Setor vitivinicola apresentou, em 2015, crescimento de
6,9% em geral, estabilidade nos vinhos
e índice positivo nos espumantes e suco de uva. Os dados são do Ibravin.
O Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) divulgou
nesta semana o resultado de comercialização de vinhos, sucos, espumantes e
outros produtos vitivinícolas em 2015. O setor apresentou crescimento de 6,9%
em volume de produtos derivados da uva e do vinho. Nos vinhos
tranquilos, o resultado foi de crescimento de 2,6% nos finos e a estabilidade
na comercialização dos vinhos de mesa. O destaque positivo, mais uma vez,
fica por conta dos espumantes, com crescimento de 11,9%, e dos sucos de uva
prontos para consumo, índice 30,5% maior em relação a 2014. Mesmo não
tendo crescimento em volume, nos vinhos de mesa a comercialização de produtos
engarrafados cresceu 6,2%, compensando a queda na comercialização deste
produto a granel e em garrafões.
O presidente do Ibravin, Dirceu Scottá, ao
contextualizar os dados registrados em 2015 pelas vinícolas gaúchas, alerta
para as dificuldades que o setor vem enfrentando em 2016. Scottá adianta que
o resultado não deve se repetir em função do aumento dos custos de produção,
da redução no volume da safra e das mudanças na tributação, com o
aumento do IPI e do ICMS. "O cenário é preocupante porque todos esses
fatores encarecem os produtos no ponto de venda. Isso, aliado à diminuição do
poder de compra do consumidor devido ao momento de retração na economia, faz
com que tenhamos uma perspectiva de diminuição nas vendas neste ano",
prevê.
Nas exportações, o resultado em valor foi de US$ 4
milhões ante os cerca de US$ 10,2 milhões registrados em 2014. O principal
motivo para a diminuição, de acordo com o presidente do Ibravin, foi a
formação de estoques com a visibilidade do país devido à realização da Copa
do Mundo em 2014. "Por esse motivo, mesmo com a valorização do dólar, o
resultado de diminuição era previsto. Se compararmos com anos anteriores,
podemos dizer que foi um resultado normal, devido ao Brasil ainda ser um país
que exporta um baixo volume em comparação com países mais tradicionais, como
Argentina e Chile", analisa Scottá.
Desempenho de vendas dos produtos vitivinícolas
gaúchos em 2015*
(Correspondem a cerca de 90% da produção brasileira)
Os
espumantes, em geral, tiveram aumento de 11,9%, com a venda de 18,7 milhões
de litros;
Os
espumantes moscatéis cresceram 15,8%, com a venda de 4,9 milhões de litros;
Na
categoria sucos de uva prontos para o consumo, ocorreu aumento de 30,5% em
relação a 2014, com a venda de 117,7 milhões de litros;
Os
sucos naturais/integrais cresceram 29,8%, com a venda de 108,3 milhões de
litros;
Na
categoria de sucos de uva reprocessados e/ou reconstituídos, o crescimento
foi de 101,5%, com a comercialização de 5,2 milhões de litros;
Os
vinhos tranquilos, incluindo os de mesa e os de variedades viníferas,
apresentaram crescimento de 0,9%, com a venda de 227,3 milhões de litros;
Foram
vendidos 207,6 milhões de litros de vinho de mesa (+ 0,7% em relação a 2014);
Foram
vendidos 19,7 milhões de litros de vinho de variedades viníferas (vinho
fino), ou seja, +2,6% na comparação com 2014;
Os
vinagres apresentaram redução de 6,6% na venda em relação a 2014, com a
comercialização de 12,8 milhões de litros.
*
Dados provenientes do Cadastro Vinícola, mantido por meio de parceria entre
Ibravin, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e
Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação do RS. Os dados são
referentes às vinícolas do Rio Grande do Sul.
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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016
Ibravin divulga dados de vendas de produtos vitivinícolas em 2015
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