Na Cantina do Pasquale (rua Amália de Noronha, 167, Pinheiros, SP), tradicional restaurante de comida italiana, várias vezes premiado pela qualidade de seus pratos, o grande Pasquale Nigro prepara, ele mesmo, um prato com cordeiro que exige dois dias de trabalho com as panelas, dois dias de cozimento. É um cordeiro com tomate italiano e vinho branco, um ragu que já foi até para as páginas das revistas de gastronomia paulistanas.
Aliás, o Pasquale, que tem uma pequena mas bem surtida adega com vinhos italianos, está disposto a acrescentar os bons vinhos brasileiros à sua casa. Estive conversando com ele e o João Carlos Botezelli, o Pelão, na noite do dia 24, e ele me falou que o grande problema que encontra é a falta de agilidade das vinícolas brasileiras. Enquanto as importadoras estão todo o dia oferecendo vinhos, fazendo promoções, levando o produto, com as vinícolas gaúchas é uma dificuldades encontrar os representantes, fazer e receber os pedidos. Pasquale é dos que acredita que existem “uns dois ou três bons vinhos brasileiros, o problema é chegar até eles”.
Ele conseguiu adquirir um branco e um rosé da Villa Francioni, de São Joaquim, em Santa Catarina, e está satisfeito com a boa receptividade dos seus clientes a eles. Ele gostaria de experimentar alguns gaúchos dos quais já ouviu falar, mas não encontra os vendedores. Falei-lhe dos novos vinhos da Lídio Carraro, elaborados em Encruzilhada do Sul, principalmente, o Singular Nebbiolo 2006, um nebbiolo com perfil brasileiro, e o Tannat 2005, com 16,26° de álcool, que parece um amarone no nariz, e que eu nem sei como é que o ministério da Agricultura permitiu sua comercialização sem a colocação da palavra “licoroso” no rótulo. São vinhos, eu disse ao Pasquale, que não farão feio na sua adega italiana. Espero que a Patrícia Carraro e o Juliano Carraro me leiam e procurem o Pasquale. Ao menos, eu prometi para ele que tentaria isso.
Também lhe disse que a Valduga, a Salton e a Miolo também possuem bons vinhos em seus portfólios. Desejo, Amante, Lote 43 podem reforçar sua adega.
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