O zootecnista Paulo de Tarso dos Santos Martins, do Mato Grosso do Sul, manda uma informação interessante para os criadores de ovinos. A cadeia produtiva da ovinocaprinocultura já tem disponível um formato padrão para a construção de abatedouros de pequeno porte para animais, seguindo todas as regras necessárias para a comercialização de produtos de qualidade e com controle sanitário assegurado para garantir a segurança alimentar ao consumidor final. O modelo, aprovado, dia primeiro de março, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), foi apresentado, dia 2, aos membros da Comissão Nacional de Caprinos e Ovinos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), pelo representante do órgão na reunião, Alessandro Torres, do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa/Mapa).
A iniciativa atende a uma antiga reivindicação do setor e representa um avanço nas discussões para promover a expansão e a profissionalização deste segmento. "É um projeto que há 10 anos gostaríamos de ter em mãos", afirmou o presidente da comissão da CNA e da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Ovinos e Caprinos, Edilson Maia.
Um dos principais objetivos desta planta padrão dos abatedouros é formalizar o abate do rebanho. Desta forma, enfatizou Maia, haverá maior controle de informações sobre o número de animais comercializados, uma vez que um dos principais desafios desta atividade é reduzir a informalidade do abate. Em estados com maior tecnologia na produção, como o Rio Grande do Sul, os abates formais atingem apenas 50% do plantel de caprinos e ovinos. Em todo o país, a informalidade atinge mais de 70%. "Isso certamente vai estimular a formalização da cadeia produtiva e o aumento da oferta de produtos de origem animal", destacou Maia.
O modelo de abatedouro apresentado será voltado principalmente para suprir a demanda de pequenos municípios, contemplando também pequenos e médios criadores, associações e cooperativas. Além de caprinos e ovinos, o local também para o abate de bovinos e suínos. Para a construção do local, os empreendedores deverão apresentar um projeto, que deverá ser elaborado a partir do padrão aprovado pelo ministério e dependerá de aprovação do órgão de inspeção sanitária competente.
Além da CNA, estiveram no encontro representantes de entidades do segmento da ovinocaprinocultura, da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), do Mapa, e o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Paraíba (Faepa), Mário Borba.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Gostaria de receber o padrão de abatedouro de ovinos para pequenos e médios produtores.
hyghlandercordeiros@gmail.com
Grato.
Postar um comentário