quarta-feira, 25 de maio de 2011

Moscatéis de Farroupilha são premiados no exterior


Monte Paschoal Frisante levou Medalha de Bronze

Monte Paschoal Espumante ganhou Menção Honrosa.
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Espumante e frisante da Vinícola Basso destacam-se em Londres, valorizando a importância do projeto de Indicação Geográfica para o município. A Basso Vinhos e Espumantes, empresa que faz parte da Associação Farroupilhense de Produtores de Vinhos, Espumantes, Sucos e Derivados (Afavin), teve três produtos premiados no The International Wine Challenge 2011, um dos principais e mais representativos concursos internacionais, realizado em Londres. O frisante Monte Paschoal Suave, elaborado com variedades de uva moscato, e o Monte Paschoal Merlot 2009, foram agraciados com Medalha de Bronze, enquanto o espumante Monte Paschoal Moscatel Branco recebeu Menção Honrosa. Essa participação, segundo o presidente da Afavin, Tiago Tonini, é significativa para o projeto que visa obtenção da Indicação Geográfica para as bebidas moscatéis de Farroupilha, que está sendo desenvolvido pela associação em conjunto com Embrapa Uva e Vinho. “Trata-se do reconhecimento da qualidade dos produtos moscatéis do município, o que reforça a nossa identidade e o foco para o qual direcionamos o projeto da Indicação Geográfica, além de evidenciar a importância desse nicho para setor vitivinícola local”, salienta.
Os resultados do concurso, que havia sido realizado no período de 11 a 21 de abril, foram anunciados no dia 17 de maio, sendo que os produtos farroupilhenses figuraram entre 25 premiações conferidas a vinhos brasileiros. Foram dez medalhas – uma de Ouro, quatro de Prata e cinco de Bronze - e 15 Menções Honrosas, evidenciando os produtos nacionais entre mais de 12 mil amostras inscritas por 48 países. A participação brasileira foi organizada pela Associação Brasileira de Enologia (ABE), em parceria com o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin).
O pesquisador da Embrapa Uva e Vinho, Mauro Zanus, que fez parte do corpo de jurados, ficou impressionado com o profissionalismo e a capacidade de contextualização dos escritores e jornalistas que integraram o grupo avaliador. "Eles descrevem o vinho de forma magnificente, diferenciada. São muito exigentes e, por isso, exercem grande poder na formatação do mercado internacional de vinhos, ditando novas tendências, que a indústria vinícola mundial procura acompanhar com rapidez", explica. O pesquisador acrescenta que o mercado externo espera que o Brasil aposte em vinhos jovens, frescos e frutados, valorizando as características do terroir brasileiro. "O Brasil já é conhecido por estes formadores de opinião, que sugerem trabalhar no fortalecimento de características de diferenciação dos nossos produtos", afirma.

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