terça-feira, 19 de abril de 2011
Mais duas ações para o Programa de Fortalecimento da Ovinocultura Gaúcha
Secretário Luiz Fernando Mainardi ouve explanação de Marcio Aguinsky na Dedo Verde
Foto: Fernando Dias/Fepagro
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Mais duas ações do Programa de Fortalecimento da Ovinocultura Gaúcha foram anunciadas, dia 12 de abril, pelo secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul, Luiz Fernando Mainardi, em visita ao Centro de Ensino e Pesquisa em Ovino(Cepo), unidade da Fundação de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), localizada em Viamão. A intensificação das
pesquisas em parceria com as universidades e a formação de um grupo de trabalho para elaborar um projeto de expansão da ovinocultura de leite no Estado são as medidas anunciadas.
A unidade, que funciona em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Associação Riograndense de Criadores de Ovinos e Escola Técnica de Agropecuária (Eta) de Viamão, segundo o secretário, será fortalecida para funcionar como referência do Estado para pesquisas, ensino e capacitação em ovinocultura. “Uma das primeiras medidas será priorizar a nomeação de pesquisadores e funcionários de apoio aprovadas em concurso para esta unidade”, adiantou Mainardi, que aguarda relatório do diretor Flavio Albite para encaminhar as demais demandas.
“Aqui vamos intensificar a parceria com a Ufrgs, vamos ampliar as linhas de pesquisa e funcionar como centro de formação e capacitação de produtores e de mão de obra”, informou Mainardi, que pretende definir com o diretor da Fepagro, Danilo Santos, duas outras unidades, localizadas na metade sul, para funcionarem como validadoras dos conhecimentos gerados no CEPO.
Em visita à Cabanha Dedo Verde, na região da Estância Grande, também em Viamão, Mainardi conheceu o programa desenvolvido pela empresa que industrializa os produtos Lacaune, feitos a partir do leite ovino. Produzindo os queijos tipo Feta e Roquefort, os produtores Paulo e Marcio Aguinsky, vem trabalhando com ovinos da raça Lacaune Lait desde 1993. Hoje, importam leite de Santa Catarina para a industrialização e mesmo assim mantém uma ociosidade de seu parque industrial de 70%, que tem capacidade para processar até três mil litros/dia.
“Esta pode ser uma boa alternativa, porque além do leite, podemos produzir carne de excelente qualidade, proporcionando renda aos produtores”, justificou o secretário Mainardi, para logo em seguida acrescentar que a idéia inicial é encarneirar a partir de dezembro cerca de cinco mil ovelhas das raças corriedale e texel e, com isso, assegurar para os próximos dois anos no mínimo duas mil ovelhas em lactação.
Um problema sobre a produção de lácteos ovinos que o secretário não tocou é o do alto custo de produção e, consequentemente, dos produtos leite e queijo. Na Europa, principalmente na França, o famoso e preferido queijo de ovelha é subsidiado e, por isso, pode ser consumido por quase toda a população. Aqui, queijos de 180 e 270 dias custam R$ 80,00 o quilo e um de 90 dias custa R$ 70,00 o quilo. Não é qualquer um que pode consumir. Na França, o quilo custa em torno de R$ 10,00. Tudo porque o subsídio que o governo dá aos criadores de ovelhas chega a US$ 50 por fêmea. Assim, até eu seria criador de ovinos e produtor de queijo de ovelha!
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