sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Haverá agneau de 6 heures, jus à l’ail et thym frais, paleta de cordeiro confitada com ameixas e acompanhada de Mousseline de grão de bico e cassoulet

Até Cordeiro de 6 horas, com alho e tomilho fresco haverá no Festival Sud de France que, nesta edição, celebrará a rica cultura gastronômica da região francesa de Languedoc-Roussillon. Começará, dia 15, de vários restaurantes de características francesas em São Paulo e Rio. Será imperdível, não só pelos pratos oferecidos, mas, principalmente, pelos vinhos que estarão à disposição.
Cada vez mais apaixonados pelo lado gourmet da vida, os brasileiros têm se rendido ao turismo gastronômico, arrebatados pelos sabores e aromas de culturas distantes, em ricas e fascinantes combinações de ingredientes e receitas que são passadas de geração para geração. A partir de 15 de outubro, estes gourmands diletantes, principalmente paulistas e cariocas, terão razão extra para celebrar a diversidade da região do Mediterrâneo: desta vez, é a região Languedoc-Roussillon que os encontrará, pela forma do aclamado festival Sud de France.
Realizado em seis países diferentes – China (Xangai, Pequim e Hangzhou), Alemanha (Colônia e Düsseldorf), Inglaterra (Londres), Brasil (São Paulo), Estados Unidos (Nova York) e México (Cidade dos México), o Festival Sud de France é uma proposta criativa para apresentar aos consumidores a alma e o caloroso estilo de vida do Sul da França, impressos naturalmente na qualidade e intensidade de sabores de seus produtos. Com a premissa de que sempre cabe mais um à mesa, os habitantes de Languedoc-Roussillon acreditam que a felicidade está nos pequenos prazeres da vida, como uma boa garrafa de vinho compartilhada entre amigos e comidinhas deliciosas para acompanhar.
Para o Festival Sud de France no Brasil foi feita uma seleção de alguns dos mais renomados restaurantes franceses de São Paulo – incluindo La Casserole, La Brasserie de Erick Jacquin, Eau French Grill, Le Jazz Brasserie, P. Verger Restaurant, L’Amitié Restaurant, Bistrô Crepe de Paris, Le Buteque Bistrô e Charlô Bistrô – que criaram menus inspirados nos sabores de Languedoc-Roussillon.
Localizado no Itaim Bibi, o L’Amitié do Chef Yann Corderon criou um cardápio que, embora enxuto, esbanja o sabor e frescor característicos da região, com as receitas de Capellini de Calamars Grillés aux Artichauts (Capellini com lulas grelhadas, alcachofras, alho, pimenta dedo de moça, tomates frescos e azeite de oliva extra virgem – R$ 41,00) e Lapin aux Olives Noires (Coelho com molho de azeitonas pretas, ervas frescas e agrião acompanhado de batata crocante com alho assado – R$ 54,00). A seleção de vinhos conta com rótulos do produtor François Lurton, com valores que variam de R$ 63,00 a R$ 89,00).
Já o renomado Chef Erick Jacquin, do La Brasserie em Higienópolis, criou o Menu Dégustation Sud de France (R$ 140,00) em quatro pratos igualmente deliciosos: Tomate confit farcie aux légumes du soleil, coulis de poivrons doux (Tomate recheado com legumes, coulis de pimentão doce); Robalo à la vapeur, huile d’olive aux herbes fraîches (Robalo ao vapor com azeite de oliva e ervas frescas); Agneau de 6 heures, jus à l’ail et thym frais (Cordeiro de 6 horas, com alho e tomilho fresco) e, para a sobremesa, Soupe de fruits rouges, glace vanille (ou Sopa de frutas vermelhas, sorvete de baunilha). Na carta de vinhos, uma seleção especial da região Languedoc-Roussillon, elaborada por Geoffroy de La Croix.
No badalado bairro de Pinheiros, o simpático Le Jazz Brasserie, do chef Chico Ferreira, elaborou um menu separado em Entradas e Pratos Principais, com receitas como Terrine de Legumes e Queijo de Cabra (Berinjela, abobrinha e tomate assados com salada verde e azeite de manjericão – R$ 23,50), Salade de canard Fumé (Folhas, cogumelos, favas, tomate, confit de pato, crocante de presunto e ovo mollet – R$ 29,00), Boudin noir aux pommes ( Morcilla a moda francesa com maçã verde, cebola caramelada e purê de batatas – R$ 35,00), Cassoulet (Cozido de feijão branco com pato, linguiça e cenoura – R$ 34,00) e Brandade de Bacalhau (Gratinada com crosta de pão e acompanhada de salada verde – R$ 32,50). Toda a seleção de vinhos é servida em taças (valores de R$ 12,00 a R$ 29,00) ou garrafas (de R$ 48,00 a R$ 128,00).
