domingo, 13 de fevereiro de 2011

Dal Pizzol apresentou projeto Vinhedo do Mundo


Antonio DalPizzol mostrou como se colhe bem a uva para vinho

Rinaldo Dal Pizzol apresentou o Vinhedo do Mundo

Adão Villaverde, presidente da Assembléia Legislativa e prefeito de Bento Gonçalves, Roberto Lunelli, colheram a uva monuka, originária do Afeganistão
Fotos Gil Gomes

Andréia Debon também colheu uva no Vinhedo do Mundo
Foto Danilo Ucha

Roberto Lunelli,prefeito de Bento Gonçalves, fez um sabrage
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Apesar da chuva constante que caiu sobre Farias Lemos, sábado de manhã e no início da tarde, o evento da Vinícola Dal Pizzol em torno do início da vindima 2011 foi muito bom. Um grupo de 30 convidados especiais, capitaneados pelo presidente da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, Adão Villaverde, um entendedor de vinhos, bom parceiro de copo, e com o titulo de Amigo do Vinho, pois sempre trabalhou pelo setor, foi recebido com espumantes por Antoninho e Rinaldo Dal Pizzol, diretores da vinícola, seus enólogos e funcionários. Depois, na sala de degustação, todos participaram de uma degustação às cegas. Mas, ao contrário deste tipo de evento, onde os rótulos das garrafas são cobertos para quem ninguém saiba o vinho servido, nesta degustação as pessoas foram vendadas, as taças colocadas à sua frente e, durante um bom período, tiveram que manifestar suas sensações, desde o simples toque nas taças até, finalmente, a constatação do aroma das taças e, também, a degustação do vinho. A enóloga que coordenava perguntava as emoções que cada um sentia e que lembranças as sensações traziam.
Na minha vez, ao sentir a frieza da taça e o aroma inconfundível da chardonnay, lembrei-me de uma visita a uma vinícola na Alemanha Oriental, que estava sendo devolvida pelo regime comunista a seus antigos donos, uma Princesa alemã. Era inverno, havia gelo cobrindo a grama do solo e as próprias uvas, a Princesa era bonita e me ofereceu uma taça de seu maravilhoso vinho branco, uma imagem que nunca esqueci. Para ir até a vinícola fui de trem, desde Berlim, e os trilhos estavam brancos de gelo.
Como chovia muito intensamente e não dava para ir diretamente ao Vinhedo do Mundo, Rinaldo Dal Pizzol e o enólogo Dirceu Scottá fizeram uma apresentação do projeto. Criado em 2005, quando a Dal Pizzol já tinha muitos e muitos anos, o Vinhedo do Mundo é uma proposta sensacional: plantar e manter a maior quantidade possível de vinhas que existem no mundo, algumas das quais em processo de extinção, para criar uma coleção que permita pesquisas e estudos e, também, a produção de pequenos lotes de vinhos de cada varietal e, ainda, um vinho único – um assamblage – com todas elas. O projeto tem apoio da Embrapa Uva e Vinho que cedeu alguns varietais e cujo diretor, enólogo Mauro Celso Zanus, auxiliado pelo enólogo da Dal Pizzol, Dirceu Scottá, será o responsável pelas microvinificações.
O objetivo final é reunir 500 variedades de uvas de várias partes do planeta em um espaço acessível à aficionados, pesquisadores e estudiosos. Já conta com 164 variedades de videiras de 22 países, ocupando meio hectare. Como Faria Lemos, que faz parte do município de Bento Gonçalves, na serra gaúcha, está a apenas 15 minutos do centro da cidade, o Vinhedo do Mundo será, também, uma atração turística numa região que desenvolve fortemente o enoturismo, com a chamada Rota das Cantinas Históricas. Na própria Dal Pizzol, já existe um Parque Temático, com árvores e flores de várias regiões, todas devidamente identificadas e etiquetadas; diversos animais, como galinhas de angola, perus, pavões e lagoas com trairas e outros peixes. Dentro do parque, há uma Enoteca, com uma coleção de garrafas de safras antigas desde a fundação da empresa e que hoje são consideradas peças de museu. Mesmo assim, estão em perfeito estado e são consumidas em ocasiões especiais, quando um visitante ilustre tem o direito de entrar e escolher a garrafa com o vinho e a safra que ele quer beber com os demais confrades. No nosso almoço de sábado, dia 11, coube ao presidente da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, Adão Villaverde, escolher o vinho. Ele escolheu um cabernet sauvignon-merlot safra 1999. Aberto, se mostrou um grande vinho. Em anos passados, já tive a honra de escolher o vinho. Não lembro mais qual foi, mas não esqueci a safra: 2005.
Ainda dentro do Parque Temático, a Dal Pizzol tem um pitoresco restaurante, com vista para os lagos, no qual são oferecidos cardápios típicos, sob o comando direto do Rinaldo Dal Pizzol. Nós, depois de apreciarmos um espumante rose, comemos a tradicional salada de folhas verdes com muito azeite de oliva e acetto, o vinagre de vinho, umas batatas inglesas assadas no forno, dois tipos de massas, um deles com molho de funghi, e filé ao molho ou de vinho ou de pesto. Obviamente, com vinho tinto abundante.
Depois do almoço, como a chuva deu uma pequena trégua, fomos à colheita no Vinhedo do Mundo. Como nem todos os varietais estão prontos, cada um colheu apenas um cacho. Para os jornalistas, que formavam um grupo, foi escolhido um varietal já pronto para colher e, então, todos fizeram uma verdadeira vindima. Foi o varietal italiano lambrusco. Ao deputado Adão Villaverde, coube colher duas uvas “explosivas”: a Shiraz, originária da antiga Pérsia (hoje Irã),e a monuka, vinda do Afeganistão!
O único vinho com todas as variedades juntas será elaborado na safra de 2012. Depois de pronto, será leiloado e o dinheiro revertido para obras e atividades beneficentes.
Encontrei muitos amigos da área do vinho lá na Dal Pizzol. Além da jornalista Lucinara Masiero, da Conceito.com, que presta assessoria para muitas vinícolas, estavam lá os jornalistas Affonso Ritter, Silvia Mascela Rosa (SP), Gilmar Eitelvein, Andréia Debon, o fotógrafo Gilmar Gomes, o hoteleiro Tarcisio Michelon, a consultora Luciana Neiva, da Mural Comunicação, do Rio, Mársia Ferronato, do SHBRS-Serra, e muita gente mais. Também presente o diretor executivo do Instituto Brasileiro do Vinho, Carlos Paviani, que me deu uma interessante informação que vai publicada mais abaixo.

Um comentário:

Caroline Afonso disse...

dá pra tirar meu email da sua mailing list? Já pedi por email, mas nao fui atendida.
caroline.afonso@maquina.inf.br

Retire esse email. Não gostaria mais de receber spam seu.

Obrigada.