Cordilheira de Sant´Ana, preocupação com o terroir

O churrasco de cordeiro no tradicional fogo de chão

A Cordilheira de Sant´Ana fica ao pé do Cerro Palomas, símbolo de Livramento

Rosana Wagner e Gladistão Omizzol comandam a Cordilheira de Sant´Ana
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O almoço de domingo foi na Vinícola Cordilheira de Sant´Ana, onde os enólogo proprietários, Rosana Wagner e Gladistão Omizzolo, elá já com 26 safras em sua carreira, ele com mais de 40, nos receberam com simpatia e um churrasco de cordeiro preparado em fogo de chão, à moda bem gaúcha, e uma maionese excepcional, preparada com ovo caipira na própria cantina. Adega Regional de Vinhos Finos, porque elabora vinhos exclusivamente de uvas viníferas de seu próprio vinhedo, que tem 24 hectares de are plantada, a Cordilheira de Sant´Ana foi fundada, em 1999, depois que Rosana deixou a Almaden após muitos anos de trabalho para os seus três proprietários – National Distillers, Seagram´s e Pernod Ricard – e Galdistão deixou a Segram´s, onde também trabalhou muito anos nas áreas de vinhos e outras bebidas. A vinícola é reconhecida como produtora de vinhos de excepcional qualidade, reflexo do terroir onde são produzidos, ao pé do Cerro de Palomas, símbolo da região.
Já estão no mercado sete vinhos – Gewurztraminer, Chardonnay (várias vezes premiado), Nerlot, Cabernet Sauvignon, Tannat (um dos melhores do Brasil) e dois Reservas dos Pampas, um tinto, outro branco. A área total da propriedade é de 46 hectares, sendo 23 há de vinhedos conduzidos em sistema espaldeira simples. A adega tem capacidade de estocagem de 160 mil litros.
Rosana, que trabalha muito bem os conceitos de terroir, destaca que o clima de Palomas tem como mais uma de suas vantagens a continentalidade que, aliada a uma atmosfera límpida (em virtude da baixa umidade relativa do ar), determina maior amplitude térmica diária (diferença entre as temperaturas mínima e máxima) durante o período de maturação. O número de horas de frio, abaixo de 10°, está em torno de 780 horas. O resultado são vinhos aromáticos, estruturados e potentes.
“Trabalhamos muito com o conceito de terroir – explica Susana Wagner -, aqui nós temos um terroir”. Ela defende o plantio de uvas pinot noir dizendo que na região de Palomas ela funciona.