Um dos mais celebrados restaurantes de São Paulo, o Bistrô Charlô, nos Jardins, participa do festival Sud de France com um menu enxuto, elaborado pelo top chef Marc Le Dantec. Como Entrada, Abobrinha grelhada e assada, recheada de queijo feta de cabra, aliche e avelãs (R$ 23,00). O Prato Principal é uma saborosa Paleta de cordeiro confitada com ameixas e acompanhada de Mousseline de grão de bico (R$ 57,00) ou Filé de linguado al Basilico, acompanha bruschetta de tomate confit e mini abobrinha (R$ 55,00). Como Sobremesa, Sopa de pêssego com sorvete de Tarte Tatin (R$ 20,00). Com quatro produtores, a carta de vinhos do Sud de France conta com seis rótulos e valores que variam entre R$ 64,00 e R$ 220,00.
Ainda nos Jardins, localizado em uma charmosa vila, o Bistrô Crêpe de Paris, do chef Pierre Murcia, montou o Menu Languedoc-Roussillon, com o preço fechado de R$ 79,00. Como Entrada, as opções são o Patê de campagne com baguette francesa, ou a Salade au Gésiers de Canard Confit (Salada verde com moela de pato confitada, nozes e molho mostarda). Para o prato principal, são três as possíveis escolhas: Cassoulet de Castelnaudary (Feijoada francesa com feijão branco, cenoura, ervas e costelas de cordeiro, pato e porco); Soupe de poisson avec Rouille de Sète, croutons et Aioli (Sopa de peixe com molho picante, crouton e maionese de alho); ou Crêpe du Larzac: Fromage de chèvre et Tapenade d´olive noire (Crêpe com queijo de cabra, tapenade de oliva preta, azeite de oliva e manjericão). Para a Sobremesa, Crêpe des Cévennes: Crème de Marrons et chantilly (Crêpe com creme de castanha e chantilly) ou Crème Catalane. Da carta de vinhos, sete rótulos de vinhos tintos, brancos, rosés e de sobremesa.
No bairro do Brooklin, localizado no hotel Grand Hyatt, o chef Laurent Hervé criou para o Eau French Grill um saboroso e enxuto menu Languedoc (R$ 72,00), com Carcassona para Entrada (Pato defumado, repolho crocante, amendoim e vinagrete de manga), Lo Grau dau Rèi como Prato Principal (Peixe do dia, vongole, mexilhão, lula, tentáculo, “anchoïade” e batatinha) e, para a sobremesa, Delit occità (Caçarola de morangos, Banyuls, bolo de pistache e creme de amêndoa). Os vinhos, escolhidos a dedo, contam com rótulos renomados como Château dês Erles Cuvée dês Ardoises (2003) e Domaine de Granoupiac Les Cresses (2004).
Localizado no famoso Largo do Arouche, centro de São Paulo, a chef Marie France Henry do La Casserole também desenvolveu um menu especial com os sabores de Languedoc-Roussillon para o Festival Sud de France (R$ 57,00), com Entrada, o saboroso Prato Principal de Lulas recheadas ao porco e vitela e duo de arroz branco e selvagem e, de Sobremesa, Gâteau aux marrons et au chocolat. Para harmonizar, vinho rosé (R$ 100,00) ou tinto (R$ 110,00), de renomados produtores de Languedoc-Roussillon.
Também participa da Dezena Gastronômica o restaurante Pierre Verger do chef Patrick Ferry, localizado dentro do hotel Sofitel São Paulo, na agradável região do Ibirapuera. O menu apresenta entrada de Tapenade de beringela e Terrine de coelho com nozes e alecrim. Prato principal com Salsão ao aliche com mexilhão, e Lagostim ao vinagrete e velouté de ouriço. Dentre as opções do mar, Brandade de bacalhau, típica de Nimes (cidade da região). Apresenta ainda Cassoulet e Confit de pato, típico da cidade origem do prato, Castelnaudary; e Queijo brousse com duas azeitonas. Para a sobremesa, Nougat gelado com amêndoas, Sopa de morangos com manjericão, Mini crème brulée e macarons. Além do Le Buteque, também do top chef francês Erick Jackin, no chic bairros dos Jardins.
