Garrafas de safras antigas na adega encravada no morro de pedras
No meio do Vale dos Vinhedos, está a Vinícola Marco Luigi, cuja tradição vem desde 1876, quando os primeiros imigrantes italianos ali se estabeleceram. Hoje, o comando está com Victor, filho de Marco Luigi, e Leonardo Valduga, neto de Marco Luigi e filho de Victor. Leonardo, enólogo, foi quem nos recebeu.
Parte da cantina, especialmente a adega, foi construída sob o morro de pedra da região. São 32 hectares de vinhedos. Na adega, várias safras estão guardadas, à espera dos interessados por alguma em particular ou para a realização de degustações verticais que mostram a evolução do vinho com o passar dos anos. ´E um verdadeiro tesouro, com vinhos desde 1997.
Como nossa preocupação era com safra 2012, fomos degustar alguns dos produtos deste ano, a maioria dos quais só chegará ao mercado daqui dois ou três anos. Começamos com um Tempranillo Tributo 2011, jovem, bem leve, sem passar por carvalho, com grande concentração de cores, aromas, jovialidade, elegância e equilíbrio, 12% de álcool. Depois, Marselan Reserva 2009, graduação alcoólica de 12,8%, com seis a nove meses em carvalho, estruturado, encorpado, mas com taninos macios. O Reserva Chardonnay 2012, com uvas extremamente maduras, que passou por barrica de carvalho para fermentar, ficou delicioso, leve, frutado, com aroma que explode no nariz. O Reserva Cabernet Sauvignon 2007, com madeira, mantém a cor vermelho-púrpura e está custando R$ 47,00, enquanto o Gran Reserva CS 2005, custa R$ 66,00. Uma das sugestões de Leonardo Valduga foi o Grande Reserva Cabernet Sauvignon Reserva da Família, que ele descreveu como vinho de guarda, de uvas extremamente maduras, encorpado, estruturado e de equilíbrio perfeito, aromas complexos de frutas vermelhas, chocolate, ameixa seca e baunilha, agradável na boca, com taninos bem presentes e macios. Custa, em média, R$ 83,00.
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