A união dos produtores de 16 empreendimentos vitivinicolas, ressaltada por Afrânio Moraes, já tem um objetivo bem claro: lutar contra a concorrência desleal dos vinhos importados e, principalmente, dos vinhos contrabandeados. No caso das fronteiras gaúchas com o Uruguai, o problema maior vem das lojas free shops do lado uruguaio, que vendem vinhos de todo o mundo, sem pagar impostos, o que os torna baratíssimos. Segundo Alceu Dellamore, “é uma concorrência muito desigual”.
O produtor Walter José Pötter, da Vinícola Guatambu, de Dom Pedrito, já tem uma idéia para começar a luta contra isso. Conversando com o deputado federal Frederico Antunes, descobriu que existe uma legislação brasileira que prevê instrumentos de defesa econômica em casos de concorrência em região de fronteira. Eles estão procurando subsídios para reivindicar um tratamento tributário diferenciado para os vinhos produzidos na Região da Campanha.
“É difícil enfrentar o imposto zero que beneficia os free shops”, diz Pötter. E acrescenta que o sistema de free shop foi criado para “consumo doméstico”, isto é, para as pessoas que residem nas fronteiras. Hoje, vem gente de todo o estado e até do país inteiro comprar vinhos nas lojas free shops.
Faz parte da tentativa de reação a decisão da Associação dos Produtores de Vinhos da Campanha de estabelecer uma loja na esquina mais movimentada pelos turistas que visitam Livramento para comprar nos free shops de Rivera, na qual serão expostos e vendidos os vinhos de todas as vinícolas associadas. “Além de mostrar que temos vinho de qualidade, vamos mostrar que eles não são tão caros quanto se pensa, diante de sua qualidade”, afirma Pötter. Na loja, tambem serão divulgadas informações turísticas sobre as vinícolas que recebem visitantes em suas instalações de enoturismo.
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