Considerada a maior área produtora de vinhos do mundo, Languedoc-Roussillon possui mais de 283 mil hectares de vinhedos, cobertas com variedades de muito sucesso entre os brasileiros, como Cabernet Sauvignon, Merlot, Shiraz, Chardonnay, Sauvignon Blanc e Viognier, entre muitas outras. Com o clima ideal para o cultivo de videiras saudáveis, esta vasta região ensolarada, limitada pela vallée du Rhône, pelo Mediterrâneo e os Pireneus, produz mais da metade dos vinhos de mesa franceses, e suas regiões de maior destaque são Corbières, Coteaux du Languedoc, Minervois, Saint Chinian, Cotes de Roussillon-Villages e Fitou.
Para celebrar esta magnífica eno-cultura, de 15 de outubro a 15 de novembro o Festival Sud de France oferece experiências e oportunidades imperdíveis em algumas importadoras de São Paulo, que elaboraram programas especiais para seus convidados.
Nos Jardins, a De La Croix oferece desconto especial de 10% sobre todos os vinhos do Languedoc durante o festival, além de degustações diárias de vinhos. Para a experiência completa, a casa conta ainda com um jantar harmonizado e degustação conduzido pelo Geoffroy de La Croix.
De sua seleção de vinhos Languedoc-Roussillon, destaque para Domaine Delmas Crémant Cuvée Méthode Traditionnelle 2005 (R$ 76,50), Domaine de L'Hortus Grande Cuvée 2006 (R$ 142,20), Domaine de L'Hortus Bergerie de L'Hortus Classique 2007 (R$ 71,10), Domaine Rimbert Berlou 2004 (R$ 109,80) e Domaine Virgile Joly Saturne 2003 (R$ 85,50).
Na região da Consolação, a Mistral oferece preços especiais durante todo o festival, com degustações diárias dos vinhos na loja. De sua seleção de vinhos Sud de France, alguns rótulos imperdíveis, como Domaine L’Ostal Cazes Grand Vin 2007 (US$ 86,90), Domaine Cazes Canon du Márechal blanc 2009 (US$ 35,50) e Domaine Cazes Muscat de Rivesaltes AOC, 2006 (US$ 36,90).
Já a importadora Zahil, estrategicamente localizada no Itaim Bibi, proporciona descontos especiais para o festival Sud de France e degustação dos vinhos da região nos sábados do evento (dias 15, 22 e 29 de outubro, e 5 e 12 de novembro). Na quinta-feira, dia 27, das 18h às 21h, a casa conta com uma degustação especial dos vinhos do Languedoc, com entrada de R$ 45,00 reversível em compras.
Com o renomado produtor Domaine François Lurton em seu portfólio, a Zahil oferece uma série de rótulos esplêndidos, com uma excelente relação custo-benefício, como os brancos Les Hauts de Janeil Chardonnay/Gros Manseng 2010 (R$ 40,00) e Les Salices Viognier 2008 (R$ 56,00), o rosé Les Hauts de Janeil Rosé de Syrah 2009 (R$ 40,00), os tintos Domaine du Ministre 2006 (R$ 73,00) e Château des Erles 2003 (R$ 190,00), e o vinho de sobremesa Mas Janeil Maury 2005 (R$ 170,00).
Em meio ao burburinho da Vila Mariana, a importadora La Cave Jado também apresenta preços especiais para levar para casa o elixir de Languedoc, além de degustações aos sábados (dias 15, 22 e 29 de outubro, e 5 e 12 de novembro) na loja. De sua seleção especial de vinhos, destaque para o rose Domaine la Croix Belle Champs des Grillons 2009 (R$ 53,00) e os tintos Château du Donjon Grand Tradition 2008 (R$ 55,00) e Domaine Canet Valete Une et Mille Nuits 2007 (R$ 101,00).
O Manifesto Sud de France foi designado para classificar todos os produtos e vinhos de Languedoc-Roussilon, uma ampla região no sul da França, com fronteira para a Espanha e caracterizada pela costa do Mar Mediterrâneo que se estende quilômetros, suas planícies férteis e a bela Cordilheira do Pireneus. Ao aderir ao movimento, mais de 1.600 empresas e 5 mil produtos assumiram o compromisso de preservar e garantir a distinta procedência e renomada excelência de produtos e know-how da região de Languedoc-Roussillon.
