O Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) assinaram, em Brasília, uma parceria inédita para a implantação do Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva de Vinhos, Espumantes e Sucos de Uva. O investimento para os dois anos (2010 e 2011) do programa somará R$ 2,89 milhões entre Ibravin e Sebrae (cada entidade entra com a metade do valor). O presidente do Ibravin, Júlio Fante, disse que a parceria com o Sebrae é histórica. “Há muito tempo vínhamos procurando uma maneira de atender um desejo antigo do setor, que é de implantar as inovações tecnológicas necessárias ao nosso desenvolvimento futuro”, salientou. “Vamos realizar um amplo diagnóstico do setor, combinado com a implementação das soluções propostas”, destacou.
As ações, que envolvem todos os elos da cadeia produtiva, terão três eixos fundamentais: estruturantes, gestão do conhecimento e inovação tecnológica. Fante disse que o programa buscará estabelecer um padrão ampliado de qualidade, indo além do que a legislação prevê hoje. “Queremos nos antecipar ao futuro”, revelou, citando que serão trabalhados conceitos como as Boas Práticas de Elaboração de vinhos e derivados e a APPCC (Análise de Perigos Pontos Críticos de Controle para Alimentos), que em breve serão exigidos pela lei. Paralelamente, serão identificadas as iniciativas ligadas ao Enoturismo, procurando o seu aperfeiçoamento e qualificação.O diretor-executivo do Ibravin, Carlos Raimundo Paviani, explicou que o programa terá aplicação prática imediata, com as micro e pequenas empresas do setor vitivinícola. A intenção é conquistar a adesão de 100 empresas em oito estados – Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco e Bahia (estes dois últimos do Vale do São Francisco). “O programa vai capacitar, disseminar informações e orientar as empresas na produção, registro e comercialização dos seus produtos”, disse Paviani. A contrapartida das empresas que aderirem ao programa pode ser econômica e não somente financeira.
Os primeiros seis meses de trabalho serão dedicados à realização de um amplo diagnóstico da produção vitivinícola nacional. O levantamento buscará conhecer cada região produtora de uvas e derivados do Brasil, buscando saber quantas empresas existem, qual é a produção de cada uma e, principalmente, qual é a tecnologia que cada empresa possui. “A ideia é sensibilizar as empresas a aderirem ao Cadastro Vinícola Nacional”, afirmou Paviani. O diretor administrativo e financeiro do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, destacou que uma das principais ações do programa será comunicar a qualidade do vinho brasileiro para os consumidores de todo o País. “O setor atingiu um nível de excelência muito grande, que só tende a aumentar, mas que ainda não é reconhecido pelas pessoas, especialmente no Brasil”, observou.
Resultados pretendidos pelo Programa:
- Aumentar a comercialização do vinho nacional.
- Aumentar a participação de mercado do vinho nacional.
- Capacitar as empresas envolvidas para o mercado nacional.
- Melhorar a imagem do vinho brasileiro no mercado nacional.
- Facilitar o acesso às informações de mercado para as pequenas e médias vinícolas.
- Capacitação de consumidores e formadores de opinião,
- Ampliação da visão dos empresários do setor para a importância da integração com o objetivo de alcançar resultados comuns.
- Atingir a participação integrada das empresas e entidades vitivinícolas, considerando inclusive os novos pólos produtores.
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