O Rio Grande do Sul, que já possui várias Indicações
Geográficas, inclusive de vinhos, realizará encontro do Fórum de Indicações Geográficas e Marcas
Coletivas, criado no final do passado, no
dia 4 de março, em Porto Alegre. Durante o encontro, serão eleitos o presidente
e o secretário do colegiado, que surgiu a partir da articulação da Superintendência
Federal de Agricultura (SFA) do RS com instituições públicas e entidades do
setor privado agrícola.
O objetivo do fórum é reforçar a estratégia do Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) de incentivar os agricultores a
buscar indicações geográficas e marcas coletivas, o que agrega valor à produção
e contribui para gerar mais emprego e renda na atividade rural. Além de
procurar sensibilizar os produtores, o fórum vai debater formas de mostrar aos
consumidores a importância dos selos de origem da produção.
Responsável pelo fomento às indicações geográficas e às
marcas coletivas da Superintendência Federal de Agricultura do RS, a
pesquisadora em tecnologias e ciências agrícolas Edna Maria de Oliveira
Ferronato adianta que a reunião servirá ainda para aprovar o regulamento do
fórum e definir as prioridades, metas e respectivos prazos de execução para
este ano. “Também vamos organizar as comissões de trabalho e formas de
integração do grupo.”
A reunião será realizada na Superintendência Federal de
Agricultura do RS, na Avenida Loureiro da Silva, 515, bairro Cidade Baixa. O
evento começará às 14h e se estenderá até as 17h.
Associações
Além da SFA/RS, o fórum tem a participação da Associação
das Indústrias de Curtume do RS (Aicsul), Associação Farroupilhense de
Produtores de Vinhos, Espumantes, Sucos e Derivados (Afavin), Associação dos
Produtores de Arroz do Litoral Norte Gaúcho (Aproarroz), Associação dos
Vitivinicultores de Monte Belo do Sul (Aprobelo), Associação dos Produtores dos
Vinhos dos Altos Montes (Apromontes),
Associação dos Produtores de Vinho de Pinto Bandeira (Asprovinho) e Associação dos Produtores de Vinho do Vale
dos Vinhedos (Aprovale).
Também compõem o fórum a Associação dos Produtores de
Doces de Pelotas, Associação dos Produtores de Carne do Pampa Gaúcho da
Campanha Meridional (Apropampa),
Certifica, Embrapa Clima Temperado, Embrapa Uva e Vinho, Embrapa Pecuária Sul,
Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Instituto Nacional de Propriedade
Industrial (Inpi), Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Universidade de Caxias do Sul (UCS) e
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).
Atualmente, o RS tem 10 selos de indicações geográficas
registradas no Inpi. Oito são de indicações de procedências: Vale dos Vinhedos
(vinhos tinto, branco e espumante); Pampa Gaúcho (carne bovina e seus
derivados), Vale dos Sinos (couro acabado), Pinto Bandeira (vinhos tinto,
brancos e espumante), Pelotas (doces finos tradicionais e confeitaria), Altos
Montes (vinhos e espumantes), Monte Belo (vinhos) e Farroupilha (vinho fino
branco moscatel, vinho moscatel espumante, vinho frisante moscatel, vinho
licoroso moscatel, mistela simples moscatel e brandy de vinho moscatel).
Outras duas indicações geográficas são de denominação de origem:
Litoral Norte (arroz) e Vale dos Vinhodos (tinto, branco e espumante).
Saiba mais
O registro de Indicação Geográfica (IG) é conferido a
produtos ou serviços que são característicos do seu local de origem, o que lhes
atribui reputação, valor intrínseco e identidade própria, além de os distinguir
em relação aos seus similares disponíveis no mercado.
São produtos que apresentam uma qualidade única em função
de recursos naturais como solo, vegetação, clima e saber fazer (know-how ou
savoir-faire). O Instituto Nacional de Propriedade Industrial é a instituição
que concede o registro e emite o certificado.
O Mapa é uma das instâncias de fomento das atividades e
ações para Indicação Geográfica (IG) de produtos agropecuários. No ministério,
o suporte técnico aos processos de obtenção de registro de IG cabe à
Coordenação de Incentivo à Indicação Geográfica de Produtos Agropecuários, do
Departamento de Propriedade Intelectual e Tecnologia da Agropecuária da
Secretaria do Produtor Rural e Cooperativismo.
Existem duas espécies ou modalidades de Indicação
Geográfica: Indicação de Procedência (IP) e Denominação de Origem (DO).
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