domingo, 13 de fevereiro de 2011

Boas uvas para espumantes na Domno


O espumante Ponto Nero 2011 será um dos melhores da história

Valduga, um dos vinhedos que produzem uvas para a Ponto Nero

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No caminho para Faria Lemos, passei ali pela frente da Domno e tive vontade de chegar. Desde que o Juarez Valduga me levou lá para conhecer a área, antes da instalação da nova vinícola, não voltei mais. Mas, infelizmente, o outro compromisso tinha hora marcado e tive que seguir adiante. Porém, como dizia minha avó, quem tem amigos como a Denise Cavalcante, da Denise Cavalcante assessoria - diretoria@denisecavalcante.com.br – não morre pagão. A Denise manda dizer que 2011 traza melhor safra para espumantes da breve história da vinícola. Vou ter que ir lá conferir.
Como já escrevi aqui, a colheita das uvas brancas no Vale dos Vinhedos, Rio grande do Sul, já começou e o resultado tem deixado o enólogo da Domno do Brasil, Daniel Dalla Valle, muito feliz. “O vinho base para espumantes desse ano é quase perfeito”, comentou, “até porque não existe perfeito”.
Daniel, enólogo do Grupo Famiglia Valduga há 17 anos, é o enólogo responsável pela produção dos espumantes Ponto Nero e Alto Vale da Domno do Brasil. A empresa busca conquistar um mercado mais vasto do que o atendido pelos espumantes Valduga, produzidos pelo método champenoise. Esse foi o conceito para a criação dessa nova empresa que começou em agosto de 2008 e já produz cinco tipos de espumantes pelo método charmat, resultando numa bebida com características diferentes das produzidas pelo método tradicional e muito desejadas pelos novos consumidores que estão aprendendo a apreciar os espumantes, principalmente os brasileiros. Os champenoises são fermentados na garrafa e, por isso, mais demorados; os charmat, elaborados em grandes tanques de aço, chamados autoclaves, demoram menos para ficarem prontos.
O verão de 2011 foi generoso na Serra Gaúcha, com horas de sol suficientes para um acúmulo de açúcar.
A empresa está projetada para a produção de 4 milhões de garrafas de espumantes. Nesse seu curto período de existência, tem capacidade para produzir 700 mil litros. “O que queremos para os espumantes da Domno do Brasil é que seja um produto refrescante, leve e agradável e para esse objetivo essa é a melhor safra que a Domno já teve, nestes seus 4 anos”, exalta Daniel Dalla Valle.
O enólogo Daniel, junto com Erielso, Juarez e João Valduga, participou da criação do conceito desta nova empresa, que já demonstra excelentes resultados com uma ótima aceitação no mercado brasileiro. A sede da Domno do Brasil fica às margens da RST-470 Km 224 - Garibaldi, terra dos espumantes brasileiros de melhor qualidade, em uma área de mais de 60 mil m2. A linha de produtos: tem Ponto Nero e Alto Vale.
• Ponto Nero Brut: 60% Chardonnay, 30% Pinot Noir e 10% Riseling;

• Ponto Nero Moscatel: 100% Moscato;

• Ponto Nero Extra Brut: Chardonnay (70%) e Pinot Noir (30%);

• Ponto Nero Rosé Brut: Chardonnay (60%) e Pinot Noir (40%);

• Ponto Nero Vinho Seco Premier: 100% Cabernet Sauvignon;

• Ponto Nero Vinho Meio Seco Reserva Especial: 100% Cabernet Sauvignon.

. Alto Vale Prosecco: 100% Prosecco;

• Alto Vale Brut e Demi-sec – 50% Chardonnay; 20% Pinot Noir e 30% Riesling Itálico, ambos com a mesma composição, com diferente graduação de açúcar residual no vinho. O espumante Demi-sec é mais suave;

• Alto Vale Bag in Box tinto: Cabernet Sauvignon seco e suave, com 5 litros.

• Alto Vale Bag in Box branco: Malvasia com 5 litros.
Comercialização:
Domno do Brasil - Site: www.domno.com.br -Tel: (54) – 3388- 3999
atisfatório de açúcar nas uvas. Somando-se a isso, alguns dias nublados e chuvas espaças favoreceram o desenvolvimento de uma boa acidez e preservaram os aromas, características ideais para a produção de espumantes. Esse comentário de Daniel foi feito no inicio de fevereiro, em plena colheita da chardonnay, a mais importante cepa dos espumantes da Domno, terminando a colheita da pinot noir e colhendo a riesling. Para a linha Alto Vale, agora neste mês começam a colheita da prosecco. Nos vinhedos do grupo, a colheita das uvas brancas segue com a moscato – para o espumante moscatel. Já as uvas tintas serão colhidas no final de março, uma vez que os cachos começaram a mostrar suas cores agora. Daniel vai arriscar um pouco mais – pode chover e estragar tudo – e buscar uma tinta mais madura.
As temperaturas mais baixas pela manhã e noite no período de colheita garantem ao vinho base para espumante aromas finos e delicados, tudo que um espumante precisa, conforme explica Daniel. O vinho base não precisa de teor alcoólico alto, em torno de 10% é o suficiente. “Para espumantes importa o equilíbrio entre acidez e açúcar”. Isso porque na segunda fermentação o espumante ganha mais 1,3ºGL ou 1,5ºGL chegando a 12% de teor alcoólico final.
Os analistas do grupo estão percebendo que os espumantes Ponto Nero e Alto Vale são introdutores ao consumo de espumantes e com isso buscam o público que começa a migrar da cerveja para uma bebida mais fina. “A tendência do consumidor é evoluir o paladar e com o tempo migrar para espumantes mais complexos, a exemplo do Extra Brut, por permanecer 12 meses em autólise de leveduras,” comenta Nelsir Carlos Kuffel, gerente comercial da empresa. “Os espumantes Ponto Nero e Alto Vale têm uma relação custo benefício bem atraente para o público consumidor”, explica Nelsir. O projeto da Domno é criar o melhor espumante no método charmat.

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