o Salvador. Depois de uma leve descansada à sombra de uma árvore, na beira da encosta, conclui o percurso e cheguei ao mirador, de onde se tem uma vista deslumbrante do vale, lá em baixo, e dos vinhedos subindo a montanha, inclusive o Quartel 15, com 2,5 hectares, de onde sai o coração do Pangea, uma “mina de oro”, nas palavras de Felipe Tosso. O enólogo Hugo Salvestrin e os melhores vinhos da Ventisquero nos esperavam.
A degustação foi de cinco vinhos da safra 2010, tirados das barricas e ainda não engarrafados, para sentir a potencialidade do terroir e do que virá pela frente. Vinhos novos, com quatro meses de vida, um carmenère oriundo de três solos diferentes, com uvas plantadas no Quartel 4, a 300 metros de altura, em solo de argila com muita pedra. Outro, da Parcela 23, a 400 metros de altura, um LV (lomo vetado), como diz Tosso, o que seria equivalente a uma picanha com pouca gordura, 14,5% de álcool, uvas colhidas no final de maio. O terceiro vinho, um FM, ou filé mignon, oriundo de um solo com mais argila (Tosso é um amante da argila e de sua influência sobre as uvas e os vinhos. Fez até a sommelier Camilla Guidolin, do Leopolldo (SP), provar o gosto da argila). Depois, um LM (lomo liso), outro tipo de filé, dois vinhos syrah, mesma variedade, mas terroirs diferentes. Aliás, Felipe Tosso diz que o conceito de terroir é muito forte, mas sempre é necessária a intervenção intelectual. Degustamos outros FM, originários de uvas plantadas a 260 metros de altura, consideradas o “coração” de Pangea, e em maior altitude, 470 metros, o “coração” de Vertice. Estes vinhos ficarão de 15 a 18 meses em barricas de carvalho francês extra-finas.
Terminada a degustação, fomos ao aperitivo, com um aromático Sauvignon Blanc Yelcho, do Vale de Lolol, muito bom, que chegará ao Brasil por R$ 38,00,acompanhando “quesillo com aji verde”,queijo fresco chileno, de vaca, macio, com pimenta verde. A vista, para todos os lados, maravilhosa: à direita e à frente, as altas montanhas; à esquerda, o vale de Apalta. O sol estava radiante e diminuia o frio do vento constante.
O almoço começou com ceviche chileno, menos aromático que o tradicional peruano, com menos limão, acompanhado por dois vinhos brancos. O já citado Yelcho Sauvignon Blanc, mais o Chardonnay Queulat 2008, ambos deliciosos. Seguiu-se um cordeiro com alecrim e purê de grão de bico, harmonizado com Syrah Grey 2008, que no Brasil é vendido por R$ 80,00, e um Carmenère/Syrah Vertice 2006, um dos ícones da Ventisquero, que chega aqui por R$ 140,00. Depois, um Syrah Pangea 2006, o melhor syrah que já bebi, potente, elegante, que custa R$ 220,00 aqui.
Na conversa, Felipe Tosso falou sobre os esforços da Ventisquero e de todo o setor vinícola chileno para aumentar as exportações de vinhos e conseguir preços mais compensadores com o aumento da qualidade do produto. A empresa exporta 1 milhão de caixas e quer aumentar em 20%, principalmente para Inglaterra, Estados Unidos e Brasil. No Chile e no Brasil, é a primeira em vendas de produtos com marca própria. O almoço, os vinhos e a conversa estavam tão bons que o ágape, como dizia minha avó, terminou às 17h20min.
Descemos o morro e rumamos para Santiago.

Ventisquero – Chef Guillermo Rodriguez



Durante nossa estada no Chile, 34 líderes dos índios mapuches, um dos “pueblos originários”, os mais antigos habitantes do País, estavam em greve de fome há quase 100 dias, numa luta pela terra e pelo respeito a seus direitos. Considerado um dos povos mais bravos e aguerridos do Chile, os mapuches estão em luta constante desde os tempos dos espanhóis, há 500 anos.
Conversei sobre isso com um mapuche importante, o chef Guillermo Rodriguez, presidente da Associação de Chefs do Chile, que preparou o jantar oferecido pela Ventisquero no restaurante excuslivo e reservado de Guillermo, na rua Tegualda, 1375, no famoso bairro Providência, região de antiquários e de ateliês de pintores. Guillermo reformou uma antiga fábrica de sapatos e ali instalou seu “taller”, onde prepara jantares especiais para personalidades, como alguns dos atuais e ex-moradores do Palácio La Moneda, como Michele Bachelet. Uma semana antes do nosso encontro, havia recebido Felipe Gonzalez, ex-presidente da Espanha. Outro que provou sua comida foi o Dalai Lama. Guillermo aproveita seu sucesso para trabalhar pela recuperação da cultura mapuche e pelo reconhecimento da gastronomia chilena. “Temos todos os produtos, mas falta uma cultura gastronômica”, diz ele.
Felipe Tosso nos distinguiu, mais uma vez, com uma primícia. Fomos os primeiros a provar, como apertivio, um chardonnay 2009, apresentado em garrafa com tampa metálica de enroscar, que Tosso considera um avanço na tecnologia do vinho, “melhor que muita rolha de cortiça”. Informou que 55% dos vinhos da Ventisquero começarão a ser apresentados com tampa de rosca. As torradinhas de camembert com anis-doce confeitado, os rolinhos de queijo cremoso com marmelos, as torradas de charque com pimenta verde chilena e as empanadas de vieira com parmesão gratinado foram acompanhadas por um Sauvignon Blanc Gewurztraminer Ramirana 2010.
Na mesa, começamos com camarões marinados sobre mousse de abacate chileno e salmão defumado em quinua com alfaces da horta, harmonizados com um Chardonnay Grey 2008. Como complementos, pão amassado chileno, sopaipillas, bolinhos de abóbora, vinagrete picante e pesto de brócolis. Depois, o prato principal, com filé de tilápia dourado em azeite de oliva, molho de limão e purê de favas ao gengibre, com rúcula e aipo sauté, harmonizado por um excelente Herú 2008 e um melhor ainda Syrah-Cabernet Sauvignon Pangea 2004, safra tardia e fresca, que exige tempo para abrir, tem verdor. Na conversa, Tosso afirmou que 2006 foi o ano mais maduro do Pangea; 2010, será o mais clássico. E destacou a importância do trabalho do enólogo australiano John Duval, que o ajudou a criar os vinhos ícones Pangea e Vertice, como consultor da Ventisquero. São vinhos de alta qualidade, vanguardistas e modernos – o objetivo proposto pelo empresário Gonzalo Vial, quando decidiu investir no setor vinícola.
A sobremesa oferecida pelo chef Guillermo Rodrigues foi sopa de morangos com menta e quitute de frutas vermelhas e sorbet de frutas do bosque. Depois, café com chocolates. E encerramos, de maneira gloriosa, uma rápida, mas produtiva viagem por alguns dos melhores vales chilenos para as viníferas e seu produto mágico, o vinho. Os citados neste texto estão à venda no Brasil, distribuidos pela Importadora Cantu.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Mensagens

