Salim Mattar, Jorge Gerdau Johannpeter e João Dória Jr., no Serrano, em Gramado.
Foto Danilo Ucha
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Como escrevi aqui no Blog, antes da realização do 1º Fórum Empresarial do Lide Sul, no Hotel Serrano, em Gramado, Gustavo Leipnitz Ene, presidente do grupo havia preparado uma excelente relação de vinhos, com apoio da Importadora Mistral, para acompanhar os jantares e os almoços do encontro. Não deu outra. No jantar de abertura, sentei à mesa com Rodrigo Neves Mainardi, representante da Mistral, e com Marcelo e de Oliveira e Alex Lima, diretores da Embratel, e tivemos algumas agradáveis surpresas em matéria de vinhos. O jantar, preparado pelo chef Facioni di Biasi, foi o melhor de todas as refeições do evento, um verdadeiro “jantar italiano”, até com risoto de cordeiro. Os espumantes foram da Vallontano.
Abrimos a mesa com Quinta do Carmo 2008, um branco do Alentejo, Portugal, delicioso, vinificado pelo próprio enólogo do Château Lafite-Rotschild, que adquiriu a propriedade em 1992. Vinho fino e elegante.
Depois, fomos para um Finca Valpiedra Reserva 2004, da Rioja, Espanha. Classificado com 93 pontos pela Wine Spectator na última safra avaliada, é bastante intenso e classudo, produzido na excepcional propriedade de Martinez Bujanda. Elegante, complexo, produzido de forma mais moderna que os riojas tradicionais, em barris pequenos de carvalho, oriundo de uvas de vinhedo único, coisa rara na Rioja. Conquistou, por exemplo, o presidente da Federação das Associações Empresariais do Rio Grande do Sul, José Paulo Cairoli, que anotou o nome para comprá-lo depois.
Finalmente, encerramos o buffet de sobremesas da confeitaria típica da serra gaúcha com um Tokaji Furmint Late Harvest 2006, da Tokaji Oremus, de Tokaji, na Hungria. Vinho de sobremesa elaborado com uvas furmint selecionadas, com cachos aszu (botrytizados) e cachos supermaduros. O aroma é intenso, mostrando frutas tropicais e toques herbáceos. Na boca, é doce, untuoso, de ótima acidez, fácil de beber.
Outro bom encontro foi o jantar francês do chef Marcelo Hartmman, numa mesa em que estavam o Luiz Borges, do Jornal do Comércio, e sua esposa, a Dalva Braga, superintendente de Vendas da Ticket, e sua colega Lisete Böelter, comercial regional do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e o Ulysses Love, agente do modelo, dançarino, compositor e cantor Sebastian, que fez o show após o jantar. Sou sincero, não gostei das comidas e disse isso ao garçom quando ele reparou que mal toquei nos alimentos. Acontece que estou cada vez mais exigente em matéria de “comida de chef” e, de uma maneira, geral os temperos que eles estão usando não caem bem no meu gosto. Mas, os vinhos, estavam excelentes.
Antes de escrever sobre os vinhos, vou citar os pratos apresentados pelo chef Hartmman e dos quais não gostei. Uma entrada fria, colchão de folhas com lascas de parmesão, tomate cereja, endívias recheadas com kani kama e frutas da estação ao molho de balsâmico e mel. No meu prato, ao menos, não tinha nem tomate nem endívias. Os pedacinhos de kiwi e morangos estavam gostosos. As folhas, sem tempero.
A entrada quente foi salmão ao molho de champagne com aspargos verdes, cozidos demais. Quanto a não ter gostado do salmão, a culpa não é do chef. É minha. Como vou a almoços e jantares de eventos e encontros empresariais quase todos os dias, depois que os chilenos baratearam o preço do salmão criado em cativeiro, todo mundo acha “chic” servir salmão e eu simplesmente enjoei o belo peixe. O salmão de alto-mar ainda gosto. O prato principal foi filé mignon ao molho de cevada negra e damascos, acompanhado de trouxinha de queijos com castanha, nozes e ervas frescas. O molho do filé estava muito doce e repunou-me. Finalmente, a sobremesa, que teve o mesmo pecado do salmão: petit gateau de chocolate com sorvete de creme e molho de frutas vermelhas. Comi só o sorvete, porque o petit gateau é uma sobremesa que entrou na moda, há uns cinco anos, e todo o mundo os serve em almoços e jantares e o de chocolate, particularmente, é extremamente forte e doce demais.
