quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Viña Ventisquero me espera

Graças à minha amiga Alexandra Casolato, terça-feira estarei iniciando uma viagem que promete muito, aos vinhedos da Vinícola Ventisquero, no Chile, representada aqui no Brasil pela Importadora Cantu. Verei, ao vivo e a cores, o que esta escrito abaixo, elaborado em cima de informações de terceiros sobre o que é e o que faz a Viña Ventisquero.
Liderada por uma equipe jovem, criativa e empreendedora, a Viña Ventisquero iniciou sua produção em 1998, quando o empresário Gonzalo Vial decidiu investir no setor vinícola. Com o slogan Um passo além, a empresa se propôs a fazer vinhos de alta qualidade, vanguardistas e modernos através de três linhas: Ventisquero, Yali e Ramirana.
Apenas 12 anos após ter sido fundada, a Viña Ventisquero é a proprietária orgulhosa de vinhedos premium localizados em algumas das melhores regiões vitivinícolas do Chile. Nos vales de Colchagua, Casablanca e Maipo Costa, sua equipe identifica os melhores locais para cada tipo de varietal cultivado. Em colaboração com experts como Aurelio Montes e Eduardo Silva, a missão é produzir vinhos distintos que ofereçam qualidade sem deixar de lado práticas ambientais e socialmente responsáveis.
No ano 2000, a cantina foi construida no Vale do Maipo Costa, área de onde provêm seus vinhos, pela mão de seu enólogo-chefe, Felipe Tosso. Três anos depois, a vinícola deu um novo passo e comprou terrenos no Vale de Casablanca, zona onde atualmente nascem Pinot Noir, Sauvignon Blanc e Chardonnay, e no prestigioso Vale de Apalta, berço de seus vinhos de mais alta categoria. Procurando a consolidação na qualidade, a Ventisquero se aventurou a criar um vinho ícone, o Pangea, e o ultra Premium Vertice, elaborados em parceria com o australiano John Duval, um dos enólogos mais prestigiados do mundo.

Apalta, Colchagua

Apalta é a fonte das uvas Syrah e Carménère usadas pela Viña Ventisquero para elaborar seus vinhos ícones Vertice e Pangea. Felipe Tosso e John Duval consideram este local uma ‘joia da coroa’ de Colchagua. "Apalta realmente me interessa, pois tem algo de especial e conserva sua personalidade dentro de Colchagua. Apesar de nossas vinhas serem jovens, estamos fazendo alguns vinhos excepcionais”, explica Felipe Tosso.
Situado no sopé de uma serra ao sul com elevação de 200-475 metros acima do nível do mar, e a uma curta distância do rio Tinguirica, o Vale de Apalta é caracterizado por um microclima perfeito para o cultivo de uvas premium. Os tipos de solo variam de rochoso-arenoso a argila vermelha, este último sendo ideal para Syrah e Merlot. As temperaturas no inverno ficam entre 2 e 15°C. O vale recebe cerca de 650mm de chuva entre maio e setembro, e a irrigação por gotejamento sustenta as videiras durante a longa temporada de verão, bastante seca, quando as temperaturas ficam entre 12 e 31 °C.
Variedades plantadas - Cabernet Sauvignon, Syrah, Carménère e Merlot.

Lolol, Colchagua

O enólogo Alejandro Galaz e o especialista em terroirs, o Professor Pedro Parra, identificaram Lolol como uma localidade promissora, com bastante espaço para crescimento da Pinot Noir. Alejandro foi extremamente otimista em relação à primeira colheita no local, que ocorreu em 2009.
As vinhas de Lolol estão a 100-150 m acima do nível do mar e a 30 km de distância do Oceano Pacífico e o clima apresenta uma longa estação seca temperada pelos ventos costeiros e grandes variações entre o dia e a noite. As temperaturas médias no verão variam entre 12 e 28 °C, com 500mm de chuva por ano. As uvas Sauvignon Blanc e Chardonnay são plantadas próximas ao mar, desfrutando de temperaturas mais baixas durante a época de maturação. A Carménère é plantada nas áreas mais quentes no topo da colina. Estas vinhas renderam sua primeira colheita em 2007.
Uvas plantadas - Sauvignon Blanc, Chardonnay, Carménère, Merlot, Pinot Noir

Peralillo, Colchagua

Situada a 150 m acima do nível do mar, adjacente ao Rio Tinguirica, esta área conta com os benefícios da influência marítima do Oceano Pacífico, que fica a apenas 40 km de distância. A precipitação média anual é de 600 mm e os solos de origem vulcânica são adequados às uvas Cabernet Sauvignon.
Uvas plantadas - Cabernet Sauvignon, Syrah, Carménère, Merlot, Cabernet Franc, Sangiovese, Tintorera, Petit Verdot, Chardonnay, Sauvignon Blanc, Gewürztraminer, Viognier.


