Enólogos Alejandro Cardozo e Gabriela Pötter satisfeitos
com a qualidade das uvas da safra 2016
Foto Isadora
Pötter/D/JN
No dia 21 de janeiro a vinícola Guatambu iniciou a
colheita das uvas Gewrüstraminer, abrindo a vindima da safra 2016. Já
foram colhidas 15 toneladas de frutas, e a expectativa é um total de 17
toneladas de uvas brancas e 20 para tintas. A produção, em comparação com 2015,
será 70% menor, devido as alterações no clima que prejudicaram os vinhedos.
Segundo Gabriela Hermann Pötter, sócia-proprietária e enóloga da Guatambu, três
fenômenos climáticos atingiram negativamente a produção: uma geada no final do
mês de setembro, que ocorreu após um período de altas temperaturas que haviam
estimulado o maior desenvolvimento das brotações precocemente, além de chuvas
de granizo e o El Niño. “Apesar de todas as dificuldades em relação ao clima,
as uvas estão com excelente qualidade, com bagas pequenas e mais concentradas.
As uvas para espumantes estão com relação pH e acidez excelentes. Será difícil
para o produtor, devido a pequena produção, mas o resultado na taça deliciará o
consumidor”, afirma.
Para compensar os efeitos do clima nos vinhedos, a realizou
diversas aplicações de nutrientes foliares, para estimular o crescimento das
plantas e o aumento das defesas contra o ataque de podridões, e várias podas
verdes. Na primeira quinzena de janeiro o clima deu trégua, e o tempo com boa
insolação favoreceu a maturação dos cachos, preservando a sanidade das frutas.
Na
elaboração dos vinhos, o esforço estará na extração do máximo da qualidade das
uvas colhidas, através de prensagem sem oxidação e em menor tempo das uvas
brancas, e, no caso das tintas, o vinho ficará o maior tempo possível em
contato com as cascas para maior tempo de maceração, já que as uvas estão com
boa sanidade e concentradas em cor, açúcar e polifenóis. “Cuidaremos de cada
cacho como uma joia rara”, declara.
A
previsão é a colheita encerre em final de março com as uvas Cabernet Sauvignon.
Este ano a Guatambu lançará uma nova linha de rótulos, chamada Lendas. São
vinhos varietais como Cabernet Sauvignon, Tempranillo e Tannat vindos de uvas
das melhores parcelas dos vinhedos da vinícola, elaborado em pequenos volumes
(no máximo 2.000 garrafas de cada rótulo). Estes vinhos estão desde a
fermentação malolática estagiando em barris de carvalho, e não serão filtrados
nem estabilizados. “Escolhemos o nome Lendas remetendo às lendas do pampa
gaúcho, como o Negrinho do Pastoreio e o Baile dos Anastácios”, conta.
A
Guatambu é uma vinícola boutique que trabalha com administração familiar, em
pequena escala, somente com uvas próprias, lotes limitados e garrafas
numeradas, em Dom Pedrito, na Campanha Gaúcha, desde 2003. Situada no coração
do pampa gaúcho, na fronteira com o Uruguai, o cultivo da videira é marcado por
um terroir com mais de 2.300 horas de luminosidade durante o
período vegetativo da videira e escassez de chuvas no verão, garantindo a
maturação fenólica das uvas e a opulência de seus vinhos.
A
vinícola conta com um complexo enoturístico, que engloba área de produção,
auditório, sala de degustação, salão com parrilla para eventos e loja, com
referências arquitetônicas voltadas à cultura gaúcha e às estâncias do pampa,
sendo considerada referência em estilo, beleza e modernidade. Mais informações,
acesse o site: http://www.guatambuvinhos.com.br/
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