quinta-feira, 21 de abril de 2011

Suco de sabor uva é o mais consumido do Brasil


O suco de uva derrubou o de laranja na preferência dos brasileiros
Foto Ibravin
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A tradicional hegemonia do suco de laranja foi enfrentada por outros sabores de frutas, e foi derrubada pela uva, nova líder de mercado em 2010.
Os sucos do sabor uva são os mais consumidos no Brasil atualmente. A informação foi revelada no 1º Seminário do Suco de Uva, realizado na terça-feira (19), na Sala de Eventos do CIC (Centro da Indústria e Comércio) de Bento Gonçalves, no Parque da Fenavinho, numa promoção do Ibravin (Instituo Brasileiro do Vinho) e do Ibraf (Instituto Brasileiro de Frutas), em parceria com a Apex-Brasil, e patrocínio do Sebrae. Em 2010, foram consumidos 550 milhões de litros de sucos de todos os sabores no Brasil. Desse total, o consumidor levou para casa 152 milhões de litros (27%) de suco de sabor uva, incluindo néctares (com até 50% da fruta) e produtos 100% natural.
Até 1999, o Brasil viveu a “Era do suco de laranja”, mas com um volume de venda baixo, de aproximadamente 100 milhões de litros. Depois desta data, começou a “Era do sabor”, com outras frutas dominando o mercado. “Desde 2005, temos uma alternância de sabores de fruta na liderança do consumo de sucos no País”, destaca José Carlos Estefenon, da Natural Products, empresa integrante do Programa de Desenvolvimento Setorial do Suco de Uva, criado em agosto de 2009, pelo Ibravin e pelo Ibraf. Em 2005, foi maracujá, depois passou para o pêssego e agora é a uva. No ano passado, depois do suco de uva – novo líder de mercado – o sabor mais consumido foi pêssego. O suco de laranja ficou em 3º lugar. “Podemos estar começando a Era do suco de uva”, afirma a coordenadora do Programa de Desenvolvimento Setorial do Suco de Uva, Raquel Rohden.
O consumo per capita de suco no Brasil é de 2,9 litros por pessoa. Outros países consumem muito mais, mas os sabores preferenciais são laranja e maça. Stefenon lembra que o consumo de suco de uva está em crescimento no Brasil, com 0,9 litro per capita. “É um fenômeno brasileiro interessante”, opina. Na Argentina e na Europa, por exemplo, onde o consumo de vinho é uma tradição, o consumo per capita de suco de uva é pequeno, de 0,20 e 0,30 por pessoa, respectivamente. Nos Estados Unidos, porém, que é um mercado consolidado para o suco de uva, o consumo é de 2 litros per capita. “A pergunta é até quando vamos crescer?”, questiona Stefenon.
O seminário abordou ainda as novas tendências no mercado nacional e mundial de sucos, em palestra da ABIR (Associação Brasileira de Indústrias de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoolicas). Raquel Rohden falou sobre as ações do Programa de Desenvolvimento Setorial do Suco de Uva, que já conta com a adesão de 12 empresas – Casa de Madeira, Catafesta, Cooperativa Aurora, Cooperativa Aliança, Cooperativa Garibaldi, Cooperativa Monte Vêneto, Irmãos Molon, Natural Products (Suvalan), Vinícola Muraro, Vinícola Galiotto, Vinícola Menakaho e Terragnolo. “O objetivo do programa é divulgar o suco de uva 100% natural, sem adição de água, nem açúcar, que tem maior valor agregado”, diz ela.
Além de tratar da produção suco de uva em panela extratora, que produz 8 milhões de litros por 400 agroindústrias, orientando os produtores presentes sobre a elaboração deste produto, o seminário abordou as novas tendências no mercado nacional e mundial de sucos. O evento ainda abordou a promoção do suco de uva 100% natural pronto para beber entre os consumidores, analisando estratégias de marketing e comunicação, e analisou o mercado do Oriente Médio, um dos principais alvos do programa.

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