segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Vindima 2013 - 14 - A cave de Pedra é um castelo medieval







   A Cave de Pedra é de 1997



                               Uma extensa degustação dos vinhos da Cave de Pedra
                               Foto DU/JN

No Vale dos Vinhedos não é muito fácil escrever sobre as várias vinícola sem, às vezes, se confundir um pouco. São tantos irmãos, primos, pais e tios com o mesmo sobrenome em empresas diferentes. Mas, como vou naquela região há mais de 40 anos, tenho mais facilidade de me movimentar entre tantos nomes iguais em vinícolas diferentes.
A Cave de Pedra, por exemplo, é outra vinícola, mas um dos sócios também é Juarez Valduga. Aliás, conta a lenda que ele construiu aquele diferente castelo estilo medieval, totalmente em pedra basalto, para ser mais do que uma vinícola, e sim um SPA do vinho, mas, aí, foi pego de surpresa pela construção do Spa do Vinho – hoje quase todo do Grupo Miolo – a poucos quilômetros de distância e deixou a Cave de Pedra Winery apenas para vinícola e casa de eventos, casamentos, almoços e jantares especiais.
Instalada na Linha Leopoldina, 315. A temperatura das pedras ajuda a manter o vinho com qualidade. A especialidade é a elaboração de espumantes pelo processo tradicional (com fermentação na garrafa) muito utilizado na França. É uma empresa boutique, com vinhedos próprios, grande experiência profissional, sensibilidade e máxima dedicação. Suba na torre mais alta para ter uma bela visão do Vale dos Vinhedos. A visitação de 45 min, com degustação de cinco vinhos, custa R$ 10,00 por pessoa, descontados se for comprado alguma produto no varejo. A produção é de 45 mil garrafas/ano. Entre os lançamentos que experimentamos, um Espumante Brut Rosé e um Prosecco.
A primeira degustação foi com Gewurztraminer 2012, Resrva da linha Adaga, que custa R$ 38,00. Depois, um Egiodola 2007, que passou oito meses em barris de carvalho francês. É aquela mesma uva especial sobre a qual falei na abertura da última edição do Blog, levada ao Vale dos Vinhedos por Plinio Pizzato. É um vinho delicado, de muitas surpresas, mais estilo europeu do que Novo Mundo, jovem, intenso e cristalino, 12,5 de álcool.
Depois, degustamos um Espumante Brut elaborado com Pinot Noir e Chardonnay 50/50, amanteigado, leve e cremoso, como gosta de fazer o enólogo Daniel Dallevalle. Com 12 graus de álcool, custa R$ 46,00. A Cave de Pedra também elabora um Extra Brut 100% Pinot Noir, que é muito bom, mas ele não entra nas degustações públicas pois só são elaboradas 900 garrafas. Se o Juarez Valduga estivesse lá, certamente o teríamos degustado. Finalmente, bebemos um Espumante Moscatel 2012, elaborado com uvas Moscato e Malvasia, vendido a R$ 33,00.

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