No Vale dos Vinhedos – Lançamentos da vinícola Almaúnica

Marco Brandelli, da Almaúnica

                         Super Premium Quatro Castas da Almaúnica
De volta de Livramento, conforme o prometido vou escrever sobre a segunda etapa de nossa viagem por 15 vinícolas da serra gaúcha. Depois de haver escrito, na edição, anterior, sobre Flores da Cunha e Nova Pádua, agora, chegou a vez do Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves.
O Vale dos Vinhedos, que acaba de ganhar seu certificado de Denominação de Origem para seus vinhos varietais chardonnay e merlot, é um roteiro que congrega opções para o melhor do enoturismo, representa o legado histórico, cultural e gastronômico vdeixado pelos imigrantes italianos que ali chegaram em 1875. A Aprovale, associação que reúne os produtores de vinhos, conta com 29 vinícolas. Nosso grupo de jornalistas – nominados na edição anterior – visitou algumas.
Começamos pela Almaúnica, onde fomos recebidos pelos gêmeos Magda e Marco Brandelli, enólogos e proprietários, filhos de uma tradicional família vinhateira, os Brandelli, que fizeram uma dissidência, em 2008, porque queriam ser mais arrojados que os demais, construíram uma vinícola de arquitetura moderna e estão produzindo vinhos de forma diferenciada em relação aos mais antigos. O nome da vinícola, segundo Marco, é porque fazem vinho elaborado com alma e cada garrafa é única em seus 8 hectares de vinhedos. O projeto é para 20 há.
Degustei, e recomendo, o espumante Nature Extra Brut, com 50% chardonnay e 50% pinot noir, vinificado em branco, vinho base de 2010, zero açúcar, método champenoise, dos quais foram elaborado apenas 6.900 garrafas, no mercado em torno de R$ 45,00. Depois, um Merlot 2009, primeira safra, que passou 14 meses em barricas de carvalho francês, do qual foram feitas 6 mil garrafas. Com três anos e meio, tem excelente cor, aromas bem claros e estrutura. É um vinho que ainda vai ficar melhor nos próximos 4/5 anos. É o 1º da Alamúnica com DO, elegante e quilibrado, 13% de álcool. Com elegância e equilíbrio ganhos nas barricas francesas. Custa R$ 55,00. Os tintos Almaúnica tem corpo, grande concentração e complexidade.
Alegre, simpático, brincalhão, logo após Marco serviu um Shiraz 2ª safra, com 1 ano de barrica – 50% francesas e 50% americanas - e já com 3,5 meses na garrafa, muito vivo, com uma pimentinha vermelha bem sutil, que em 2013 vai ficar bala e daqui a 5 anos estará maravilhoso. É um vinho de guarda para 10 anos, no mínimo. Elaborado, com bem disse o Marco, pelo terroir, que ele define como solo, clima, varietal e homem!
O terceiro vinho foi um tinto 4 Castas, um lançamento da Almaúnica, constituído por 34 de syrah, 225 de merlot, 225 de malbec e 24% de cabernet sauvignon. Sem dúvida, um Super Premium, ideal para acompanhar uma paletinha de cordeiro texel assada. Passou por barricas francesas e americanas (o syrah). Foram elaboradas 3.000 garrafas que estão sendo vendidas a R$ 85,00. É o primeiro corte da Alamúnica e se alguém quiser experimentar que se apresse, pois as encomendas já começaram a chegar.