quarta-feira, 30 de março de 2011

Sebrae e Ibravin lançam diagnótico da produção de vinho

Estudo destaca novas áreas dedicadas à atividade e põe em evidência gargalos a serem resolvidos, como o custo da mão de obra em algumas regiões. O texto é de Vanessa Brito, da Agência Sebrae.
“A produção de vinhos, sucos de uva e espumantes é uma atividade econômica com potencial de desenvolvimento e expansão no Brasil, inclusive para exportação. O material também aponta gargalos a serem enfrentados e solucionados, entre eles o custo da mão de obra nas regiões produtoras de uva. Para cuidar destas questões, Sebrae e Instituto Brasileiro dos Vinhos (Ibravin) realizam o Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva de Vinhos, Espumantes e Sucos de Uva. As duas instituições acabam de lançar o Diagnóstico Qualitativo da Vitivinicultura Brasileira, que mapeia a atividade no país.
O estudo foi elaborado por José Fernando da Silva Protas e Umberto Almeida Camargo, pesquisadores da Embrapa Uva e Vinho. Nove regiões no País produzem uvas e derivados. Os estados onde se cultiva a fruta são RS, SC, PR, SP, ES, MG, GO e PE. Neles há polos tradicionais, novos e em fase de resgate, conforme explica Protas. “Fizemos um perfil das diferentes regiões produtoras, sem nos preocuparmos com o tamanho da área”, explica o pesquisador.
A vocação cultural e histórica da Região Sul para a vitivinicultura é um dos principais motivos de sua alta competitividade no setor, especialmente no Rio Grande do Sul. Já outras áreas produtoras enfrentam dificuldades pelos custos de contratação da mão de obra, segundo Protas.
Nos municípios de Andradas e Caldas, que fazem parte de uma região tradicional do setor vitivinícola no sul de Minas Gerais, alguns empresários preferem importar a fruta do Rio Grande do Sul a arcar com as despesas de seu cultivo e colheita. “Eles compram as melhores espécies de uvas gaúchas e processam o vinho em suas propriedades”, informa Protas.
Uma das novidades mostradas no diagnóstico do Sebrae e Ibravin vem de Goiás, onde há projetos importantes em andamento nos municípios de Santa Helena, Paraúna e Itaberaí. Nessas cidades, a produção de uva, vinho e sucos é uma alternativa para o desenvolvimento territorial e geração de empregos e renda em lugar do algodão. O vinho produzido em Goiás é em sua maioria (70%) envasado no Rio de Janeiro.
Os resultados do estudo foram apresentados no Seminário do Setor Vitivinícola: Diagnóstico, Perspectivas e Desafios, realizado na quinta-feira (24), em Brasília, com a presença de representantes do Sebrae, setor vitivinicultor, de órgãos do governo federal e de instituições públicas e privadas.”

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