Já os vinhos salvaram a noite. Começamos com um Amayna Chardonnay 2007, da Viña Garcez Silva, do Chile, sem dúvida um grande chardonnay da fria região de San Antonio, branco de grande finsse. Sofisticado, elegante, mostra classe e ótima presença de boca. O famoso crítico de vinhos norte-americano Robert Parker, que outros críticos odeiam, inclusive meus amigos Olyr Corrêa, crítico de vinhos do Jornal da Noite, e João Carlos Botezelli, deu 91 pontos para este chardonnay.
Depois, passamos para um Chianti Classico Castello di Ama 2005, da Toscana, na Itália, um dos melhores em seu gênero, ganhador dos “tre bichieri” do Gambero Rosso. Mostrou classe e elegância incomuns para um Chiante Classico normal.
Finalmente, na sobremesa, um Sauternes 2007, da Schoröder & Schÿler, de Bordeaux, França, com delicioso bouquet, presença marcante de botrytis, amplo e doce na boca, ótimo final.
Rodrigo Mainardi estava de parabéns, não só pela seleção criteriosa dos vinhos, mas, principalmente, pela simpatia à mesa, comentando os vinhos e sugerindo outros. O seminário, com palestras de João Dória Jr., Jorge Gerdau Johannpeter e Salim Mattar foi excelente, quanto ao conteúdo e perspectivas que eles vêem para o País com o governo Dilma Roussef, que não são muito otimistas, mas este não é assunto para o Blog. Quem pode falar bem sobre isso são as jornalistas Néia Olivèirá e Karine Ruy, da Comunicasul, que fizeram um belo trabalho de assessoria jornalística para o Grupo Lide Sul e seu seminário, no Hotel Serrano, em Gramado, nos dias 05, 06 e 07 de novembro.
Como escrevi aqui no Blog, antes da realização do 1º Fórum Empresarial do Lide Sul, no Hotel Serrano, em Gramado, Gustavo Leipnitz Ene, presidente do grupo havia preparado uma excelente relação de vinhos, com apoio da Importadora Mistral, para acompanhar os jantares e os almoços do encontro. Não deu outra. No jantar de abertura, sentei à mesa com Rodrigo Neves Mainardi, representante da Mistral, e com Marcelo e de Oliveira e Alex Lima, diretores da Embratel, e tivemos algumas agradáveis surpresas em matéria de vinhos. O jantar, preparado pelo chef Facioni di Biasi, foi o melhor de todas as refeições do evento, um verdadeiro “jantar italiano”, até com risoto de cordeiro. Os espumantes foram da Vallontano.
Abrimos a mesa com Quinta do Carmo 2008, um branco do Alentejo, Portugal, delicioso, vinificado pelo próprio enólogo do Château Lafite-Rotschild, que adquiriu a propriedade em 1992. Vinho fino e elegante.
Depois, fomos para um Finca Valpiedra Reserva 2004, da Rioja, Espanha. Classificado com 93 pontos pela Wine Spectator na última safra avaliada, é bastante intenso e classudo, produzido na excepcional propriedade de Martinez Bujanda. Elegante, complexo, produzido de forma mais moderna que os riojas tradicionais, em barris pequenos de carvalho, oriundo de uvas de vinhedo único, coisa rara na Rioja. Conquistou, por exemplo, o presidente da Federação das Associações Empresariais do Rio Grande do Sul, José Paulo Cairoli, que anotou o nome para comprá-lo depois.
Finalmente, encerramos o buffet de sobremesas da confeitaria típica da serra gaúcha com um Tokaji Furmint Late Harvest 2006, da Tokaji Oremus, de Tokaji, na Hungria. Vinho de sobremesa elaborado com uvas furmint selecionadas, com cachos aszu (botrytizados) e cachos supermaduros. O aroma é intenso, mostrando frutas tropicais e toques herbáceos. Na boca, é doce, untuoso, de ótima acidez, fácil de beber.
