terça-feira, 1 de março de 2011
Mecanização: a Almaden, pioneira, continua sendo exemplo
Depois de colher as uvas, a máquina descarrega diretamente nas carretas, economizando tempo, dinheiro, problemas trabalhistas e de segurança e, se for preciso, pode trabalhar 24 horas, dia e noite, sem parar
A máquina de colher substitui até 80 homens nos parreirais
No sábado, dia 26, foi a vez de fazer um Wine Day na Almaden, acompanhado pelo enólogo Adriano Miolo, também diretor do Miolo Wine Group, e vários de seus enólogos e agrônomos, inclusive vindos de outras unidades da empresa, como Álvaro Domingues, Gabriela Jornada, Leonel Caliari, Afrânio Moraes, Fabrício Domingues, Soledad Mello Escanellas e Ricardo Hass. Começamos por uma visita a vários pontos do vinhedo e, no Quadro 1, Parcela A, fizemos uma colheita manual de uvas Saint Emilion, implantadas em 1977, uma área de 6,9 há, com produção prevista de 12 t/há, destinada à produção de vinho base para espumante e frisante. A previsão de produção é de 67.174 kg. A uva estava com grau Brix de 18, o que dá grau Babo de 16,5, com acidez de ,15 e Ph de 3,28.
Depois de nossa colheita manual, Adriano Miolo mostrou como funciona a colheita mecânica que a Almaden, em mais um pioneirismo, está implantando. A máquina Pellenc, de origem francesa, custou R$ 500 mil e está fazendo a colheita de 200 hectares de parreirais, um terço da área produtiva da vinícola, porque as demais ainda precisam ser adaptadas para o uso da máquina, que opera das 4h às 23h, mas pode continuar noite à dentro, se for necessário. A redução de custo em mão de obra, obrigações trabalhistas e outros detalhes é imensa, pois a máquina, se trabalhar a noite toda, diminui 80 homens na colheita. Atualmente, ela substitui 50. Mesmo com a adoção da mecanização, Afrânio Moraes garantiu que não houve redução de safristas, mantend-se os mesmos 150 contratados em 2010, que estão trabalhando nos outros 300 hectares onde a máquina ainda não entra. No ano que vem, a empresa vai preparar outros 100 hectares para colheita mecânica, com investimento de R$ 250 mil. De acordo com Adriano Miolo, ela vai resolver um sério problema que a empresa enfrenta, que é a falta de mão de obra.
Ainda dentro de seu pioneirismo, que é exemplo para as demais vinícolas, a Almaden aplicou R$ 300 mil na aquisição de outras máquinas antes não usadas nos parreirais: a máquina de poda verde, que corta os galhos que precisam ser eliminados no momento inicial do desenvolvimento das parreiras; a desfolhadora, que retira as folha que encobrem os cachos, de maneira que estes recebam mais sol; e a desbrotadeira, que arranca os brotos nascidos em locais inadequados. A cantina também recebeu novos tanques, prensa pneumáticas e filtros.
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