O que a região oferece vai muito além da gastronomia, uma vez que os cinco distritos que a constituem – Aude, Gard, Hérault, Pyrénées-Orientales e Lozère – contam com belezas naturais e peculiaridades únicas. Um bom exemplo é a cidade de Carcassone, capital de Aude, considerada pela Unesco um patrimônio histórico mundial, com suas construções medievais intactas e rico passado que data de 3.500 a.C., com os primeiros vestígios de colonização humana. Ou a própria capital da região de Languedoc, Montepellier, a oitava maior cidade da França e a que mais cresceu nos últimos 25 anos, com uma charmosa e borbulhante cena jovem.
Da rochosa costa e belas praias do Mediterrâneo, às férteis planícies de Aude e as resistentes montanhas dos Pireneus, a região oferece uma rica variedade de ambientes naturais excepcionalmente majestosos, além de ser abençoada com um clima cuja principal característica é a presença constante do Sol. O Sud de France, com sua extensa oferta de vinhos e produtos gourmet, é o fruto das generosas terras de Languedoc-Roussillon, incluindo a criatividade e talento de seus habitantes.
Em 2006, a região de Languedoc-Roussilon criou a marca Sud de France, inspirada em sua ampla oferta de produtos excepcionais e estilo de vida mediterrâneo, que celebram a boa comida, o bom vinho e a boa companhia. Desta forma, o apelo do Sud de France é sinônimo a uma arte única de viver e a fartura de produtos ricos em sabores e emoções, resultados de uma distinta herança cultural, extenso know-how e estilo de vida que impera a troca de experiências.
Além de produtos e vinhos autênticos de altíssima qualidade, o Sud de France oferece uma experiência única, com raízes fincadas nas tradições mediterrâneas – que pode ser traçada desde os Antigos Etruscos, Gregos e Romanos, que em algum ponto da história fixaram-se em Languedoc, uma região intimamente definida por sua proximidade com o Mar Mediterrâneo e a caliente Espanha.
Com sua ampla variedade de uvas – incluindo brancos, tintos, rosés e espumantes –, seus vinhos refletem a terra na qual são produzidos. Apresentando aproximadamente 30 apelações, desde vinhos para o dia-a-dia aos melhores vintages, o que os vinhos do Sud de France têm em comum é a sua excelente relação custo-benefício sem comprometer a qualidade, que mantém fiel ao seu caráter e, assim, inimitável.
Assim como os vinhos, os produtos gourmet são elaborados sob rígidos padrões de excelência, enquanto selos de qualidade e de origem garantem o consumo de um produto fresco e precioso, com sabores e aromas perfeitos para elevar ainda mais o prazer de comer. Com cinco setores de agricultura – incluindo frutas e legumes, produtos doces e salgados, frutos do mar e bebidas – o Sud de France consegue satisfazer todas as necessidades nutricionais e de paladar, seja para um almoço em família, um evento entre amigos ou um jantar romântico.
Rica em sabores e aromas, a região de Languedoc-Roussillon apresenta seus preciosos vinhos no Festival Sud de France. Em um cenário de tirar o fôlego, com planícies verdes que se misturam à linha do horizonte e o sol que parece brilhar ininterruptamente, a região de Languedoc-Roussillon parece abençoada por Deus. Localizada ao sul da França e cortada pelos rios Agly, Têt e Tech, é banhada pelo Mar Mediterrâneo a Leste, tem a sombra das montanhas Corbières ao Norte, os Pireneus com o Monte Canigou a Oeste e as Montanhas Albères ao Sul, como se fosse naturalmente protegida.
Admiradores de Bordeux certamente conhecem a família Cazes e o patriarca Jean-Michel, considerado o Barão de Bordeux com seu magnífico Château Lynch-Bages e Ormes de Pez. Rumo ao Sul, o barão aposta na região de Languedoc e produz vinhos com a mesma maestria em uma área de 370 hectares em La Liviniere, trazidos ao Brasil pela Mistral.
Com assemblage de 30% Syrah, 35% Grenache e 35% Carignan, o L’Ostal Cazes Minervois Estibals 2007 (US$ 49,50) é poderoso, generoso e elegante. De forte cor púrpura, oferece aromas de especiarias da região e frutas vermelhas como cereja e amora. No paladar, os taninos se fazem presentes e misturam-se perfeitamente ao delicado sabor amadeirado, resultado de seu descanso de 12 meses em barris de carvalho francês.
Do mesmo produtor, a importadora Mistral apresenta o L’Ostal Cazes Minervois La Livinière Grand Vin 2007 (US$ 86,90), feito com a seleção de apenas 30% das uvas produzidas. Elaborado a partir das cepas Syrah (65%), Carignan (13%), Grenache (12%) e Mourvèdre (10%), que descansam por 15 meses em barris de carvalho, este é um vinho rico e encorpado, com sedutor bouquet de especiarias e frutas negras. Na boca, sua textura sedosa convida a novos goles, enquanto os taninos muito bem estruturados permitem o uso imediato ou a guarda por mais alguns anos.