Olá Danilo!
Parabéns pelo seu blog! Adorei e obrigada pela colaboração da Max Brands.
Abraços
Damaris Lago, da Atitude Press
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Ventisquero e Avaliação Nacional

Estiu chegando de dois importantes eventos sobre vinhos. Primeiro, uma viagem de quatro dias ao Chile, para conhecer a Vinícola Ventisquero, à convite da Importadora Cantu. Segundo, a 18ª Avaliação Nacional de Vinhos, realizada, sábado, em Bento Gonçalves, pela Associação Brasileira de Enologia. Ambos foram experiências maravilhosas sobre o fantástico mundo do vinho. Como a visita à Ventisquero não é uma notícia que precisa ser divulgada imediatamente, mas merece um texto amplo, uma descrição pormenorizada, vou deixar para escrever sobre ela na próxima edição do Blog. Nesta, vou falar sobre a Avaliação. Há muito o que dizer. Os vinhos da safra 2010 são melhores do que se esperava...

Uma safra dos enólogos

A safra 2010 dos vinhos brasileiros está bem melhor do que se esperava diante das condições climáticas adversas do final do ano passado e do verão deste ano, com chuvas fora de tempo ou em excesso, mas foi resultado direto da intervenção do enólogo para correção dos defeitos gerados pela natureza. Esta é a principal conclusão da 18ª Avaliação Nacional de Vinhos, realizada, sábado, dia 25 de setembro, em Bento Gonçalves, com a participação de 16 degustadores especializados, nacionais e estrangeiros, e 750 degustadores do público em geral. Foram degustados 16 vinhos selecionados por 83 enólogos entre 260 amostras inscritas por 55 vinícolas de sete estados – RS, SC, PR, BA, SP, PE e MG. Uma demonstração de que a produção de vinho espalhou-se pelo País, é que um dos destacados na Avaliação, veio de Minas Gerais, um chenin blanc da Vinícola Santa Maria.
Também ao contrário do que os especialistas esperavam, os vinhos base para espumantes e tintos jovens se mostraram muito bons, superando os efeitos negativos de 220 ml de chuva acima do normal no período de maturação. Alguns provadores estrangeiros, como a famosa espanhola Maria Isabel Mijares, chegaram a dar nota 93 para o cabernet sauvignon apresentado pela vinícola Almaúnica. Outro cabernet sauvignon, da vinícola Santo Emílio, também recebeu nota 93, do crítico de vinhos Didu Russo. Os nomes das vinícolas só foram divulgado depois da degustação. A média das notas dos bases e dos brancos ficou entre 74 e 89 pontos; a dos rosés e tintos, entre 86 e 93. Sem duvida, boa pontuação para uma safra que enfrentou tantas dificuldades climáticas.
É claro que não se poderia esperar comentários muito negativos dos degustadores-comentaristas estrangeiros convidados para avaliar o vinho brasileiro, mas foi interessante ouvi-los, depois de provarem os vinhos, dizer que a qualidade do produto brasileiro evoluiu muito e alguns vinhos, principalmente os brancos, têm boas perspectivas do mercado internacional. Foi o que disseram Carmen Perez, da Argentina, David Furer, dos Estados Unidos, Fernando Petenuzzo, do Uruguai, Roberto Rabacchino, da Itália, Maria Isabel Mijares e Luis Vicente Pastor, ambos da Espanha, Suzanne Krantz, da Suécia, e Michael Whiteside, da Inglaterra.
Ao comentar a degustação de um chenin blanc, depois identificado como produto da Vinícola Santa Maria (MG), o italiano Roberto Rabachino, presidente da Fisar International na Itália, afirmou que se trata de um vinho com projeção de sucesso. “Está na escola primária e vai chegar à universidade”, afirmou, divulgando sua nota de 85 pontos, sem dúvida boa para a safra de 2010.
O evento, como vem sendo feito há 18 anos, é uma iniciativa da Associação Brasileira de Enologia, presidida por Christian Bernardi, que brindou com todos os participantes pelo sucesso da avaliação, que reuniu mais de 750 pessoas. Também brindou à qualidade da safra, que superou “muitas dificuldades, muita chuva, poucas horas de sol e mostrou que é possível ir muito além do que a ciência ensinou para conseguir bons vinhos”. O que falta, agora, segundo ele, “é o povo brasileiro sentir-se membro do mundo do vinho”. Desde da primeira edição, mais de 10 mil pessoas participaram das Avaliações.
As queixas dos produtores de vinhos continuam as mesmas: impostos muitos altos e concorrência desleal do vinho estrangeiro que chega ao país, segundo eles, sem fiscalização sobre a qualidade e, alguns, com benefícios fiscais nos países de origem. Mesmo assim, o negócio do vinho no Brasil é crescente e sempre com novidades. Antonio Czarnobay, que foi enólogo chefa da Aurora por muitos anos, por exemplo, está se preparando para lançar espumantes e vinhos através de um nova vinícola, a Bodega Copetti & Czarnobay, com vinhedos e cantina em Encruzilhada do Sul. Será a primeira cantina desta nova província vinícola brasileira, na qual outras grandes empresas, como Valduga e Chandon, já possuem vinhedos.
Os vinhos brasileiros mostraram, também, que estão dentro da tendência mundial de diminuição dos níveis de álcool. Os cabernet sauvignons estiveram entre 12,55% e 13,07% de álcool. Os demais caíram para 11% e 12%, de uma maneira geral. Menos álcool nos vinhos é o que o mercado internacional está pedindo.
Alguns dos principais enólogos da vitivinicultura brasileira estavam em Bento Gonçalves participando da Avaliação Nacional de Vinhos. Ter um de seus “filhos” entre os destacados é o sonho de todos. Entre os mais conhecidos, Adriano Miolo, Christian Bernardi, Dario Crespi, Dirceu Scottá, Carlos Abarzúa e o português Miguel Ângelo Almeida, um dos “pais” do famoso Sesmarias, da Miolo.
A safra de uva 2010 registrou uma queda de 1,6%, no Rio Grande do Sul, em relação a de 2009. Mais de 50% das uvas comuns, um recorde histórico, segundo o Ibravin, foram destinadas à produção de suco, reivindicação antiga do setor, que vê no suco a melhor maneira de escoar a produção das uvas híbridas, abrindo espaço para o vinho fino. O mercado de sucos, para satisfação dos produtores que não tinham para quem vender suas uvas comuns, cresceu mais de 40% no ano e a tendência é de se manter. O Ibravin e a Apex-Brasil estão incentivando a exportação de suco de uva e selecionaram países alvos: Estados Unidos, Canadá, Angola, Emirados Árabes Unidos.
Fiquei sabendo lá que a Vinícola Aurora lançou o quinto vinho Millésime de sua história, o Aurora Millésime 2008. Um tinto especial, elaborado 100% com Cabernet Sauvignon, exclusivamente em safras excepcionais. Os anteriores foram das safras 1991, 1999, 2004 e 2005. Passou por amadurecimento de 10 meses em barricas novas de carvalho francês e americano.

