Não deu para acompanhar o Wine Day da Miolo na região de Candiota, é um dos primeiros que deixo de ir, porque, depois de uma semana viajando de ônibus por fazendas, no interior de São Paulo, o corpo velho não agüentaria mais uma viagem rodoviária até Bagé e Candiota. Mas minhas amigas da Móglia Comunicação me mandaram as informações, especialmente a de que o Projeto Seival Estate colheu uvas com grau babo de 24º. Isso vai dar um vinho maravilhoso. Eu deveria ter ido para ajudar na colheita das uvas que irão compor a segunda edição do Sesmarias. Na primeira edição, ajudei a colher as últimas cabernet sauvignon que entraram na assamblage.
As características climáticas da região da Campanha do RS de chover pouco no Verão e registro de maior número de horas de sol foram uma constante entre os meses de Dezembro e Março. As uvas, colhidas em 2011 pelo Projeto Seival Estate para a Miolo Wine Group, nasceram de videiras que apenas dispuseram desde sua brotação, ocorrida na segunda quinzena de Setembro, de 400 milímetros (mm) de chuva para as variedades de uvas brancas e 500 mm de chuva para as tintas.
“Ainda não havíamos experimentado um ano tão equilibrado para a elaboração de vinhos frutados, estruturados, macios e elegantes”, afirmou meu amigo, o enólogo responsável pela colheita na região, o português Miguel Almeida. Ele destaca a decisão de adotar no Seival Estate práticas agrícolas mais sustentáveis, o que também contribuiu para o resultado final da safra. Os vinhedos foram tratados com a tecnologia à base de calor, Thermal Pest Control, eliminando significativamente a necessidade do uso de defensivos agrícolas.
A empresa chega em meados de Março com 75% do total da safra realizada. De 150 hectares em produção, serão colhidos cerca de 1,3 milhão de quilos de uva - 400 mil quilos de brancas e 900 mil de tintas. O volume é 40% superior ao do ano passado, não somente pelas condições climáticas, mas também pelo aumento da área colhida, que em 2010 foi de 110 hectares. A colheita decorrerá até à última semana de Março, com as variedades Cabernet Sauvignon, Petit Verdot e Alvarinho.
“Estamos muito satisfeitos com o resultado da safra em todos nossos projetos do RS, especialmente no Seival, um ano depois de o termos anunciado como sede das linhas Miolo Reserva e Miolo Seleção”, afirma Adriano Miolo, diretor-superintendente do grupo.
A linha Reserva produzida no Seival é formada por cinco varietais tintos (Cabernet Sauvignon, Merlot, Tannat, Pinot Noir e Tempranillo) e quatro brancos (Chardonnay, Viognier, Sauvignon Blanc e Pinot Grigio). A linha Seleção tem dois tintos (Cabernet Sauvignon/Merlot e Tempranillo/Touriga), dois brancos (Chardonnay/Viognier e Pinot Grigio/Riesling) e um rosé (Cabernet Sauvignon/Tempranillo). Também é no Seival que são elaborados o Quinta do Seival Castas Portuguesas e o Quinta do Seival Cabernet Sauvignon, além do ícone Sesmarias.
Há pouco mais de 20 dias, estive em Livramento, com o Adriano Miolo, o Miguel e outros enólogos e, lá também, a qualidade das uvas está sendo maravilhosa. Animou até o Adriano Miolo a realizar seu sonho de elaborar um vinho ícone com tannat, o Tannat Velhas Vinhas, aproveitando os parreirais de mais de 30 anos da Almadem.
A Miolo Wine Group é líder no mercado nacional de vinhos finos entre as vinícolas brasileiras, com cerca de 40% de market share, e referência em qualidade. A empresa elabora mais de 100 rótulos produzidos em sete projetos vitivinícolas no Brasil, de diferentes regiões, incluindo as parcerias internacionais com Argentina, Chile, Espanha, Itália e França. É a maior exportadora brasileira de vinhos e está entre as principais produtoras de espumantes, com participação de 15% no mercado. As empresas do grupo elaboram 12 milhões de litros de vinhos finos e possuem a maior área de vinhedos próprios no País, com 1.150 ha, todos de uvas viníferas, conduzidas pelo sistema vertical (espaldeira).
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