quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Suco de uva 100% natural brasileiro participa da Gulfood em Dubai


Dubai já provou o suco de uva brasileiro, em 2010
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Aurora, Catafesta, Galiotto e Irmãos Molon estarão da maior feira de alimentos do Oriente Médio levadas pelo Programa de Desenvolvimento Setorial do Suco de Uva, desenvolvido em parceria entre Ibravin, Ibraf e Apex-Brasil. A segunda participação consecutiva das empresas brasileiras produtoras de suco de uva 100% natural pronto para beber na Gulfood, maior feira de alimentação do Oriente Médio, acontece de 27 de fevereiro a 2 de março, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Aurora, Catafesta, Galiotto e Irmãos Molon ocuparão o espaço do Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho) no estande do Ibraf (Instituto Brasileiro de Frutas), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
No ano passado, ocorreu a estreia do projeto “Grape Juice of Brazil” na Gulfood com a presença de produtos de quatro empresas (Casa de Madeira, Sinuelo, Panizzon e Natural Products), mais a Aurora, que além de seus sucos enviou representante para a feira. “A Gulfood é estratégica para o suco de uva 100% natural brasileiro por ser realizada nos Emirados Árabes Unidos, em uma região com alto poder aquisitivo e onde a venda e o consumo de bebidas alcoolicas são proibidos por questões religiosas aos muçulmanos”, afirma a coordenadora do Programa de Desenvolvimento Setorial do Suco de Uva, Raquel Rohden, que estará em Dubai acompanhando as empresas.
Três empresas – Catafesta, Galiotto e Irmãos Molon – fazem a sua primeira participação na Gulfoof 2011, que acontece das 11h às 19h de 27 de fevereiro a 1º de março e das 11h às 17h no dia 2 de março. “Este ano nossa participação na feira terá mais força, porque vamos contar com a presença dos representantes de todas as empresas para negociar”, afirma Raquel. Segundo ela, o Sebrae Nacional está patrocinando a participação das empresas na Gulfood, pagando a metade dos custos de deslocamento e hospedagem.
O Programa de Desenvolvimento Setorial do Suco de Uva, criado em agosto de 2009, já conta com a adesão de 12 empresas – Casa de Madeira, Catafesta, Cooperativa Aurora, Cooperativa Aliança, Cooperativa Garibaldi, Cooperativa Monte Vêneto, Irmãos Molon, Natural Products (Suvalan), Vinícola Muraro, Vinícola Galiotto, Vinícola Menakaho e Terragnolo. Ele é desenvolvido em parceria entre o Ibravin, o Ibraf e a Apex-Brasil.
Conforme Raquel Rohden, o Brasil é conhecido no mercado externo pelo suco concentrado. “O objetivo do programa é divulgar o suco de uva 100% natural, que tem maior valor agregado”, esclarece. Como há a proibição de consumo de bebidas alcoólicas por questões religiosas, o suco de uva tem tido uma demanda crescente no Oriente Médio. “Os países árabes, tendo Dubai como porta de entrada, apresentam boa renda e atraem milhares de turistas em todas as épocas do ano”, observa Raquel, acrescentando que a imagem favorável do Brasil oferece grandes oportunidades aos produtos verde-amarelos ofertados nestes países.
Ao lado de Estados Unidos, Canadá e Angola, os Emirados Árabes Unidos estão entre os quatro mercados-alvo para a promoção brasileira do suco de uva 100% natural no mundo este ano. Para os próximos anos, também serão trabalhados países como Chile, Colômbia, Guatemala e Venezuela. “A diversidade de uvas existentes no Brasil, que deixa o suco mais saboroso, é um dos maiores diferenciais do nosso suco de uva”, salienta Raquel. O grande atrativo do suco é que ele não tem similar no mercado do Oriente Médio. “É puro, natural, sem adição de água, açúcar nem conservantes”, aponta.
De acordo com o enólogo Adolfo Lona, uma das virtudes de todo suco natural é ter características organolépticas marcantes da fruta que o gerou. No caso dos sucos de uva, os provenientes de variedades de origem europeia, utilizadas para obter vinhos finos como Chardonnay, Riesling, Merlot e Cabernet Sauvignon, não apresentam as características da casta. “São neutros, sem graça”, diz ele. “Já os elaborados a partir de uvas da espécie Americanas e/ou híbridas como Concord, Seibel e Isabel – abundantes na Serra Gaúcha – são extremamente ricos em aromas e gosto de uva”, assegura Lona.
É por este motivo que o suco brasileiro é muito apreciado e raro, porque na grande maioria dos países produtores o cultivo das espécies americanas é proibido, como na França, por exemplo. Tradicional produtor e exportador de suco concentrado, o Rio Grande do Sul possui indústrias existentes desde a década de 70, estando entre as mais modernas do mundo. Adolfo Lona garante que o consumidor que provar o suco de uva brasileiro irá descobrir um produto natural, puro, integral e sem álcool. E mais: “que reúne todos os benefícios à saúde que os derivados das uvas tintas oferecem devido à presença do resveratrol”.

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