Saúde aos vinhos do Brasil

A 18ª Avaliação Nacional de Vinhos apresentou a representatividade da Safra 2010, mostrando a diversidade da produção e a consolidação de novas regiões vitivinícolas. Representado por mais de 750 apreciadores de vinhos de nove estados – Bahia, Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo - o Brasil ergueu suas taças para degustar a qualidade da Safra 2010.Mais uma vez, a Avaliação Nacional de Vinhos, agora em sua 18ª edição, mostrou a diversidade da produção brasileira. A relação dos 80 vinhos classificados entre os 30% mais representativos da safra foi divulgada, no Parque de Eventos de Bento Gonçalves. O público também teve a oportunidade de degustar 16 vinhos selecionados entre o ranking.
Nesta edição, a diversidade não é percebida apenas na variedade dos vinhos como também nas regiões vitivinícolas. Metade das 16 amostras, por exemplo, não são de vinícolas da Serra Gaúcha, ao contrário do que acontecia em edições anteriores. Isso comprova a evolução de outras regiões do Brasil como Santa Catarina, Minas Gerais e Pernambuco, além da fronteira gaúcha.
O mesmo acontece em relação às uvas. Vinte variedades, sendo 12 tintas (Merlot, Tannat, Arinarnoa, Cabernet Sauvignon, Marselan, Ancellotta, Cabernet Franc, Malbec, Shiraz, Tempranillo, Pinot Noir e Teroldego) e oito brancas (Moscato Giallo, Chardonnay, Gewurztraminer, Moscato, Riesling, Riesling Renano, Chenin Blanc, Riesling Itálico) figuram entre os 80 vinhos selecionados.
Das 55 vinícolas que inscreveram as 260 amostras, 30, ou seja, 55% do total, estão entre as que classificaram seus vinhos na relação dos 30%. Este resultado reforça o que ocorreu no ano passado. “A qualidade da produção nacional está bem distribuída, mostrando que assim como a Serra Gaúcha, outras regiões do país também elaboram vinhos de alta qualidade”, destacou o presidente da ABE, enólogo Christian Bernardi. A degustação de seleção das amostras foi realizada por 87 enólogos de todo o Brasil, em três grupos de 29 profissionais cada no período de 16 de agosto a 3 de setembro.
Promovido desde 1993 pela Associação Brasileira de Enologia (ABE), o evento tem um papel decisivo na evolução dos vinhos do Brasil, servindo de parâmetro para o setor. Único no mundo, há anos deixou de ser um evento somente de brasileiros. Este ano, a Avaliação também contou com a participação de apreciadores da Alemanha, Argentina, Chile, Espanha, Estados Unidos, Inglaterra, Itália, Polônia, Suíça e Uruguai.
A 18ª Avaliação Nacional de Vinhos – Safra 2010 também foi marcada pelo lançamento da 2ª edição da Revista Brasileira de Viticultura e Enologia e pelo Troféu Vitis 2010. A distinção homenageou com o Troféu Vitis Amigo do Vinho Brasileiro o médico Jairo Monson e com o Troféu Vitis Enológico o engenheiro agrônomo Luiz Antenor Rizzon.
Inovando a cada safra, a ABE presenteou o público do evento com diversas atrações. Depois de serem recepcionados com o talento do saxofonista Jaime Bandeira, os amantes do vinho puderam assistir a interpretação do Farina Brothers que executaram o Hino Nacional. No intervalo mais uma surpresa. Mostrando que o evento é do Brasil, o espetáculo “Brasil! O brilho e a expressão do meu povo”, executado pela Via Attiva – Espaço da Dança, trouxe o samba de gafieira, a chula e o forró para a programação. O brinde final foi regado ao prestígio do Grupo Trittone com os tenores Vinícius Antoniazzi Brandelli e Giúlia Ferreira Dall’Oglio, acompanhados por Wilian Baldasso no violino e Leandro Perin no violoncelo.

