quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Uma vinícola sem fronteiras

Os irmãos Valduga produzem, Juciane Casagrande, diretora Comercial, degusta e vende!
Juarez, Erielson e João, o trio responsável pelo crescimento da Casa Valduga

Mundvs, da Valduga, elaborados em terroirs pelo mundo. A coleção vai crescer.

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Certa vez, há alguns anos, eu estava comendo um churrasco com o Juarez Valduga, sob a parreira que a Casa Valduga tem junto ao seu restaurante principal, no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, e bebendo bom vinho – acho que um cabernet sauvignon. Não lembro bem do vinho, mas lembro, com muita clareza, o entusiasmo com que o Juarez falava do futuro da Casa Valduga e dos novos empreendimentos que estavam sendo preparados – Encruzilhada do Sul, compra da área da Domecq, para criar a Donmo e construir um spa, produzir vinho Valduga pelo mundo. Confesso, hoje, posso confessar, que anotei suas informações, mas com um misto de descrença. É sonho! Ou vinho demais. Ou sol na cabeça, porque haviamos passado a manhã visitando todas as propriedades da Valduga na região e a manhã era ensolarada e quente. Juarez estava com seu tradicional chapéu de palha, mas o sol era forte e achei que tinha estimulado demais seu entusiasmo.
Com o passar dos anos, acompanhei o crescimento da Casa Valduga e vi que tudo aquilo que Juarez Valduga me dissera debaixo daquele parreiral se concretizou. Não era sonho, não era vinho demais, não era sol na cabeça. Estão ai os vinhos Valduga de Encruzilhada do Sul, está ai a Domno, nos antigos domínios dos ingleses da Domecq, em Garibaldi, estão aí os vinhos Valduga produzidos em vários países.
Gentileza do Juarez, do João, do Erielson Valduga e, certamente, da Juciane Casagrande, diretora comercial da Famiglia Valduga, recebi uma caixa com o resultado do sonho maior de Juarez: três garrafas de vinho da família Mundvs, um Mundvs Cabernet Sauvignon 2006, elaborado no Vale do Maipo, no Chile, de colheita tardia; um Mundvs Malbec 2007, elaborado em Luján de Cuyo, em Mendoza, na Argentina, também de colheita tardia; e um Mundvs Shiraz/Aragonês/Alicante Bouschet, do Alentejo, em Portugal, também colheita tardia. Vou preparar um churrasco de cordeiro e, esbanjo, abrir as três garrafas de uma só vez. E beberei os vinhos em homenagem aos sonhos realizados de Juarez Valduga

Mundvs Cabernet Sauvignon 2006

Maturado 18 meses em barricas de carvalho francês num dos melhores terroirs chilenos para os tintos, é um vinho de coloração intensa com tonalidade vermelho rubi, limpido e brilhante. Ainda maturou mais 12 meses na garrafa. Bouquet intenso definindo notas de frutas vermelhas destacando cereja maduras e ameixas com nuances de chocolate. Expressa delicado equilíbrio entre frutas e aromas do carvalho. No paladar, complexo com sabor de chocolate, café e baunilha provenientes de excelente amadurecimento nas barricas. É um vinho para ser consumido com carnes de caça, carnes e massas com molhos condimentados, queijos maduros. Tem 15% de álcool.

Mundvs Malbec 2007

Este passou 10 meses em barrica de carvalho francês e 12 meses em garrafa, descansando na cave. Vermelho rubi escuro, límpido e brilhante, tem bouquet elegante e intensas notas de frutos vermelhos, com destaque para ameixas, amoras e especiarias. No paladar, tem corpo robusto, encorpado, equilibrado e harmônico, taninos maduros. É um vinho ideal para acompanhar carnes e massas com molhos condimentados, queijos frescos e sem casca. Álcool de 12,5%.

Mundvs Portugal 2008

Uma assemblage de uvas shiraz, aragonês e alicante bouschet cultivadas no Alentejo, terra de touros e bons vinhos, como certa vez comprovei num almoço que um barão – ainda existe isso por lá – me ofereceu em sua propriedade onde criava touros para touradas, cavalos para provas e produzia bons vinhos, este é um bom exemplo de vinho brasileiro produzido no exterior, em Portugal. Passou 9 meses em barricas de carvalho francês e 12 meses em garrafa na cave. É límpido, brilhante, de coloração granada intenso com reflexos violáceos. No olfato, bouquet intenso de compta de frutas vermelhas, notas tostadas e um toque de especiarias doces. No paladar, é complexo, com retrogosto frutado, bem esturuturado, harmonioso e com final elegante. Cai bem com carnes vermelhas, massas com molhospouco condimentados, queijos de estrutura média, fondues e grelhados. Tem 13,5% de álcool.
Estes vinhos são elaborados nestas diferentes regiões sob supervisão direta de Eduardo Valduga, responsável pelos vinhos Valduga em solo internacional. E o sonho de Juarez Valduga, sob o parreiral na Casa Valduga, em Bento Gonçalves, irá mais longe ainda. A Famiglia Valduga está prometendo fazer o Eduardo viajar mais ainda, os próximos Mundvs serão elaborados na Itália e na Austrália. O projeto é de uma vinícola sem fronteiras.

Um comentário:

Boutique Pedras Altas disse...

Olá, parabéns pelo blog! Aproveito a oportunidade de convidá-lo a conhecer a Boutique de cortes de cordeiro Pedras Altas (sob nova direção).
Att,
@pedrasaltas_