Referência em padaria moderna e produtos de qualidade, a Barbarella, em Porto Alegre, consolida também seu apelo cultural. De mansinho, a programação da casa vai abrindo espaço para novas iniciativas e consagradas inspirações, além de bons pães e grandes vinhos. Esta semana além do Bread & Wine, teremos uma nova edição do Papo com Pão, enveredando pelos caminhos do teatro. Agende-se e divirta-se.
Quarta-feira, com vinhos e sopa no pão, e quinta feira, com pão, vinho e teatro!!!
Bread & Wine: Shrimp chowder no pão, Gran Rose Brut da Villa Bari e Pinot Noir da Patagônia.
A americaníssima sopa denominada chowder tem origem, pasmem, francesa! Esta sopa cremosa é difundida e reverenciada nos EUA, mas veio da França e seu nome vem da palavra chaudière, cujo significado é caldeirão (pois é nele que os pescadores franceses preparavam uma sopa à base de frutos do mar).
Existem dois tipos de chowder, ambos trazidos para a América do Norte pelos imigrantes ingleses: o estilo New England, com leite e creme, e o estilo Manhattan, cuja base é o tomate.
Um verdadeiro chowder pode ser feito a partir de vários frutos do mar e legumes. A maneira mais difundida é a de mariscos, batatas e cebola ao creme. Em São Francisco, conferimos o que há de melhor em termos desta proposta, principalmente no Píer 39 do Fisherman’s Wharf. Uma revelação...
Na Barbarella o chowder à moda New England, cuja base cremosa sustenta cebolas e batatas, mas em vez do clássico marisco (clam chowder), usa-se camarão, formando um shrimp chowder que pode vir na louça ou - novidade!!! - dentro do pão, como em San Francisco, faltando apenas a ilha de Alcatraz ao fundo para viajarmos na primeira colherada.
Gran Rose Brut Villa Bari, Brasil.
A Villa Bari é uma vinícola butique que elabora, em Porto Alegre, pequenas quantidades de grandes vinhos. O Gran Rose Brut é uma novidade que leva 50% de Pinot Noir e 50% de Chardonnay, ferozmente equilibradas. Visualmente, segue o tom de melancia bem claro, com toques de salmão. Pelo aspecto visual, o Gran Rose induz o apreciador a pensar que se trata de um espumante safrado. No paladar, contudo, mostra frescor e vivacidade carregados pelo perlage abundante. No final de boca, é austero e essa proposta multifacetada torna sua harmonização um pouco difícil, porém, parece ter sido feito para um prato do cardápio da Barbarella,que é igualmente temperamental para fechar com um par: a shrimp chowder.
Pinot Noir Reserva Malma, Argentina.
A Bodega NQN, localizada na Província de Neuquén, na Patagônia, elabora uma linha de vinhos chamada Malma, que no idioma dos mapuches, uma tribo indígena que habitava essa região, significa orgulho. Uma característica dos vinhos dessa linha é possuir cor intensa e profunda.
Mesmo com um teor alcoólico elevado, há nos vinhos Malma corpo moderado, além de muita fruta no aroma e paladar, seguindo a tendência dos de estilo jovem e moderno. O Pinot Noir preenche bem a boca e se apresenta com notas de frutas vermelhas integradas aos taninos macios e adocicados. Para acompanhar a shrimp chowder, aconselha-se o Pinot Noir pelo apelo de fruta suculenta e untuosidade acima da média, pronta para escoltar a sopa cremosa.
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