Degustadores de oito países como comentaristas

Oito brasileiros e sete estrangeiros de renome confirmaram credibilidade do evento. O 16º degustador foi sorteado entre o público .
Alemanha, Argentina, Brasil, Espanha, Estados Unidos, Inglaterra, Itália, Suécia e Uruguai. Estes foram os países que estiveram sendo representados por 15 dos 16 degustadores do painel de comentaristas da 18ª Avaliação Nacional de Vinhos – Safra 2010. O 16º degustador foi sorteado entre o público: Altair Ferreira Amaral, de Canela. Eles estiveram comentando as 16 amostras selecionadas para o evento que aconteceu no sábado, 25 de setembro, a partir das 8 horas.
Uma das 16 amostras foi servida. Depois de degustada, cada participante deu sua nota e assinalou seus comentários na ficha de degustação. Logo em seguida, foi feito o comentário do vinho por um dos 16 comentaristas, que apresentou os resultados de sua apreciação sobre o vinho. As observações quanto aos aspectos visual, olfativo e gustativo apresentadas pelo degustador convidado puderam ser anotadas pelo público servindo como referência para futuras interpretações. Isso permite o aprimoramento do gosto pelo vinho, evidenciando o espírito educativo da Avaliação. Em seguida, passou-se para outra amostra repetindo-se o mesmo procedimento até o final.
O painel foi formado por especialistas, sommeliers, jornalistas e enólogos. A composição foi feita pela Associação Brasileira de Enologia (ABE), promotora do evento, que se preocupa em convidar comentaristas que têm relação com a cultura e promoção do vinho. Um público superior a 750 pessoas conheceu em primeira mão a representatividade da Safra 2010.
De um total de 260 amostras inscritas por 55 vinícolas de sete estados brasileiros, foi anunciada uma relação de 80 vinhos (30%) classificados entre os representativos da safra, assim como a divulgação das 16 amostras que foram degustadas, simultaneamente, por cada participante.

Os degustadores convidados

1. Alexandra Corvo – Sommelier – Brasil
2. Arthur Piccolomini Azevedo – Jornalista e Diretor da ABS-SP - Brasil
3. Carmen Perez – Jornalista – Argentina
4. David Furer – Jornalista - Estados Unidos
5. Eduardo Russo – Publicitário e escritor – Brasil
6. Fernando Pettenuzzo – Presidente da Associação de Enólogos do Uruguai - Uruguai
7. Susanne Krantz – Professora e sommelier - Suécia
8. Luís Vicente Elis Pastor – Espanha
9. José Luiz de Souza – Chef de cozinha – Brasil
10. Marcelo Copello – Jornalista – Brasil
11. Maria Isabel Mijares – Doutora em Enologia - Espanha
12. Michael Whiteside – Jornalista – Inglaterra
13. Nauro Morbini – Enólogo do Ano 2009 – Brasil
14. Roberto Rabachino – Presidente da FISAR International - Itália
15. Suzana Barelli – Jornalista e sommelier – Brasil
16. Altair Ferreira Amaral – Brasil

