Fernando Dias/D/JN
Análises fitossanitárias e instalação de estações meteorológicas
em pomares de oliveira foram alguns dos assuntos debatidos na primeira reunião
do ano da Câmara Setorial das Oliveiras, da Secretaria da Agricultura, Pecuária
e Irrigação (Seapi). Os pesquisadores da Fundação Estadual de Pesquisa
Agropecuária (Fepagro), Flávio Varone e Andréia Mara Rotta de Oliveira,
participaram do encontro, que ocorreu na sexta-feira (29), durante a 32ª edição
da Feira e Festa Estadual da Ovelha (Feovelha), em Pinheiro Machado.
Tendo como ponto de partida a palestra “Análises
fitossanitárias em viveiros: subsídios para um programa de certificação de
mudas de oliveira”, proferida pelo virologista e professor da Agronomia da
UFRGS, Edson Bertolini, foram apresentadas as principais pragas e doenças que
ocorrem na cultura e os métodos de detecção e diagnóstico utilizados
atualmente.
Segundo Andréia, que é responsável pelo Laboratório de
Fitopatologia da Fepagro, um dos encaminhamentos da reunião foi a constituição
de um grupo de trabalho específico da fitossanidade, com especialistas das
áreas da Fitopatologia e Entomologia da Fundação e de outras instituições de
pesquisa do Rio Grande do Sul. “A finalidade do GT seria avaliar e sugerir
patógenos e pragas a serem indicados para compor as análises de detecção nas
mudas de oliveira, além de outras questões relacionadas ao controle de pragas e
doenças na cultura”, explica.
Outro encaminhamento foi que o meteorologista da Fepagro,
Flávio Varone, irá acompanhar a implantação das estações meteorológicas nos
pomares e coletar dados para pesquisa de caracterização climática das regiões
de cultivo da oliveira no Estado.
A Fepagro também quer contribuir na geração de
conhecimento e validações de tecnologias, visando a um manejo sustentável dos
olivais. Essa é a ideia de pesquisadores da Fundação Estadual de Pesquisa
Agropecuária (Fepagro), que apresentaram, dia 21 de janeiro, propostas de
projetos de pesquisa para representantes da cadeia de olivicultura gaúcha. “O
cultivo da oliveira no Rio Grande do Sul: estratégias de desenvolvimento da
cultura num ambiente sustentável” foi abordado pelos pesquisadores Andréia
Rotta de Oliveira, Caio Efrom, Flávio Varone, Larissa Abrosini, Lia Rodrigues,
Sidia Witter e Vera Wolff. “Queremos desenvolver pesquisas que interessem a
vocês, produtores, que supram suas necessidades”, afirmou o diretor técnico
Carlos Oliveira. Ele destacou que o trabalho conta com o apoio da
Emater/RS-Ascar, da Secretaria da
Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) e da Embrapa.
O projeto conta com quatro
eixos: zoneamento agroclimático, cadeia produtiva, avaliação de cultivares, e
controle de pragas e doenças. No primeiro eixo, está sendo feita a
caracterização climática das regiões de cultivo sob o ponto de vista do
zoneamento agroclimático; no segundo, um diagnóstico dos agentes e da cadeia
produtiva do azeite de oliva gaúcho; no terceiro, ocorrem estudos fenológicos e
da biologia reprodutiva, e sobre a qualidade de mudas: micropropagação e
estabelecimento de coleções das principais variedades; no quarto, é abordada a
biodiversidade de insetos associados e suas funções: potenciais pragas,
inimigos naturais e controle, além da identificação de espé-cies de Colletotrichum
associadas à antracnose e estratégias de controle.
O coordenador
da Câmara Setorial da Citricultura e Olivicultura da Seapi, Paulo Lipp,
disse ser uma satisfação ver a Fepagro interagindo diretamente com as câmaras
setoriais. “É muito importante essa integração entre pesquisadores, assistência
técnica e produtores”. O produtor de Piratini, Alcyr Soares Cardoso, deu os parabéns pela
iniciativa. “A gente espera do Estado esse amparo”, pontuou.
Estiveram presentes também o
coordenador das Câmaras Setoriais e Temáticas da Seapi, Rodrigro Rizzo; e
representantes da Emater/RS-Ascar, Seapi e Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (Mapa).
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