De Emmanuel Cazes (sobrinho de Michel Cazes), no coração de Roussillon em Rivesaltes, o Domaine Cazes tem aproximadamente 200 hectares que produz anualmente 15 tipos diferentes de vinhos – três dos quais a Mistral oferece exclusivamente ao Sud de France. O Muscat de Rivesaltes AOC 2006 (US$ 36,90) é naturalmente doce, feito com 50% de Alexandria Muscat e 50% de Petit Grain Muscat. Seu bouquet, uma envolvente combinação de frutas cítricas e exóticas, pêssegos e damasco, harmoniza-se perfeitamente a sobremesas com baunilha e frutas brancas. Com dez anos de guarda, o bouquet evolui-se em frutas adocicadas e especiarias.
Já o Vin de Pays des Côtes Catalanes, Canon du Márechal Blanc 2009 (US$ 35,50) é feito com 60% Muscat of Alexandria, 20% Muscat petit grain e 20% Viognier. Um vinho jovem, que não pede amadurecimento, é extremamente fresco e vivo, combinando muito bem com aspargos ou mariscos. Sua versão tinta, o Canon du Márechal Rouge 2008 (US$ 35,50), é elaborado a partir de 50% Syrah e 50% Merlot, um vinho fácil de beber, com aveludados aromas de frutas.
A importadora Zahil traz ao evento o produtor Domaine François Lurton, que sempre defendeu idéias revolucionárias no universo conservador do vinho, como experimentos com uvas pouco tradicionais em novas regiões e a defesa do uso do Screwcap (ou fecho com rosca). Jacques e François, filhos de André Lurton – lenda de Bordeaux, com seu Château Bonnet – iniciaram suas carreiras como consultores, trabalhando ao redor do mundo como "flying winemakers". Sua experiência internacional rendeu-lhes contatos e uma interessante noção sobre a geografia vinícola de diversos países, e Languedoc-Roussillon foi o local escolhido para fincar suas raízes e cultivas seus vinhedos.
A primeira propriedade selecionada por François foi Mas Janeil, cujos vinhedos mais altos fornecem as uvas Syrah e Grenache que fazem este branco Les Hauts de Janeil Chardonnay/Gros Manseng 2010 (R$ 40). Ainda da AOC Vin de Pays, o varietal Les Fumées Blanches Sauvignon Blanc 2009/2010 (R$ 50) mostra porque Jacques Lurton é reconhecido como um dos maiores especialistas mundiais em Sauvignon Blanc, em um vinho extremamente estruturado e equilibrado.
Com corte 100% de uvas Viognier, o Les Salices Viognier 2008 (R$ 56) é um vinho untuoso e perfumado, caracterizado por um belo amarelo dourado. Amadurecido em barricas de carvalho francês por 8 meses, mantém seu perfeito frescor pela altíssima qualidade das uvas. O saboroso Les Hauts de Janeil Rosé de Syrah 2009 (R$ 40) é um vinho colorido, rico em taninos e com forte potencial de guarda. Do mesmo vinhedo, o Les Hauts de Janeil, Syrah/Grenache 2009 (R$ 40) conta com uma pequena adiçao de Grenache e uma pequena parte maturada em barricas que enriquecem o vinho, com taninos estruturados e acidez na medida certa.
Produzido por Lurton em encostas próximas a Carcassonne, Les Salices Pinot Noir 2008 (R$ 56) é um vinho leve e delicado, com aromas típicos, toques de especiarias e acidez fresca. Outra denominação de Languedoc, Saint Chinian usufrui de um frescor único durante a noite para a maturação de suas uvas. Deste AOC, Domaine du Ministre 2006 (R$ 73) combina Syrah (50%), Grenache (40%) e Mourvèdre (10%) em um vinho estruturado e aromático, com uma base de frutas vermelhas e aromas de café, pimenta e baunilha.
Na pequena região demarcada Fitou, a propriedade que levou os Lurton ao Languedoc-Roussillon produz dois vinhos de muita qualidade. O Château des Erles Cuvée des Ardoises, 2008 (R$ 73) é feito com Syrah (30%), Grenache (40%) e Carignan (30%), sendo que as duas últimas sofrem maceração carbônica, uma transformação alcoólica sem leveduras, que amacia o vinho e lhe dá uma riqueza aromática diferente. Já o Château des Erles 2003 (R$ 190) é elaborado com 50% Syrah, 25% Grenache e 25% Carignan, apresentando frutas e especiarias em seu bouquet. Com corpo volumoso, este é um vinho que pode ser guardado longamente para que ganhe ainda mais complexidade. Fitou é a primeira AOC do Languedoc e reconhecida fonte de seus melhores vinhos, graças à concentração sem perda do frescor em suas zonas mais altas.