Os 30% e os 16 vinhos selecionados

EMPRESA VARIEDADE CATEGORIA
Aliprandini e Meyer Vinhos Finos Merlot Tinto Fino Seco
Casa Geraldo Vinhos Finos Merlot Tinto Fino Seco
Moscato Giallo* Branco Aromático
Tannat Tinto Fino Seco
Casa Valduga Vinhos Finos Chardonnay/Pinot Noir Base Espumante
Arinarnoa I Tinto Fino Seco
Cabernet Sauvignon II Tinto Fino Seco
Chardonnay II Branco Não Aromático
Gewurztraminer Branco Aromático
Marselan II Tinto Fino Seco
Merlot I Tinto Fino Seco
Catafesta Indústria de Vinhos Ancellotta Tinto Fino Seco
Cia Piagentini de Bebidas e Alimentos Chardonnay Base Espumante
Cabernet Franc* Tinto Fino Seco
Merlot Tinto Fino Seco
Cooperativa Vinícola Aurora Cabernet Franc I Tinto Fino Seco
Coocenal Coop. Central Nova Aliança Chardonnay A I* Branco Não Aromático
Chardonnay A II Branco Não Aromático
Domno do Brasil Ind. e Com. de Bebidas Chardonnay* Base Espumante
Chardonnay/Pinot Noir Base Espumante
Estabelecimento Vinícola Valmarino Cabernet Franc* Tinto Fino Seco
Giacomin Indústria de Bebidas/Vinhos Hortência Moscato Branco Aromático
Luiz Argenta Vinhos Finos Chardonnay II Base Espumante
Riesling Base Espumante
Moët Hennessy do Brasil Riesling/Chardonnay/Pinot Base Espumante
Pizzato Vinhas & Vinhos Chardonnay Branco Não Aromático
Rasip Agropastoril Cabernet Sauvignon Tinto Fino Seco
Merlot Tinto Fino Seco
Pinot Noir* Tinto Fino Seco Jovem
Seival Estate Cabernet Sauvignon Tinto Fino Seco
Merlot* Tinto Fino Seco
Tannat Tinto Fino Seco
Tempranillo/Cabernet Sauvignon Rosé Seco
Vinhos Salton Chardonnay/Pinot Noir II* Base Espumante
Cabernet Franc I Tinto Fino Seco
Cabernet Franc III Tinto Fino Seco Jovem
Cabernet Franc IV Tinto Fino Seco Jovem
Cabernet Sauvignon I Tinto Fino Seco
Cabernet Sauvignon IV Tinto Fino Seco
Chardonnay III Branco Não Aromático
Malbec Tinto Fino Seco
Merlot I Tinto Fino Seco Jovem
Merlot II Tinto Fino Seco Jovem
Tannat I Tinto Fino Seco
Vinícola Almadén Cabernet Sauvignon Rosé 22 Rosé Seco
Cabernet Sauvignon Rosé 327* Rosé Seco
Chardonnay Lote 8 Branco Não Aromático
Chardonnay Lote Almaden 1 Branco Não Aromático
Riesling Renano lote 39 Branco Não Aromático
Sauvignon Blanc lote 30 Branco Aromático
Vinícola Almaúnica Cabernet Sauvignon* Tinto Fino Seco
Merlot Tinto Fino Seco
Shiraz Tinto Fino Seco
Vinícola Campestre Moscato Branco Aromático
Vinícola Dom Cândido Marselan I* Tinto Fino Seco
Merlot II Tinto Fino Seco
Vinícola Geisse Chardonnay I Base Espumante
Chardonnay/Pinot I Base Espumante
Chardonnay/Pinot II Base Espumante
Vinícola Góes & Venturini Chardonnay* Branco Não Aromático
Vinícola Irmãos Basso Ancellotta Tinto Fino Seco
Cabernet Sauvignon I Tinto Fino Seco
Merlot I Tinto Fino Seco
Merlot II Tinto Fino Seco
Vinícola Lídio Carraro Teroldego Tinto Fino Seco
Vinícola Miolo Chardonnay/Pinot II Base Espumante
Cabernet Sauvignon Tinto Fino Seco
Chardonnay Branco Não Aromático
Vinícola Ouro Verde Chenin Blanc - Lote 09/2010* Branco Não Aromático
Vinícola Perini Chardonnay/Riesling Base Espumante
Riesling/Chardonnay Base Espumante
Riesling/Chardonnay/Merlot Base Espumante
Chardonnay Branco Não Aromático
Marselan II Tinto Fino Seco
Moscato R2* Branco Aromático
Riesling Itálico II Branco Não Aromático
Vinícola Santo Emílio Cabernet Sauvignon* Tinto Fino Seco
Merlot Tinto Fino Seco
Vinícola Zanella Cabernet Sauvignon Tinto Fino Seco
Vitivinícola Santa Maria Chenin Blanc I * Branco Não Aromático
* Os 16 vinhos apresentados no dia 25/09/2010

Perfil das amostras

Participaram desta edição 55 empresas vinícolas, dos estados do RS (231 vinhos), SC (13), PR (1), BA (3), SP (2), PE (6) e MG (4). No total foram inscritas 260 amostras, nas categorias Branco Fino Seco Não Aromático ( I ) – 46 amostras; Branco Fino Seco Aromático ( II ) – 18 amostras; Rosé Seco ( III ) – 9 amostras; Tinto Fino Seco ( IV ) – 122 amostras; Tinto Fino Seco Jovem ( V ) – 16 amostras; Vinho Base para Espumante ( VI ) – 49 amostras.
O número de amostras por variedade foi o seguinte: Categoria I: Chardonnay - 28; Chenin Blanc – 3; Pinot Grigio – 1; Prosecco - 2; Riesling Itálico - 6; Riesling Renano – 3; Viognier - 3. Categoria II: Gewürztraminer - 2; Malvasia – 1; Malvasia de Candia - 1; Moscato - 6; Moscato Giallo - 2; Sauvignon Blanc - 6. Categoria IV: Ancellotta - 7; Arinarnoa - 2; Cabernet Franc - 6; Cabernet Sauvignon – 42; Malbec - 4; Marselan - 7; Merlot - 29; Shiraz ou Syrah – 3; Tannat – 15; Tempranillo – 2; Teroldego – 2; Touriga Nacional – 3, e na Categoria V: Cabernet Sauvignon – 2; Cabernet Franc – 3; Carménère – 1; Gamay – 1; Marselan – 1; Merlot - 3; Pinot Noir - 4; Shiraz ou Syrah – 1;. Na Categoria III participaram vinhos varietais ou de corte das variedades Cabernet Sauvignon, Merlot, Pinot Noir, Tannat e Tempranillo. Na Categoria VI participaram vinhos varietais ou de corte das variedades Chardonnay, Pinot Noir, Riesling Itálico, Prosecco, Malbec, Merlot e Cabernet Sauvignon

