Participei de um excelente Wineday da Miolo, sexta-feira e sábado, dias 26 e 27, na Fazenda Fortaleza do Seival, em Candiota. Além de ouvir, mais uma vez, como se planta, se colhe e se produz vinho tinto, conversamos muito com o enólogo e diretor do Miolo Wine Group, Adriano Miolo, e ficamos sabendo de muitas novidades, as quais começarei a contar nesta edição. Mas, são tantas, que algumas ficarão para as próximas.
Na visita aos vinhedos, tivermos a companhia de Adriano e dos agrônomos Ciro Pavan e Edward Theil Kohn, que mostraram como se planta, como se cuida e como se colhe. Tivemos o privilégio de participar do último dia de colheita da cabernet sauvignon. Quer dizer que, daqui a dois anos, quando este cabernet sauvignon estiver chegando ao mercado, poderei dizer: “Este vinho tem a minha mão”. Não colhi muito, mas colaborei colocando nas caixa uns trinta ou 40 cachos. Depois, na classificação das uvnas, vimos com os enólogos Miguel Ângelo Vicente Almeida e Daniel Alonso Martins, meu conterrâneo lá de Santana do Livramento, que as uvasestavam com 20 graus Babo, próprias para um bom vinho, o que demonstrou que a qualidadedas uvas se recuperou nos últimos meses da colheita diante dos problemas gerados pelas chuvas no final do ano passado.
Alias, por falar em chuvas, elas diminuiram a produção da Fortaleza do Seival em 35%. Quanto a qualidade das uvas, a safra pode ser considerada boa, segundo o enólogo Adriano Miolo, mas não tão boa que permita produzir os vinhos premium da empresa. Na safra 2010, a Miolo não terá Lote 43 e Merlot Terroir, produzidos na Serra gaúcha; Quinta do Seival Castas Portuguesas, Quinta do Seival Cabernet Sauvignon e o ícone Sesmarias.
Depois de fazer a colheita e acompanhar a recepção das uvas, bem como a classificação, o exame visual, a determinação do grau Babo, a seleção manual na mesa e o desengace, fomos acompanhar a criomaceração, a encubação por gravidade, a refrigeração das uvas desengaçadas e não esmagadas e a inertização com neve carbônica. Depois, a inocolução de leveduras no pé de cuba, a hidratação e multiplicação das leveduras, a inoculação, enquanto o enólogo Daniel Alonso Martins explicava a diferença entre levedura indígena e levedura comercial.
A seguir, coube ao enólogo português Miguel Ãngelo Vicente Almeida, que comanda a cantina na Fortaleza do Seival, explicar a maceração/fermentação alcoólica, falando sobre as curvas de fermentação, a remontagem fechada x pigeage, a remontagem fechada x delestage, o final da fermentação e a maceração pós-fermentação. Aí, voltou Daniel Alonso Martins para falar sobre descuba e prensagem pneumática e hidráulica, explicando o vinho flor e a fermentação integral. Miguel falou, finalmente, sobre fermentação malolática, filtrações, estabilizações e conservação dos vinhos em aço inoxidável ou em barricas de carvalho.
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