Terminou, sábado, dia 15, o prazo para as vinícolas brasileiras apresentarem propostas de venda de vinhos espumantes moscatel para a System Bolaget, o monopólio responsável pela comercialização no varejo de bebidas alcoolicas na Suécia. Esta é uma excelente oportunidade para os Vinhos do Brasil, local de compra de 74% dos vinhos vendidos aos consumidores no país escandinavo. “Lutamos muito para termos licitações especificas para o Brasil e agora estamos finalmente conquistando nosso espaço, com o reconhecimento de países como a Suécia e o Canadá”, afirma a gerente de Promoção Comercial do Wines From Brazil (WFB), Andreia Gentilini Milan.
A licitação da System Bolaget incluiu o Brasil e o Uruguai dentro de uma categoria específica. A oferta deve ter sido feita através de um agente. O pedido mínimo a ser enviado era de 3 mil garrafas de 750 ml. Os vencedores da concorrência entrarão no catálogo da empresa sueca entre 1º de fevereiro e 30 de abril do próximo ano.
Desde o ano 2000, a importação e distribuição de álcool podem ser realizadas por meio de importadores registrados na Fazenda sueca. Apenas o monopólio do varejo permanece, através do System Bolaget, que possui 410 lojas, 552 agentes locais e 7.000 itens de 40 países fornecedores. O consumo de vinhos tintos na Suécia representa 57% do total, sendo 32% brancos e 11% espumantes e outros. A origem dos produtos está assim dividida: Novo Mundo (43%) e Velho Mundo(57%).
Atualmente, Miolo, Aurora e Rio Sol vendem vinhos para a Suécia.
O mercado de vinhos na Suécia
•Produção: Praticamente inexistente, devido às condições climáticas
•Importação: Corresponde a quase todo o valor consumido
•Consumo: 160 milhões de litros
•Consumo per capita: 26 litros
• A Austrália é o principal fornecedor, seguido da África do Sul e Itália
•A participação da Austrália cresceu 31,7% de 2006 a 2007, sendo que o maior crescimento no mesmo período foi da Nova Zelândia (47%)
•Outros crescimentos expressivos foram obtidos pelo Líbano (42,2%) e Áustria (33,2%)
•Os países com as maiores perdas de mercado foram a Romênia (-23,7%) e Grécia (20,8%).
•54% do mercado é de bag-in-box. O seu consumidor é fiel e está numa faixa etária maior, com renda acima da média.
•Há um aumento de consumo de vinhos tintos mais caros, entre U$ 10 e U$ 15. E o segmento dos mais baratos está diminuindo.
•Há uma maior aceitação para tampas-rosca, especialmente nos vinhos brancos.
•O consumo de vinhos roses e espumantes está aumentando.
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