segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
Suco de uva 100% do Brasil mira o mercado árabe
Oscar Ló, presidente da Cooperativa Vinícola Garibaldi com Cândida Cervieri, do Mdic, vestida com a abaia, vestimenta tradicional das mulheres na Arábia Saudita
Foto Edgar Sinigaglia Jr.
Vinícolas gaúchas assessoradas pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) integraram missão comercial brasileira na Arábia Saudita e nos Emirados Árabes Unidos. Segundo dados da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), no ano passado, o Brasil exportou US$ 3 bilhões de dólares para a Arábia Saudita, sendo que o setor de alimentos e bebidas respondeu por US$ 2,3 bilhões, o equivalente a 76% do volume total. Já os Emirados Árabes Unidos importaram do Brasil US$ 2,5 bilhões, com crescimento de 13,3% sobre 2011.
É de olho nestes mercados que duas vinícolas da Serra participantes do projeto Suco de Uva 100% do Brasil, realizado pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) em parceria com o Instituto Brasileiro da Fruta (Ibraf), embarcaram na missão empresarial ao Oriente Médio organizada pela Apex-Brasil e pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Na segunda-feira, dia 18 de fevereiro, as cooperativas vinícolas Garibaldi e Aurora participaram de rodadas de negócios em Jedá, na Arábia Saudita. E nesta quinta e sexta-feira, dias 20 e 21, a missão estará em Dubai. As empresas estão sendo assessoradas na viagem pelo analista de Promoção Comercial do Ibravin Edgar Sinigaglia Jr.
Em Jedá, as vinícolas tiveram reuniões com importadores, distribuidores, varejistas e empresas interessadas na aquisição de suco de uva 100% do Brasil. Em Dubai, Sinigaglia informa que as perspectivas também são bastante otimistas, pois já há uma empresa interessada em apresentar os sucos em seu portifólio de produtos na feira Gulfood, realizada no final de fevereiro. No total, estão previstas 15 reuniões e quatro visitas a empresas durante os três dias de missão.
“Estamos investindo neste mercado desde 2010, com participação em feiras, rodadas de negócio. A região é bastante interessante para o suco, já que há restrições para o consumo de bebidas alcóolicas pela população por questões religiosas nos países árabes”, observa Sinigaglia.
A missão brasileira envolveu cerca de 30 empresas dos setores de alimentos e bebidas, casa e construção e máquinas e equipamentos. A Arábia Saudita é a maior economia do Oriente Médio e o maior produtor mundial de petróleo. Com 20% da população dos países da região, é também o maior mercado consumidor e maior parceiro comercial do Brasil na região. Já os Emirados Árabes Unidos apresentam vantagens para os exportadores brasileiros como um alto grau de abertura comercial e a melhor infraestrutura do Oriente Médio para distribuição a países vizinhos.
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