Da avaliação de seleção

Os vinhos foram avaliados em 15 sessões, entre os dias 16 de agosto a 3 de setembro de 2010, no Laboratório de Análise Sensorial da Embrapa Uva e Vinho, sempre às 9h30min. Participaram da avaliação 81 enólogos, todos com experiência em degustação, divididos em 3 grupos (5 sessões/grupo), com cerca de 27 degustadores em cada sessão. As amostras foram degustadas às cegas, informando-se aos degustadores somente a categoria (grupo) do vinho – sem mencionar o nome da variedade. Diariamente eram degustadas, aproximadamente, 23 amostras. Foi empregada a ficha da O.I.V e União Internacional dos Enólogos, a qual atribui notas em uma escala de 0 a 100 pontos. Para a composição da nota final foi considerado um total de 10 variáveis, associadas ao Aspecto (Limpidez, Tonalidade), Olfato (Intensidade, Nitidez, Qualidade), Paladar (Intensidade, Nitidez, Qualidade, Persistência) e Apreciação Global. Os vinhos foram servidos nas temperaturas de 10oC (brancos e base para espumantes), 12oC (rosés) e 16-17o C (tintos). A seleção dos 30% melhores vinhos, correspondente a cada categoria, foi feita de acordo com a mediana, seguindo-se, para desempate, a média aritmética. Importante salientar que as notas finais de cada vinho foram obtidas a partir do cálculo de 24 a 29 notas (conforme o grupo), o que atribui uma excelente robustez aos resultados. Em 2010, foi empregado, pela primeira vez na ANV, um sistema computadorizado de coleta de dados (ficha eletrônica de análise), com processamento e emissão de relatórios.

A opinião de Christian Bernardi

Vou fechar esta cobertura da 18ª Avaliação de Vinhos com um artigo do presidente da Assoiciação Brasileira de Enologia, Christian Bernardi, a quem agradeço o convite para participar da degustação e todas as gentilezas que recebi na serra gaúcha, muito bem assessorado peloa jornalista Lucinara Masiero. Bernardi destaca os bons resultados da safra 2010.
“O crescente desenvolvimento da qualidade dos vinhos brasileiros já é reconhecido por consumidores, críticos e profissionais do vinho de todo o mundo. Na história da vitivinicultura brasileira, considera-se o início do século passado como o marco inicial da indústria do vinho no Brasil. Justamente na Serra Gaúcha, com o estabelecimento dos imigrantes italianos foi possível conciliar a cultura e a economia de uma região e desenvolver um produto que até hoje é símbolo desta terra. Passaram-se mais de 100 anos e o vinho difundiu-se por todo o país.
Diferente fatores foram responsáveis por este crescimento de qualidade e expansão das áreas vitivinícolas pelo Brasil. Acima de tudo a capacidade e ousadia de pessoas que souberam explorar os terroirs deste imenso país e levar aos consumidores aromas e gostos capazes de satisfazer todas suas expectativas. Mas, além disso, há alguns eventos que servem como balizadores ao setor. Um destes é a Avaliação Nacional de Vinhos, que foi criada pelo próprio setor vitivinícola e atinge a 18ª edição como uma importante ferramenta para os produtores e é vitrine aos produtos brasileiros.
Criada em 1993 pela Associação Brasileira de Enologia, a Avaliação Nacional de Vinhos é um evento único, com distinção mundial pela sua estrutura e resultados alcançados. Apesar de ser difícil de mensurar, a ANV consolidou-se com uma verdadeira ferramenta de avaliação das vinícolas do Brasil. Há um crescimento das vinícolas, que submetem seus produtos a análise do painel de enólogos (mais de 75 profissionais avaliadores) e, assim, têm um panorama do desempenho de seus produtos naquela vindima. Além disso, a ANV também apresenta a evolução das regiões vitivinícolas brasileiras; a cada edição novas regiões despontam com qualidade de seus vinhos.
Por fim, mas não menos importante, consolidou-se neste evento a participação de um público cativo de consumidores que vêm a Bento Gonçalves, todos os anos, para esta “pré estréia” dos vinhos da safra. Trata-se de uma possibilidade que os apaixonados por vinho têm de visualizar as tendências e estilos de vinhos que irão para o mercado na sequência. E, igualmente, saber quais vinícolas e regiões estão despontando no cenário brasileiro.
Essa é a Avaliação Nacional de Vinhos, que há 18 anos é referência na vitivinicultura brasileira, graças a todas pessoas, vinícolas, entidades e apoiadores que transformam a arte de elaborar vinho num evento grandioso.”

