terça-feira, 1 de março de 2011
Vinhos com mais de 80 anos de história
Flávio Augusto Novello, enólogo-diretor da Santa Colina-Nova Aliança
Alceu Dalle Molle, presidente da Nova Aliança, e Adriano Miolo, do Miolo Wine Group
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Na manhã seguinte, domingo, ainda com o sabor dos Amat na boca, fomos conhecer os vinhos e o novo projeto da Cooperativa Aliança, cuja sede é Caxias do Sul, mas que também resolveu apostar na Campanha Gaúcha e comprou os vinhedos e a cantina que eram dos japoneses do Grupo Hombo, criadores dos vinhos Santa Colina, mas que desistiram de seu projeto no meio do caminho. Recebidos pelo presidente da cooperativa, Alceu Dalle Molle, pelo enólogo Augusto Novello, responsável pela unidade, e pelo diretor de Marketin Josecler Debiasi, eles explicaram que a Cooperativa Aliança nasceu em Caxias do Sul há 80 anos e, no ano passado, uniu-se a outras cincoo cooperativa, tão antigas quanto ela, e criaram a Nova Aliança, um projeto que passou a investir em parreiras em Encruzilhada do Sul e na Campanha, além de mudar a sede para Flores da Cunha e lá desenvolver plantas de suco de uva. As cooperativas unidas são Vinicola Linha Jacinto, de Farroupilha, Santo Antônio e São Pedro, de Flores da Cunha, São Victor e Aliança, de Caxias do Sul. Compraram a Santa Colina dos japoneses em 2005, erradicaram vinhedos comprometidos, plantaram novos, adquiriram equipamentos e tanques e hoje produzem 1 milhão de quilos. Com novos investimentos, a partir deste ano, pretendem duplicar para 2 milhões de quilos. Os novos tanques já estão chegando na cantina, instalada no Passo do Guedes, junto ao Cerro da Cruz, em Livramento. Com o projeto, terão vinhos das três principais zonas vitivinicolas gaúchas: serra, serra do sudeste e Campanha.
No total, a Nova Aliança tem 800 famílias associadas, que plantam em 1.350 hectares, produzindo 32 milhões de quilos de uvas. Dentro do projeto para Livramento, prometem dar apoio aos assentados do Incra, fornecendo mudas, ensinando-os a cuidar dos vinhedos e se comprometendo a compra-lhes a produção. Também estudam trazer colonos da região serrana para cultivar terras na região. Também estão começando a receber uvas da Cooperativa Vinoeste, de Uruguaiana, para vinificação.
Hoje, são 450 hectares, dos quais 45 ha ocupados com viníferas. Estão sendo feitas experiências com irrigação para superar os momentos mais críticos de estiagem. Este ano, de acordo com o enólogo Augusto Novello, as condições foram perfeitas para a produção de uvas, “tanto em quantidade quanto em qualidade”. Ele já começou a trabalhar na duplicação da capacidade da cantina.
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