Finalmente, chegou o grande momento da degustação, sob coordenação de Adriano Milo e assistência dos demais enólogos. Primeiro, ele mostrou como nasce um vinho. Degustamos o mosto quase incolor da cabernet sauvigon 2010 que haviamos colhido há poucas horas no vinhedo. Doce, sem nada parecido com vinho. Depois, um mosto em criomaceração também de cabernet sauvignon 2010, mas já com três dias, bem vegetal, com aromas primários destacados, goiaba, pimenta. Em seguida, outro mosto de cabernet sauvignon 2010, mas já com 7 dias, destacando-se os aromas secundários, principalmente banana, e o aparecimento dos primeiros taninos.
Seguiu-se a degustação de um vinho recém terminada a fermentação alcoólica cabernet sauvignon 2010. Pós-fermentação, com 18 dias misturado com a casca, já um vinho começando a mostrar suas carracterísticas básicas. Finalmente, um vinho velho cabernet sauvignon 2006, com passagem por barricas de carvalho, o que permitiu comparar um vinho recém iniciado com um vinho pronto, bouqet acentuado, com aromas primários, secundários e terciários bem definidos.
Depois desta “aula”, Adriano Miolo começou a degustação dos grandes vinhos do Miolo Wine Group. Começamos com um Costa Pacífico Carmenere 2009, elaborado no sul do Chile. Vinho leve, com taninos redondos, sem madeira, agradável de beber. Seguiu-se um Terranova Cabernet/Shiraz 2007, produzido na Vinícola Ouro Verde, em Casanova, Bahia, vinho de cor intensa, com traços de envelhecimento aparecendo, com cacau, chocolate e passas, com bom corpo e estrutura. Depois, um Los Nevados Malbec 2007, produzido na Vinícola Los Nevados, na Argentina. Vinho com muita fruta, sem madeira, com eucalipto e azeitona preta no nariz, leve, poucos taninos, produzido em região quente.
O próximo vinho foi um Gran Lovara 2006, da Vinícola Lovara, em Bento Gonçalves, fortemente herbáceo, com vime, frutas vermelhas passas, tanino redondo, acidez elevada. Seguiu-se um Quinta do Seival Castas Portuguesas 2005, ainda elaborado com a participação da alfroucheira (tirada dos seguintes), que passou um ano em barrica nova de carvalho francês, cor intensa, aroma complexo, especiarias, ameixa preta, cacau, chocolate, trufas; na boca, tanino e corpo que aguentam alguns anos mais de envelhecimento. Depois, um RAR Merlot 2009, dos Campos de Cima da Serra, amostra tirada da barrica, com fruta vermelha fresca bem presente, amora, cassis, e, na boca, taninos presentes, embora sua juventude, indicando que vai crescer bem. O vinho seguinte foi o Merlot Terroir 2008, do Vale dos Vinhedos, um dos grandes vinhos da Miolo, sem desmerecer os demais, com frutas secas, vermelhas, e especiariais, no nariz; untuosidade e muita elegância na boca. Depois, um Lote 43 2005, dos Vale dos Vinhedos, de cor intensa, especiarias, tabaco, trufas e um certo terroso no nariz, raizes, louro; na boca, elegante, muita estrutura. Finalmente, degustamos um Montecillo Crianza 2006, da Vinícola Osborne, produzido em La Rioja, Espanha, com madeira bem perceptível, frutas, mentolado, geléia de fruta vermelha, muito tanino que garante seu envelhecimento tanquilo.
Além dos enólogos da Miolo, entre os quais também estava Alvaro Domingues, os participantes eram apreciadores de vinho de várias cidades brasileiras, o jornalista-sommelier uruguaio Daniel Arraspide, o jornalista Maurício Rollof, de O Pioneiro, a jornalista Thais Zanchettin, da Móglia Comunicação, Gabriela Jornada, do Marketin da Miolo, o deputado federal Affonso Hann. Outras muitas novidades vou deixar para mais adiante.
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