Deixando a sobremesa para o final de sua seleção, a Zahil apresenta o Mas Janeil Maury 2005 (R$ 170), elaborado com 60% Grenache, 30% Carignan e 10% Syrah. O vinho de Maury é freqüentemente elaborado em grandes bombonnes, garrafões de vidro que permanecem expostos ao sol e chuva por até 30 meses, super-oxidando o vinho que já parte de uvas extra-maduras. O resultado é um vinho fortificado, considerado um dos poucos vinhos que combinam com chocolate.
No dia 27 de Outubro, das 18h às 21h, a Zahil recebe enófilos e gourmands para uma degustação especial de vinhos de Languedoc-Roussillon, em comemoração ao Festival Sud de France. Ao valor de R$ 45, reversíveis em compras na loja no dia da degustação, é possível deleitar-se nos sabores dos rótulos Les Hauts de Janeil Syrah/Grenache; Les Hauts de Janeil Chardonnay/Gros Manseng; Cuvée des Ardoises - Château des Erles; Les Salices Pinot Noir; Les Salices Viognier, e Les Fumées Blanches Sauvignon Blanc.
A importadora De La Croix terá entre seus vinhos os de Jean Orliac. Propriedade de Jean Orliac, um dos grandes inovadores de Pic Saint-Loup, o Domaine L'Hortus conta com uma história particular, uma vez que há 2000 anos era um santuário dedicado à fertilidade. Localizado entre duas faces rochosas, suas terras são abençoadas por um notável microclima que não pode ser encontrado em nenhuma outra parte do Languedoc, fazendo de seus vinhos elegantes e pontuados.
Com um nariz que impressiona, frutado com notas de especiarias, menta e alcaçuz, o Grande Cuvée 2007 (R$ 142,20) é elaborado com 55% Mourvèdre, 35 % Syrah e 10% Grenache. De cor vermelho profundo com reflexos púrpura, é um vinho equilibrado, apresentando longo final de frutas e pimentas. Embora pronto para beber, tem potencial de guarda de 15 anos.
Um vinho muito estruturado e potente, o Bergerie de l’Hortus Classique 2008 (R$ 71,10) é elaborado com Syrah (50%), Grenache (27%) e Mourvèdre (23%). Dono de um belo vermelho escuro com reflexos castanhos, apresenta um nariz complexo e expressivo de frutas vermelhas maduras, baunilha, alcaçuz e especiarias adocicadas. Equilibrado na boca com um potente começo, mas com taninos aveludados, longa persistência.
Um assemblage das cepas Merlot (60%), Grenache (20% ) e Syrah (20%), o Le Loup dans la Bergerie 2007 (R$ 44,10) é o reflexo perfeito de um vinho cuja proposta principal é a expressão máxima da uva: macio, rico de frutas colhidas e taninos aveludados. Assim como todos os vinhos do produtor, as vinhas não possuem substâncias químicas, colaborando para seu rico sabor.
Fresco, delicado e macio, o Rosé de l’Hortus 2009 (R$ 57,60) é feito com 61% Syrah, 23% Mourvèdre e 16% Grenache. Um rosé interessante, apresenta aromas intensos de morango, framboesa e flores, com uma longa persistência de elegantes notas de frutas vermelhas e pimentas.
Localizado nas colinas selvagens de Saint-Chinian, o segundo produtor trazido por De La Croix é Domaine Rimbert, uma propriedade tradicional que, em 1794, pertenceu a monges fabricantes de vinhos que fizeram destas colinas inóspitas um paraíso de fertilidade. Reconhecida como a melhor produtora de Carignan, a enóloga Jean-Marie Rimbert nomeia seus vinhos em homenagem aos seus filhos, “que assim como os vinhos, são difíceis de cuidar, mas que trazem muito prazer para a sua vida”.
De cor vermelho Rubi, o Mas au Schiste 2006 (R$ 80,10) apresenta um bouquet com diversos perfumes selvagens e sabores de frutas escuras, licor de cereja e pout pourri de rosas secas. Na boca, mistura de frutas escuras, ameixa seca, coco e caramelo, com notas minerais, mostrando-se muito macio e com taninos elegantes, como o próprio vinho. Sua composição é de 40% Carignan, 30% Syrah e 30% Grenache.