Maipo Costa: Trinidad e Tantehue

Este foi o primeiro vinhedo plantado pela Viña Ventisquero em 1998. "O que é único neste vinhedo é a diversidade de solos, conferindo, também, diversidade de sabores para a mesma variedade. A partir daqui, temos vinhos de grande personalidade. Além disso, os solos não são pesados e não têm muita água, por isso é perfeito para a Cabernet e a Syrah”, resume Felipe Tosso.
Uvas plantadas em Trinidad - Cabernet Sauvignon, Syrah, Merlot, Carménère; Chardonnay e Sauvignon Blanc
Uvas plantadas em Tantehue - Cabernet Sauvignon, Syrah, Carménère e Merlot


Vale de Casablanca

O clima do Vale de Casablanca é moderado pela brisa costeira que esfria as temperaturas quentes de verão criando condições ideais para o amadurecimento lento das bagas, permitindo que a fruta preserve seus sabores e aromas delicados. Localizado a 80 km de Santiago e a uma curta distância do Oceano Pacífico, o vale recebe aproximadamente 520mm de chuvas durante os meses de inverno entre maio e setembro. Os solos de textura arenosa fina retêm a umidade mínima naturalmente, resultando em uvas de alta qualidade.
Uvas plantadas – Chardonnay, Sauvignon Blanc e Pinot Noir

O time de enólogos

Felipe Tosso, enólogo-chefe da Viña Ventisquero
O enólogo-chefe Felipe Tosso está na Viña Ventisquero desde 2000. Após se aventurar em várias carreiras, atuando como tenista profissional e violonista clássico, ele decidiu entrar no mundo do vinho, descrevendo-o como "uma das minhas grandes paixões, porque é mais do que trabalho: é um estilo de vida". Suas viagens o levaram a Napa, Sonoma, Argentina, França, Espanha, Itália, Austrália e, finalmente, à Viña Ventisquero. Em 2003, Felipe começou uma estreita colaboração com John Duval na produção dos vinhos ícones Vertice e Pangea, uma parceria que continua até os dias atuais.
Liderando a equipe de enólogos, deu um selo próprio aos cotizados vinhos desta bodega. Já recebeu mais de 250 prêmios por suas criações, produtos de um trabalho que prima pela alta qualidade, inovação e consistência.
Alejandro Galaz, enólogo-chefe dos vinhos Ramirana e enólogo dos brancos e Pinot Noir de todas as linhas da Viña Ventisquero
O enólogo Alejandro Galaz chegou à Viña Ventisquero com 8 anos de experiência e passagens pela Castel-Virgine, na França, Kendall Jackson, nos Estados Unidos, e Domaine Grand Clos, na Suíça.
Sua paixão pela Pinot Noir é evidente: "Do vinhedo até a garrafa, a Pinot Noir é uma variedade muito complicada, mas eu gosto de grandes desafios! Sempre achei o processo de produção da Pinot Noir verdadeiramente fascinante e adoro o fato de que os vinhos se tornam uma verdadeira expressão da elegância, distinção e sutileza da uva". Alejandro é também responsável por vinhos brancos da Ventisquero e pela linha de vinhos premium Ramirana, que sofre influência costeira e apresenta rótulos elegantes, complexos e com menor graduação alcoólica.

Sergio Hormazábal

Sergio Hormazábal se juntou à equipe da Ventisquero em janeiro de 2009 com a responsabilidade de elaborar vinhos tintos. Sua experiência anterior inclui sete anos na Viña William Fevre, na região do Alto Maipo, Chile, além de temporadas na França, Itália e Portugal. Sergio também trabalhou como assistente de pesquisa no Institut du Vin Coopératif, em Languedoc (França). Ele é definitivamente o homem do vinho tinto: "Eu amo a Cabernet com seu estilo e personalidade, a Carménère madura com tipicidade e a Syrah de todos os tipos de climas. Eu também gosto de experimentar mesclas diferentes sempre que possível".

John Duval

Considerado um dos enólogos mais prestigiados da Austrália, Jonh Duval colabora com a Viña Ventisquero desde 2003, através de assessorias para os vinhos Pangea, Vertice e para a linha Grey, recentemente reformulada. Sua trajetória no cenário vitivinícola mundial está avaliada por alguns dos Syrah mais premiados do mundo, dos quais foi criador.
Durante 29 anos foi o autor dos vinhos Grange de Penfolds, verdadeiros ícones da vitivinicultura mundial. É um dos enólogos sócios de Long Shadow Vintners, projeto que cria vinhos com os melhores especialistas do mundo, e trabalha com os vinhedos de Washington State, com o objetivo de gerar marcas de reconhecimento mundial.
A bandeira verde
Desde a criação da Viña Ventisquero, Gonzalo Vial e sua equipe se comprometeram em implementar todos os elementos necessários para atuar como uma empresa preocupada com o meio ambiente. A promessa atualmente é respaldada pelas ISOs 9001 e 14001, além de um diploma de Análises de Risco e Pontos Críticos de Controle (HACCP), atestando que desde a obtenção da matéria-prima até o consumo dos vinhos, medidas de controle garantem produtos seguros e de qualidade. A Ventisquero também foi a primeira das grandes vinícolas chilenas a receber, em 2003, um certificado da APL (Acordo de Produção Limpa) e a contar com uma auditoria em todos os seus centros produtivos, bodegas e vinhedos. O acordo é voluntário e foi impulsionado pelo Governo e a Corporação Chilena de Vinhos.
Além disso, a Ventisquero foi a primeira vinícola chilena a compensar voluntariamente as emissões de CO2 nos transportes de seus vinhos por meio de uma aliança com a organização inglesa Climate Care, que investe em projetos que geram reduções de CO2. Todas estas ações são partes da filosofia de uma empresa que respeita o meio ambiente.
Ficarei três dias lá pela vinícola e irei conferir tudo isso. Na volta, prometo contar tudo para vocês, tintim por tintim!

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