O jornal da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos, sob coordenação do jornalista Nelson Moreira, melhorou muito em suas últimas edições. Nesta mais recente, tem excelentes reportagens. Uma chamou a atenção do zootecnista Paulo de Tarso dos Santos Martins:
“Como vários outros estabelecimentos Brasil afora, a Cabanha Mantovinos,de Porangaba, SP (próximo a Sorocaba),optou por produzir ovinos de forma intensiva.
Para o proprietário, zootecnistaRenato Mantovani, a viabilidade para uma propriedade de pequeno porte obter sucesso com uma criação intensiva de ovinos está na dependência de vários fatores,com especial destaque para a área da alimentação.
“Esta foi minha opção, e como produzo numa área pequena, não há outra saída senão verticalizar para obter resultados econômicos compensadores”, diz. Atualmente a cabanha opera com um plantel de 600 cabeças, numa área de pastagens de 60 hectares. “Meu objetivo é chegar às 1.200 cabeças”, diz o criador.
Renato Mantovani, que trabalha com a raça Texel (cruzamentos absorventes), re-
vela ter iniciado seu projeto pela utilização de espécies forrageiras de elevado potencial produtivo e de bom valor nutritivo, citando como exemplos o capim Aruana e o Tifton 85.
“Assim posso manter uma boa lotação e uma alimentação ideal para o inverno (alimento
conservado). Ele igualmente destaca a construção de um bom centro de manejo, para dar condições de trabalho, além de um dedicado funcionário e uma correta assistência
técnica. “O funcionário será a sua sombra. E o veterinário, seu médico de família”,
brinca o produtor.
Na opinião do criador, a cerca elétrica funciona bem, limitando os piquetes nas
pequenas propriedades. “Mas no meu caso não uso, porque na época do inverno, quando
preciso aumentar o tempo de pastejo,não consigo, porque a cerca não segura os
animais. Assim, ao menos no meu caso, a cerca elétrica somente é uma ferramenta viável quando existe fartura de pasto”, avalia.
Olho vivo na sanidade
Juntamente com a alimentação, Renato Mantovani atribui grande importância à sanidade
dos animais, que segundo ele, precisa ser constantemente controlada. “Tenho que tomar cuidado com a verminose, por exemplo,que é controlada com OPG e o método Famacha, tudo isso aliado a uma correta nutrição”,revela. Na criação da Cabanha Mantovinos,as fêmeas (matrizes) permanecem a pasto o ano inteiro, mas na fase de parição ficam em piquetes mais próximos da sede, onde recebem a necessária suplementação.
Depois de paridas, ficam confinadas de 10 a 15 dias com os cordeiros e então é feita
a mamada controlada, onde o cordeiro fica confinado e a mãe volta ao pasto, até o cordeiro atingir seus 60 a 70 dias, quando é realizada a desmama. O cordeiro fica no
confinamento ate o abate – de 80 a 150 dias – período no qual alcança o peso de
35 a 40 kg. Os abates são realizados no frigorífico Cowpig, em Boituva, SP, que é uma empresa parceira do Núcleo Sul Paulista de Criadores de Ovinos (com sede em Itapetininga), ao qual Mantovani é filiado.
Renato Mantovani sintetiza a questão a partir do seguinte esquema:
- Onde chegar = viabilidade econômica
- Principais caminhos = raça, genética,venda de carne, animais, etc.
- Principais regras = animais saudáveis,produtivos e bem conformados
- Atenção permanente = respeito ao bem estar animal, ao meio ambiente, ao controle
sanitário “e muito trabalho, sem o qual não se chega a lugar algum”, afirma.
Fonte: Jornal ARCO
Os endereços do Paulo de Tarso: Zoot. Paulo de Tarso "Há 23 anos na produção animal do MT" - CRMV-Z 070MT - 65 3682 1346/65 8119 7168/65 9604 8162.
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