Garimpado nas selvagens colinas de St. Chinian, o Travers de Marceau 2007 (R$ 52,20) é um vinho complexo, refletindo a poesia de Jean-Marie Rimbert, que explode em aromas de morangos, groselha e ervas selvagens, taninos aveludados e especiarias. Na boca, revela grande frescor, com sabores delicados de frutas escuras e ervas. Com corpo voluptuoso, estruturado e potente, de cor vermelha límpida com reflexos violetas, é um vinho sedutor, elaborado com 40% Carignan, 30% Syrah e 30% Cinsault.
Um autêntico representante do Languedoc, cultivado por Jean-Marie Rimbert com rígidas regras de produção (apenas 1 garrafa por vinha), o Saint Chinian Berlou 2004 (R$ 109,80) – elaborado com as cepas Carignan (70%), Syrah (20%) e Grenache (10%) – é um vinho surpreendente, com aromas de frutas vermelhas, notas de ervas selvagens e especiarias como canela e pimenta escura. Na boca, apresenta ervas selvagens, taninos macios e uma impressionante persistência.
Do produtor Virgile Joly, situado em um dos melhores terroirs do Languedoc – nas pequenas colinas de St. Saturnin de Lucian, que beiram o Mar Mediterrâneo e estão rodeadas por florestas perfumadas – a importadora traz o Saturne 2003 (R$ 85,50), assemblague de 30% Carignan, 30% Grenache, 30% Cinsault e 10% Syrah. De cor púrpura brilhante, este delicado vinho apresenta um envolvente e frutado bouquet, com aromas de cassis maduro, frutas tropicais, avelã e alecrim. Na boca deixa sensações de suavidade e equilíbrio, com longa persistência, bom corpo e taninos suaves.
Montanhas e colinas com delicada inclinação, formadas por um solo argilo-calcário e influenciadas pelo clima oceânico do Mediterrâneo, são o cenário do terroir do produtor Domaine Antech. Com Appellation AOC Blanquete de Limoux, o espumante Blanquette Antech Réserve Brut 2008 (R$ 67,50) é elaborado a partir das uvas Mauzac (90%), Chenin (5%) e Chardonnay (5%), de vinhas com idade média entre 20 a 40 anos. De coloração dourada e um perlage delicado, revela aromas de flores da primavera e frutas do pomar, enquanto na boca mostra-se harmonioso, arredondado e bem equilibrado.
A história nos conta que o Crèmant de Limoux, o primeiro vinho espumante do mundo, tem quase cinco séculos, elaborado em 1531 quando os monges da Abadia Benedictina de St. Hilain começaram a produzir um vinho incomum nas suas adegas: fechado com uma rolha, produzida naturalmente uma efervescência. Esse vinho, o ancestral do champagne, hoje é saboreado nas mesas mais finas do mundo e pode ser degustado também no Sud de France. Do produtor Domaine Delmas, há 3 gerações em Antugnac (na região de Limoux) o Crémant Cuvée Méthode Traditionnelle 2005 (R$ 76,50) tem a intensidade aromática e a fineza da Chardonnay, o frescor e mineralidade da Chenin, a maciez da Pinot Noir e os taninos e estrutura da Mauzac. No nariz, amplos e generosos aromas de frutas amarelas em compota, com um final de frutas cristalizadas, amêndoas e avelãs e na boca.
Na segunda-feira, 17 de Outubro, a importadora oferece um magnífico jantar harmonizado por R$ 200,00,com apresentação dos vinhos de Languedoc. O menu conta com entrada de Tomates Farcies du Languedoc, servido com Domaine de l’Hortus Rosé 2008; prato principal de Daube languedocienne, que combina comDomaine Rimbert Travers de Marceau 2010; e, como sobremesa, Crème brûlée à l'orange com o fresco Domaine Delmas Crémant 2005.
Com preços especiais durante o Festival Sud de France e degustações aos sábados, a importadora La Cave Jado apresenta uma seleção de rótulos enxuta, porém igualmente preciosa, de vinhos de Languedoc-Roussillon.
Do produtor Domaine La Croix Belle e AOC Côtes de Thongue, o Champs des Grillons 2009 (R$ 53) é uma assemblage das cepas Syrah, Grenache e Cinsault, um elegante rosé com bouquet de frutas vermelhas e morango selvagem, com um leve toque de ameixa. Na boca, revela-se amplo e fresco, com boa acidez e notas de tangerina e amêndoa. Combina muito bem com pratos de verão.