Vinhos avaliados em Farroupilha

Vinhos avaliados em Farroupilha
Os vinhos, frisantes, espumantes e sucos de uva inscritos pelas vinícolas farroupilhenses na 5ª Seleção de Vinhos passaram por análise no período de 14 a 17 de setembro. A avaliação dos produtos foi feita por grupo de 30 degustadores, composto por representantes de instituições de ensino e pesquisa, profissionais da indústria vinícola e enófilos. Os trabalhos foram realizados no Seminário Apostólico Nossa Senhora de Caravaggio, no turno da manhã.
Os quatro dias de análise foram de expectativa pela verificação do nível das amostras. “Submeter os produtos a essa apreciação qualitativa, através do mecanismo de avaliação que temos hoje, é uma oportunidade valiosa. As vinícolas estão cientes disso, o que se comprova pelo crescente e alto número de amostras inscritas”, comenta o coordenador do conselho técnico da Associação Farroupilhense de Produtores de Vinhos, Espumantes, Sucos e Derivados (Afavin) e integrante do grupo de degustadores, João Carlos Taffarel. A totalização das notas é feita por meio de software desenvolvido especialmente para concursos de vinhos. Essa é a terceira edição do concurso que conta com a utilização desse recurso, possibilitando repasse de informações precisas às vinícolas acerca das pontuações emitidas a cada um dos produtos participantes, mesmo que não sejam agraciados por medalhas. Segundo Taffarel trata-se de um importante serviço prestado ao vitivinicultor. “Orientar as vinícolas acerca do nível em que se encontram as bebidas, por meio de uma verificação criteriosa, com pareceres emitidos por profissionais que conhecem vinhos do mundo inteiro, permite o aprimoramento e a evolução dos produtos que são elaborados e que chegam ao consumidor”, enfatiza.
Taffarel destaca ainda a participação das amostras de bebidas moscatéis, que entre vinhos, frisantes e espumantes, alcançaram 40 inscrições neste ano, lembrando o posto ocupado por Farroupilha de maior produtor nacional dessas variedades. “Observa-se um aumento significativo em relação às primeiras edições quando esse número era pouco superior a dez amostras, o que demonstra que o produtor local está aproveitando esse diferencial, passando a elaborar mais produtos com essas variedades e que apresentam excelente qualidade”, comenta. Sobre os demais produtos Taffarel também adianta sua avaliação. “Em um contexto geral degustamos produtos tecnicamente bem elaborados. Alguns produtos somente, por influência da última safra que foi muito negativa, apresentam pontuações menores, mas que não chegam a ser depreciativas, porque hoje com a qualificação do produtor e a tecnologia implementada pelas vinícolas consegue-se amenizar os efeitos negativos das safras”, explica.
O diretor-executivo da Associação Gaúcha de Vinicultores (Agavi), Darci Dani, também integrou o grupo de avaliadores. Para ele o ponto positivo dessa edição foi a análise dos vinhos frisantes. “Essa proposta nova na avaliação sinaliza que o concurso está atento ao mercado. O frisante atualmente mostra-se como uma alternativa importante no cenário brasileiro que pede, em virtude do clima tropical, bebidas leves e aromáticas”, salienta. Sobre a qualidade das amostras avaliadas ele adianta seu parecer. “A média dos produtos é boa, há vinhos em Farroupilha nos quais se percebe um crescimento de qualidade”, revela.
O enólogo André Peres Jr., por sua vez, destaca que os espumantes apresentaram qualidade acentuada. Outras amostras valorizadas por ele foram as de suco de uva. “As minhas avaliações foram positivas, principalmente pelas uvas que foram escolhidas para a elaboração dos sucos, que lhes conferiram cor e sabor adequados”, comenta.
Conforme normas internacionais, receberão premiação até 30% das amostras inscritas em cada uma das doze categorias do concurso, que compreendem: vinhos de mesa tintos e brancos, secos e suaves; vinhos finos secos tinto, branco e rosado; vinho branco fino seco moscatel tranquilo; vinho frisante moscatel; espumantes moscatel e brut; e suco de uva. Além das medalhas de ouro, prata e bronze são entregues duas distinções especiais Moscatel Premium - ao vinho fino seco tranquilo e ao espumante moscatéis com maior pontuação.
A revelação dos produtos premiados pela 5ª Seleção de Vinhos de Farroupilha ocorre no dia 12 de novembro, em jantar-baile, no clube Santa Rita. A Promoção é da Afavin e da Prefeitura Municipal de Farroupilha, através da Secretaria da Agricultura.
Patrocinam o evento: Agrimar/Unyterra, Amazon Group, Banco do Brasil, Basf, Corticeira Paulista, Ever Intec, Gás Bonalume, LNF – Latino Americana, Posto Farrapos, Rasera Casa de Carnes, Tramontina, Trombini, Vêneto Mercantil/Scholle Packaging. Apoiam institucionalmente o evento: Associação dos Engenheiros Agrônomos da Encosta Superior do Nordeste (AEANE); Confraria Feminina do Vinho e do Espumante de Farroupilha; Embrapa Uva e Vinho; Escritório Municipal da Emater/RS – Ascar; Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin); Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) – Campus Bento Gonçalves; Laren – Seapa – Governo do Estado do Rio Grande do Sul; SEBRAE; Seminário Apostólico Nossa Senhora de Caravaggio; Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Farroupilha; UCS Farroupilha.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Mensagens

México

Ricardo Cruz deixou um novo comentário sobre a sua postagem "BORREGA DO FUTURO Dorper Campo Verde 2009":
Felicidades , y Muy leve blog de Gran Importancia Para Los Amantes Inocentes y Los La Cuisine
Saludos desde México y le invito una visita en mi Granja www.borregosdorper.com
http / / dorpermx.blogspot.com

Ricardo Cruz, Granja Santa Fé
Monterrey – México

Resposta – Obrigado, Ricardo. Fico satisfeito do Blog ir tão longe. Tenho um amigo, em Livramento, criador de dorper. Vou passar os teus endereços para ele.
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Chile

OK Ucha. Uma Boa viagem para você. Aguardamos as novidades do Chile. Se encontrares o Memorias 1999, da El Principal, recomendo trazê-lo. Não encontrei mais esse vinho por aqui e é um dos melhores chilenos que já experimentei. Abraço,
Luciana Zotz
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Bacalhôa

Caro Ucha,
Obrigado pela nota da degustação da Bacalhôa em seu blog.

