quarta-feira, 25 de maio de 2011
Brasil ganhou 1ª medalha de ouro no Wine Challenge em Londres
Alguns dos vinhos brasileiros premiados em Londre
Foto Ana Rojas-Ibravin
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Participação histórica dos vinhos brasileiro em um dos mais prestigiados concursos de vinho do mundo rendeu o recorde de 25 medalhas recebidas este ano, 150% a mais do que na edição passada. Do total de amostras enviadas, 69,4% foram premiadas. O Brasil conquistou a sua primeira medalha de ouro no International Wine Challenge 2011, um dos concursos independentes de vinhos mais prestigiados e influentes do mundo. Os resultados do Desafio 28 do Wine Challenge foram anunciados na abertura da London International Wine Fair (LIWF), nesta terça-feira (17), em Londres, Inglaterra, consagrando o espumante Grand Legado Brut Champenoise, da vinícola Wine Park, como o primeiro rótulo verde-amarelo a receber ouro no concurso, disputado por mais de 12 mil amostras de 48 países.
Das 36 amostras enviadas de vinhos brasileiros, 69,4% foram premiadas no Wine Challenge, somando 25 medalhas, um crescimento de 150% em relação ao ano passado. No Desafio 27 do concurso, em 2010, foram enviadas 32 amostras de vinhos e espumantes, que resultaram em 10 medalhas para os rótulos verde-amarelos. Além da inédita medalha de ouro, quatro produtos receberam medalha de prata (no ano passado, apenas um rótulo ganhou prata), e cinco medalhas de bronze (em 2010, foram três bronze). Quinze (15) vinhos e espumantes brasileiros ganharam Menção Honrosa (na edição passada, foram seis). “É uma conquista incrível, um reconhecimento muito importante para as vinícolas brasileiras”, afirma a gerente de Exportação do projeto Wines of Brasil, Andreia Gentilini Milan. “É emocionante ganhar o primeiro ouro no Wine Challenge, surpreendendo a organização do evento, que achava que iria demorar mais para isso acontecer”, destaca. “O expressivo aumento no número de medalhas, que consagra uma participação histórica dos vinhos brasileiros, mostra a evolução dos nossos produtos ao longo dos anos e o reconhecimento internacional à qualidade da produção vitivinícola brasileira”, observa Andreia.
Aurora (4 medalhas), Basso (3), Salton (3), Wine Park (2), Geisse (2), Pizzato (2), Serra Gaúcha (2), Domno (2), Góes e Venturini (1), Miolo (1), Lidio Carraro (1), Don Giovani (1) e Santo Emílio (1) foram as vinícolas que tiveram produtos premiados. Este ano, o Wine Challenge teve a participação de mais de 12 mil amostras de vinhos, com um número recorde 48 países produtores, dois a mais do que no ano passado. Ao contrário da edição passada, quando os espumantes receberam nove das dez medalhas concedidas aos vinhos brasileiros, este ano ocorreu um equilíbrio entre vinhos e espumantes verde-amarelos premiados. Das 25 medalhas, 14 (56%) foram para espumantes e 11 (44%) para vinhos, entre eles um frisante. “Isso demonstra o progresso do vinho brasileiro e a continuidade do bom conceito aos nossos espumantes”, comenta Andreia.
A participação brasileira no Wine Challenge foi organizada pela Associação Brasileira de Enologia (ABE). Em parceria com o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), ocorreu a primeira participação de um jurado brasileiro do concurso. Foi o pesquisador da Embrapa Uva e Vinho, Mauro Zanus, que já foi convidado para ocupar uma vaga entre os degustadores no próximo ano.
Conforme o embaixador do Wine Challenge, Thiago Mendes, o concurso londrino é a principal referência dos compradores ingleses. “Isso porque os consumidores dificilmente compram vinhos que não tenham recebido uma medalha ou ao menos a menção honrosa do Challenge”, explica. A medalha de ouro é concedida a vinhos que alcançam de 96 a 100 pontos; a prata, de 91 a 95; e a bronze, de 86 a 90. Entre 80 e 85, é menção honrosa. “Devido a grande diversidade na oferta de vinhos, de vários países do mundo, o consumidor usa como orientação os prêmios recebidos no Wine Challenge”, diz Mendes. “Precisamos ter uma participação maior de vinhos brasileiros”, alerta. “Não é à toa que os franceses, os portugueses e os australianos ganham a maioria das medalhas, porque o número de vinhos inscritos destes países é muito grande”.
O projeto Wines of Brasil, realizado pelo Ibravin e pela Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), faz a sua sétima participação consecutiva na LIWF, de hoje (17) até quinta-feira (19), em Londres. Dez vinícolas participam do estande coletivo, que conta com o apoio do governo do Estado do Rio Grande do Sul, por meio da Secretaria Estadual de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI), representada na feira pelo diretor do Departamento de Articulação Internacional, Somchai Ansuj, e pela assessora técnica Leila Dias. Aurora, Basso, Casa Valduga, Lidio Carraro, Miolo, Pizzato e Salton, mais a trading Suriana, com as vinícolas butique Cordilheira de Santana, Piagentini e Santo Emilio, formam o time brasileiro no estande de número K43, de 90 metros quadrados, no centro do pavilhão principal do ExCel, à beira do rio Tâmisa.
Segundo a organização do evento, o Wine Challenge 2001 distribuiu 5.177 medalhas, sendo 406 de ouro, 1.687 de prata e 3.024de bronze. A França ganhou 98 medalhas de ouro, a Austrália 61 e Portugal 42. A França também foi o país mais premiado, com 1932 medalhas; a Austrália ficou em 2º, com 1.070 e a Itália em terceiro, com 979.
Vinhos brasileiros premiados no International Wine Challenge 2011:
Medalha de ouro
– Gran Legado Brut Champenoise – Vinícola Wine Park
Medalha de prata
– Don Giovani Rosé – Vinícola Don Giovani
– Aurora Brut Chardonnay – Vinícola Aurora
– Salton Virtude Chardonnay 2009 – Vinícola Salton
– Talento 2006 – Vinícola Salton
Medalha de bronze
– Aurora Brut Pinot Noir – Vinícola Aurora
– Dádivas 2009 – Lidio Carraro
– Monte Paschoal Frisante – Vinícola Basso
– Monte Paschoal Merlot 2009 – Vinícola Basso
– Alisios dp Seival Pinot Grigio/Riesling 2010 – Vinícola Miolo
Menção honrosa
– Aurora Brut – Vinícola Aurora
– Aurora Moscatel – Vinícola Aurora
– Ponto Nero Brut – Domno do Brasil
– Ponto Nero Moscatel – Domno do Brasil
– Concentus 2005 – Pizzato
– DNA99 2005 – Pizzato
– Salton Desejo 2006 – Salton
– Cave Geisse Nature 2009 – Geisse
– Cave Geisse Terroir Nature 2006 – Geisse
– Casa Venturini Reserva Chardonnay 2009 – Góes e Venturini
– Monte Paschoal Mscatel – Vinícola Basso
– Leopoldo 2007 – Santo Emílio
– Bacchio Brut 2010 – Vinícola Serra Gaúcha
– Bacchio Moscatel 2010 – Vinícola Serra Gaúcha
– Gran Legado Brut Charmat – Vinícola Wine Park
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