Uma das notícias que correu pelo salão do Dom Pedrito Country Club e entusiasmou os produtores de vinhos que acreditam na potencialidade da região da Campanha, e lá estão instalando vinícolas – já são mais de 15, como informei acima – é de que as tradicionais famílias chilenas produtoras de vinho Guilisasti e Larrain voltaram seus olhos para a Campanha gaúcha e andam sondando a possibilidade de implantar vinhedos e produzir vinhos em Sant´Ana do Livramento, minha terra natal, e também da Almadén, da Cordilheira de Sant´Ana, da Aliança, da Salton e da Carrau. Guilisasti e Larrain são donas da famosa Concha y Toro, a maior empresa produtora e exportadora de vinhos do Chile, fundada em 1883 por Don Melchor de Concha y Toro. A empresa representa 37% do mercado interno chileno e 31,4% das exportações chilenas de vinho. 70% de suas vendas são para exportação para aproximadamente 110 países.
Em joint venture com a vinícola francesa Baron Philippe de Rothschild produz o ícone Almaviva, um vinho de primeira grandeza. Mas eu gosto mais do Don Melchor, embora a grande maioria dos brasileiros prefira o Casillero del Diablo. É uma empresa que planta 8.720 hectares com vinhas.
Se a Concha y Toro vier para a Campanha, onde já está também, outra grande, o Miolo Wine Group, em Candiota, esta região vai ser transformar, mesmo, no que o enólogo Adriano Miolo chama de “a Nova Califórnia”. Ele diz isso pela qualidade dos solos e do clima, pelos bons vinhos que propicia e, principalmente, pelo crescimento rápido da vitivinicultura. A Almadén, recentemente comprada pela Miolo, está na região há quase 40 anos, mas a mioria das novas vinícolas surgiram nos últimos 10 anos, cresceram e se multiplacaram de forma impressionante, como as da Califórnia, depois do Julgamento de Paris.
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