Abraços,
Cledi Sodré – Sommelier Vinhos
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Uruguai

Danilo, como vai voçe?
Que acontece com a sommelier Giovanna? Evidentemente ela nao conhece nada dos vinhos de Uruguai, né? Vamos ter que convidar ela para que depois possa falar!!!! Quando voçe vai venir para Uruguai? Me avisa, e almoçamos na nossa vinicola, esta bom?
Beijos

Mariana Cerutti
Viñedo de los Vientos
Ruta 11 Km 162 Atlántida - Uruguay
Tel ++598 437 21622
Cel ++598 94 807 460 / 99 372 723
www.vinedodelosvientos.com
skype maricerutti

Resposta – Obrigado,Mariana. Já respondi a ela que o Uruguai tem bons vinhos. E até coloquei os endereços do Arraspide para que ela leia alguma coisa sobre os vinhos uruguaios.
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Uruguai II

Caro Danilo, como vai?
O motivo de te escrever é que fiquei surpreso pelas afirmações da colega Sommelier Giovana D'Ipolito postadas no teu blog!
Acho que ela não conhece - alias de ter que experimentar - muitos bons e ótimos vinhos produzidos no meu país.
Alem disso, a informação de que a Antigua Bodega Stagnari seja a mais premiada, é um erro. Pode ser sim que a H. Stagnari, vinícola nova da outra parte da família Stagnari, sim seja a que mais premios tem colhidos pelo seu Tannat Viejo (rótulo de sucesso dessa casa).
Mas, só para lembrar e dar uma dica de boas vinícolas uruguaias, é necessario fazer a prova de vinhos da Carrau, Bouza, Giménez Méndez, Los Cerros de San Juan, Castillo Viejo, Pizzorno, Pisano, Juanicó, Varela Zarranz, Alto de La Ballena, e Montes Toscanini..... só para dar o nome de dez delas que tem produtos que vale a pena degustar, né? E não somente os da casta Tannat, também bons brancos feitos com Sauvignon Blanc, Viognier, e Alvariño!
Mudando o tema, espero vê-lo lá em Bento Gonçalves no próximo final de semana na Avaliação Nacional de Vinhos.
Um grande abraço,

Daniel Arraspide
SOMMELIER - JORNALISTA
jdap@montevideo.com.uy
jdapfv@gmail.com
info@vinoybebidas.com
Avenida Brasil 2564, apto. 1002
CP 11300 - Montevideo
Tel. (598) 27096172
Movil (598) 99 168030
URUGUAY
Lea las notas, artículos, y consejos del sommelier Daniel Arraspide en:
Vinos y Bebidas en el Portal: http://blogs.montevideo.com.uy/vinosybebidas
Vino y Bebidas: www.vinoybebidas.com

Resposta – Daniel, obrigado pelo comentário. Vou fazer um tour de force para ir a Avaliação Nacional, pois, na próxima semana, estarei no Chile, bebendo bons vinhos Ventisquero, Quero ver se, do aeroporto Salgado Filho, sexta-feira à noite, vou diretor para Bento Gonçalves. Depende da nossa amiga Lucinara Masiero.
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Uruguai III

Boa viagem então Danilo, e melhor estada lá no país da cordilheira!

Beba bons vinhos por mim, e depois nos conta.

Abraço e nos vemos na Avaliação.

Até lá,

DANIEL ARRASPIDE
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Carrau

Caro UCha,
Obrigado e grande abraco desde Montreal-Canada, visitando y promocionando os nossos Tannat com carne de cordeiro(Agneau)
Saudacoes!

Javier Carrau
Bodegas Carrau
Uruguay-Brasil
Enviado desde mi BlackBerry device de Ancel.
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Venturini

Boa Tarde Ucha,
Primeiramente é um privilegio contatar com um grande conhecedor e divulgador dos Vinhos do Brasil, e segundo quero, em nome da Casa Venturini, agradecer essa oportunidade que voce está nos dando em divulgar a premiação da vinicola em seu blog.
Quero, tambem, aproveitar e convida-lo para que venha degustar nossos vinhos e espumantes e conhecer a nossa vinícola, será um prazer recebe-lo.
Atenciosamente,
Denise Venturini
Casa Venturini Vinhos e Espumantes.
Flores da Cunha - RS
54.3292-2710

Resposta – Obrigado pelo convite, Denise. Também quero conhecer a vinícola. Vamos ver isso mais adiante.

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Na Ventisquero

Amanhã, dia 21, estarei viajando ao Chile, à convite da Importadora Cantu, para conhecer os vinhedos da Ventisquero, uma das mais importantes vinícolas chilenas. Na volta, contarei os detalhes para os leitores do Blog.

Boas chances na primavera

A primavera começará quinta-feira e, com elas, grande oportunidades param quem quiser adquirir alguns dos melhores exemplares da ovinocultura gaúcha. Muitos criadores não venderam seus melhores animais na Expointer, realizada em agosto, exatamente esperando os bons remates e leilões que estão previstos para esta primavera. Acredita-se que os preços serão bons para ambos os lados, vendedores e compradores, e a procura de matrizes e carneiros será intensa porque bons tempos estão previstos para a criação de ovelha, uma vez que o mercado comprador de carne de cordeiro está movimentado e tende a crescer com a aproximação do final de ano e do verão.

Cantu fará degustação na Conte Freire

A Importadora Cantu apresentará alguns vinhos do seu portfólio, dia 21, a partir das 20h, na Enoteca Conte Freire, em Porto Alegre. Você não precisará provar todos, mas mais de 1.200 rótulos estarâo à disposição nas prateleiras da casa.
Serão degustados quatro vinhos, com tábua de frios, queijos e pães e um especialista da Cantu que vai falar sobre os vinhos. Serão eles: Ventisquero Queulat, um carmênere do Chile; um Chateau de Pourcieux Rosé, da França; um Crios Suzana Balbo, malbec da Argentina; e um Nemorino Tinto, da Itália. Valor individual: R$ 20,00. Será lá na Conte Freire do bairro Três Figueiras: Rua Des Esperidião de Lima Medeiros, 156, telefone 51 3222-8851.