Outro bom encontro foi o jantar francês do chef Marcelo Hartmman, numa mesa em que estavam o Luiz Borges, do Jornal do Comércio, e sua esposa, a Dalva Braga, superintendente de Vendas da Ticket, e sua colega Lisete Böelter, comercial regional do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e o Ulysses Love, agente do modelo, dançarino, compositor e cantor Sebastian, que fez o show após o jantar. Sou sincero, não gostei das comidas e disse isso ao garçom quando ele reparou que mal toquei nos alimentos. Acontece que estou cada vez mais exigente em matéria de “comida de chef” e, de uma maneira, geral os temperos que eles estão usando não caem bem no meu gosto. Mas, os vinhos, estavam excelentes.
Antes de escrever sobre os vinhos, vou citar os pratos apresentados pelo chef Hartmman e dos quais não gostei. Uma entrada fria, colchão de folhas com lascas de parmesão, tomate cereja, endívias recheadas com kani kama e frutas da estação ao molho de balsâmico e mel. No meu prato, ao menos, não tinha nem tomate nem endívias. Os pedacinhos de kiwi e morangos estavam gostosos. As folhas, sem tempero.
A entrada quente foi salmão ao molho de champagne com aspargos verdes, cozidos demais. Quanto a não ter gostado do salmão, a culpa não é do chef. É minha. Como vou a almoços e jantares de eventos e encontros empresariais quase todos os dias, depois que os chilenos baratearam o preço do salmão criado em cativeiro, todo mundo acha “chic” servir salmão e eu simplesmente enjoei o belo peixe. O salmão de alto-mar ainda gosto. O prato principal foi filé mignon ao molho de cevada negra e damascos, acompanhado de trouxinha de queijos com castanha, nozes e ervas frescas. O molho do filé estava muito doce e repunou-me. Finalmente, a sobremesa, que teve o mesmo pecado do salmão: petit gateau de chocolate com sorvete de creme e molho de frutas vermelhas. Comi só o sorvete, porque o petit gateau é uma sobremesa que entrou na moda, há uns cinco anos, e todo o mundo os serve em almoços e jantares e o de chocolate, particularmente, é extremamente forte e doce demais.
Já os vinhos salvaram a noite. Começamos com um Amayna Chardonnay 2007, da Viña Garcez Silva, do Chile, sem dúvida um grande chardonnay da fria região de San Antonio, branco de grande finsse. Sofisticado, elegante, mostra classe e ótima presença de boca. O famoso crítico de vinhos norte-americano Robert Parker, que outros críticos odeiam, inclusive meus amigos Olyr Corrêa, crítico de vinhos do Jornal da Noite, e João Carlos Botezelli, deu 91 pontos para este chardonnay.
Depois, passamos para um Chianti Classico Castello di Ama 2005, da Toscana, na Itália, um dos melhores em seu gênero, ganhador dos “tre bichieri” do Gambero Rosso. Mostrou classe e elegância incomuns para um Chiante Classico normal.
Finalmente, na sobremesa, um Sauternes 2007, da Schoröder & Schÿler, de Bordeaux, França, com delicioso bouquet, presença marcante de botrytis, amplo e doce na boca, ótimo final.
Rodrigo Mainardi estava de parabéns, não só pela seleção criteriosa dos vinhos, mas, principalmente, pela simpatia à mesa, comentando os vinhos e sugerindo outros. O seminário, com palestras de João Dória Jr., Jorge Gerdau Johannpeter e Salim Mattar foi excelente, quanto ao conteúdo e perspectivas que eles vêem para o País com o governo Dilma Roussef, que não são muito otimistas, mas este não é assunto para o Blog. Quem pode falar bem sobre isso são as jornalistas Néia Olivèirá e Karine Ruy, da Comunicasul, que fizeram um belo trabalho de assessoria jornalística para o Grupo Lide Sul e seu seminário, no Hotel Serrano, em Gramado, nos dias 05, 06 e 07 de novembro.
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