Larentis – A preparação de uma assemblage

               André Larentis explicando como montar o corte que fizemos

A penúltima vinícola a ser visitada foi a Larentis, em Vila Leopoldina, onde André Larentis nos esperou com bons vinhos e uma surpresa: dividiu a turma em cinco grupos de seis e pediu que cada grupo preparasse um vinho da safra 2012 com cortes de marselan, ancellotta e merlot. Depois, no jantar, os vinhos foram servidos, às cegas, e cada um deu sua pontuação para escolha do melhor. Os vencedor foi o vinho do grupo do qual participei, um corte de 55% merlot, 25% ancellotta e 20% marselan. Fizeram parte do grupo a Luciana Leite, que criou o rótulo, Gustavo Acioli, Horst Kissmann, Artur Rodrigues e Mariana Lins. Fui homenageado pelo grupo, que denominou o vinho Ucha Reserva Especial 2012. André prometeu colocá-lo numa barrica para que, daqui dois anos, o degustemos durante um churrasco de cordeiro, que trarei lá de Livramento. É óbvio que o jantar, com comidas típicas simples da região italiana, foi até tarde da noite.
Na vinícola, provamos alguns vinhos, como o Pinotage 2011, com 12% de álcoól, um tinto leve, chamado de vinho da paixão e da sedução, ideal para um jantar a dois, cor violácea, viva e brilhante, aroma de frutas silvestres, como amora preta e groselha, taninos finos e elengantes. Bom para beber como vinho jovem. Depois, um Marselan 2008, cujas garrafas estão chegando ao fim, mas o 2009 já está na cave e em breve irá para o mercado. Com 13% de álcool, é um vinho resultante das uvas de cruzamento das variedades Grenache e Cabernet Sauvignon, de coloração vermelho violáceo, com aromas de frutas vermelhas e corpo muito intenso devido aos taninos nobres. Seguiu-se o Ancellotta 2008, do qual só restam 2000 garrafas, também com 13% de álcool, que passou sete ou oito meses em barril de carvalho, com muita especiaria e uma complexidade de aromas fantástica. Recomendo este vinho. Finalmente, degustamos o Mérito 2008, uma assamblage de 60% de merlot, 20% de cabernet sauvignon, a0% de marselan e 10% de ancellotta, com 13% de álcool. André nos deu mais uma primazia: foi a primeira garrafa aberta para degustação e só foram elaboradas 1000. Trata-se de um Gran Reserva, com 13% de álcool, elaborado com uvas selecionadas nos melhores vinhedos da família, sistema tradicional com maceração prolongada, fermentação malolática durante a maceração, envelhecimento em barris de carvalho americano por 10 meses, descanso na cave por 18 meses depois de engarrafado, cor rubi intensa, excepcional fineza e complexidade aromática, estruturado, taninos macios, final persistente e agradável. Um grande vinho