quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Vinhedo do Mundo, um museu vivo de videiras


Deputado Adão Villaverde, presidente da Assembléia Legislativa, é Amigo do Vinho, e foi colher uvas shiraz no Vinhedo do Mundo, na vinícola na Dal Pizzol
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O jornalista Gilmar Eitelvein, com quem trabalhei nos bons tempos de Zero Hora, em Porto Alegre, acompanhou o deputado Adão Villaverde, presidente da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul na visita à vinícola Dal Pizzol, em Faria Lemos, no sábado, dia 11, que narrei na edição anterior do Blog. Olha o texto que ele escreveu sobre o Vinhedo do Mundo para a Agência de Notícias da AL:
“O presidente da Assembleia Legislativa conheceu, neste sábado (12) o projeto da vinícola Dal Pizzol, localizada no distrito de Faria Lemos, interior de Bento Gonçalves, de criação do Vinhedo do Mundo. A experiência reúne 164 variedades de videiras de 23 países dos cinco continentes. Adão Villaverde (PT) mostrou-se entusiasmado com o trabalho iniciado em 2005, de preservar espécies que foram desaparecendo aos poucos, cultivar outras trazidas do exterior e possibilitar o surgimento de novas variedades de vinhos e espumantes. O laboratório poderá resultar em inúmeras novas qualidades, a partir das múltiplas combinações possíveis.
“É uma iniciativa elogiável, vai contribuir muito para promover a vitivinicultura gaúcha, gerar emprego e renda, preservar e fortalecer o cultivo que é a essência de vida de milhares de famílias, principalmente da região serrana do estado”, diz Villaverde. “Um parque temático como este exige investimento em pesquisa, acúmulo, sabedoria e conhecimento, resgata a tradição milenar e familiar de um bebida que tem esta potencialidade. E serve, também, como atração turística”.
O jornalista Danilo Ucha, reconhecido conhecedor de vinhose que acompanhou o trabalho desde o início, é outro entusiasta da idéia: “É quase um museu vivo de uvas, reúne exemplares de vinhas que não são encontradas mais nem na Itália, onde muitas qualidades surgiram”, explica.
Afeganistão
O objetivo da vinícola é reunir até 500 variedades de todo o planeta numa única coleção. Hoje, numa área de 0,5 hectares, estão três plantas de cada uma das videiras, originárias de produtores tradicionais como França, Portugal, Espanha e Itália, e até países como Afeganistão e Irã. “A partir do próximo ano, a uva colhida será utilizada para produzir um único vinho, com todas as variedades juntas”, anuncia o diretor da vinícola, Rinaldo Dal Pizzol. Ao lado do irmão Antônio, ele coordena todas as etapas de uma idéia pioneira no estado.
A produção de vinhos finos por parte da tradicional vinícola, segundo o enólogo responsável, Dirceu Scottá, envolve também parceiras com regiões e municípios que buscam diversificar suas culturas. Entre eles, agricultores assentados de David Canabarro, moradores de Encruzilhada do Sul, além de tradicionais produtores de soja, como em André da Rocha, e municípios da campanha, como Bagé.
O projeto contou com apoio da Embrapa, responsável pela diversidade genética e qualitativa de espécies para a formação dos vinhedos. A família Dal Pizzol chegou a Bento Gonçalves em 1878 e mudou-se para a localidade de Faria Lemos em 1940. Fundada em 1974, a vinícola lançou seu primeiro produto em 1978: o Cabernet Franc Do Lugar.”

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