quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Luiz Argenta – Beleza arquitetônica e bons vinhos

O encerramento de nossa passagem por Flores da Cunha foi na vinícola Luiz Argenta, que, apesar de relativamente nova, já produz bons vinhos em instalações modernas, já consideradas uma cantina das mais belas do mundo. Deunir Argenta, um dos donos, o enólogo Edgard Scortegagna e o técnico agrícola Jair Molon nos receberam com um dos quatro espumantes de primeira linha que a vinícola estava lançando naquele dia 26 de setembro. Um deles, brut, método charmat, com uvas chardonnay e riesling itálico, uma escolha simbólica, pois a área da Argenta foi a melhor da extinta Vinícola Riograndense, fundada em 1929, que tinha entre os seus mlehores vinhos, o riesling produzido naquele terroir. Cor amarela com reflexos esverdeados, tem borbulhas finas e persistentes, ideal para aperitivo. Argenta reconverteu o vinhedo, com 170 mil mudas trazidas da França e Itália, e hoje faz todos os seus vinhos com a produção própria de uvas.
Depois do aperitivo, visitamos os parreirais – fazia um frio danado, apesar de ser primavera -, cujos lotes são denominados por nomes de artistas, escritores, músicos e personalidades de destaque do País e fomos para um grande prédio remanescente dos tempos da Granja União, outro nome da Vinícola Riograndense, onde participamos de um lauto almoço preparado pelo chefe de cozinha Junior Paz. O menu começou com pães e pastinhas artesanais, harmonizados com espumante Luiz Argenta Extra Brut; seguiu-se uma entrada, gratinée des halles e cheese cake de gorgonzola com brisée de nozes e peras confitadas, harmonizadas com o mesmo espumante anterior; depois, tortelone de bacalhau e batatas assadas ao alecrim em seu molho e filé suíno defumado com risoto ao salto e veluté ao limão siciliano, harmonizado com Luiz Argenta Sauvignon Blanc e Shiraz. As sobremesas foram sorbet de bergamotas orgânicas com crocante de amêndoas e redução de chardonnay ao gengibre e gelato artesanal de capim cidró com brioche tostada, queijo brie e geléia de laranja e baunilha, harmonizadas com Espumante Luiz Argenta Jovem Moscatel.
Depois deste pantagruélico almoço, pegamos o ônibus e rumamos para o Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves. Mas, aí, é outra história, tão longa, ou mais, do que esta, que só vou contar na próxima edição do Blog, pois, amanhã, estarei rumando para Livramento, na região da Campanha, e só voltarei ao teclado deste computador na segunda-feira. Aguardem, que haverá boas histórias de vinhos e comida.

Chefe de cozinha Junior Paz
                                     DU/JN



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