Da subregião de Saint Chinian, o Une et Mille Nuits 2007 (R$ 101) é o grande orgulho do produtor Domaine Canet Valette. Absolutamente orgânico, este vinho é elaborado a partir da colheita manual das uvas Syrah, Grenache, Carignan, Mourvèdre e Cinsault – as cepas incônicas de Languedoc. Sem filtração, apresenta um intenso rubi em sua cor, com nariz complexo de garigue, pequenas frutas pretas, tomilho, alcaçuz e especiarias. Na boca, revela-se intenso e concentrado, com notas frutadas e taninos sedosos. Bom uma bela persistência, seu final surpreende ao expor notas de tomate cristalizado. Pode ser guardado até 2017 ou tomado hoje, com respiro no decanter de uma hora.
Do produtor Château du Donjon, localizado no distrito rural de Bagnoles, a importadora traz dois rótulos, representando a divisão do vinhedo (na família desde o século XV) em duas partes: uma delas localizada na AOC Minervois, o Grande Tradition, e a outra para Vin de Pays, ou vinhos regionais, de onde vem o Cuvée Galinières.
Com uma bela complexidade aromática de frutas vermelhas, anis e casca de tangerina, o Grande Tradition 2008 (R$ 55) é elaborado a partir das cepas Syrah, Grenache e Carignan, de um sedutor rubi intenso com reflexos cereja. Na boca, mostra-se um vinho equilibrado e de grande personalidade, com taninos arredondados e um final bastante aromático. Potente e elegante, o Cuvée Galinières 2009 (R$ 51) é um varietal de Carignan, de cor rubi escura e bouquet de especiarias e frutas amassadas. Na boca, apresenta-se equilibrado, com taninos redondos e longa persistência.
No sábado, 12 de novembro, a importadora recebe os enófilos das 10h até 18h, em um evento gratuito de degustação dos vinhos do Sul da França.
Com 28 séculos de história, de vinhedos instituídos pelos gregos e desenvolvidos pelos romanos, a região de Languedoc é responsável por um terço de todos os vinhos produzidos na França, com aproximadamente 29 mil hectares de área plantada. Seu sistema de classificação de origem controlada começou no século VIII, antes do oficial implantado no século XV, organizados pelas abadias para limitar seus vinhedos.
Hoje, Roussillon é uma comunidade de mais de 4.500 famílias e pequenos produtores, com vinhedos de tamanho médio de 9 hectares, apresentando os mais diferentes tipos de vinícolas, como adegas privadas, cooperativas e associações de comércio.
Abençoado pelo beijo do Mar Mediterrâneo, a fértil região possui mais de 20 cepas classificadas, que produzem todos os tipos de vinhos, desde secos aos de sobremesa. As variedades para produção de vinhos tintos são Grenache (noir e gris), Carignan noir, Cinsault, Lladoner Pelut, Mourvèdre e Syrah; enquanto os vinhos brancos são elaborados a partir das uvas Grenache (blanc e gris), Macabeu, Malvoisie du Roussillon, Marsanne, Roussanne e Vermentino. Para vinhos doces, ou de sobremesa, a região é rica em opções para brancos – Grenache (blanc e gris), Macabeu, Malvoisie du Roussillon, Muscat d’Alexandrie e Muscat à petits grains –, enquanto os tintos têm como representante a Grenache noir.

Em um anfiteatro de montanhas, com numerosas estruturas geológicas (relevos, inclinações, costas e altitudes) e microclimas, a região apresenta uma rica variedade de solos e subsolos (como calcário, xisto, granito, seixo e argila, entre outras), que contribuíram para as denominações de AOC e as características peculiares de cada uva.
Com o perfeito clima Mediterrâneo, de invernos e outonos brandos, verões quentes e a farta presença do Sol (316 dias ensolarados por ano), a região apresenta padrões de chuvas que ajudam os agricultores a planejar suas colheitas, com estações secas (verão) e de chuva (outono e início da primavera), além da temperatura média de 15°C e os constantes ventos, que mostram-se proteções naturais contra pestes e doenças).
A estas temperaturas, não é de se admirar que o Sul da França é particularmente conhecido pela sua arte de viver calorosamente onde cada um se encontra em volta de uma taça de vinho e petiscos regionais. As tradições culturais estão muito presentes na região. Todo verão, cidades e vilarejos organizam festivais para compartilhar momentos de convívio e alegria, iguarias e vinhos. Hoje, toda essa alegria é estendida ao mundo, com os cumprimentos do Festival Sud de France.

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