As exportações de vinhos e espumantes brasileiros das vinícolas que integram o Projeto Wines From Brazil (WFB) somaram US$ 582 mil no primeiro trimestre deste ano, valor 18,5% superior aos US$ 491 mil obtidos no mesmo período do ano passado. Os números foram anunciados, terça-feira, dia 6, em São Paulo, na Expovinis 2009, pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), por meio da gerente de Promoção Comercial do WFB, Andreia Gentilini Milan. “É um grande resultado, sobretudo neste período de incertezas marcado pela crise econômica mundial”, afirmou ela. Realizado em parceria com Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o WFB envolve 36 vinícolas, duas a mais do que em 2008. Destas, 24 vinícolas do WFB realizaram exportações nos primeiros três meses do ano.
Mas se a crise econômica internacional não prejudicou a comercialização de vinhos e espumantes brasileiros para o exterior, afetou a rentabilidade das vinícolas. O preço médio caiu de US$ 4,56 o litro para US$ 1,96, demonstrando que as empresas tiveram de se adequar ao cenário atual de instabilidade na economia global. “Os Estados Unidos e a Alemanha, que são os grandes importadores do vinho mundial, buscaram produtos mais econômicos neste período para enfrentar a turbulência econômica em seus mercados”, avalia Andreia. Ela destaca que só foram exportados vinhos finos pelo grupo de vinícolas do WFB no período. “Com a readequação dos preços, os vinhos de mesa ficaram de fora das exportações do projeto neste primeiro trimestre”, observou.
O quadro alterou o mapa de destino das exportações brasileiras de vinhos e espumantes. Liderado no ano passado por Holanda, Estados Unidos e Alemanha, o ranking do primeiro trimestre de 2009 revela novidades, com Portugal no topo do ranking de compradores das vinícolas verde-amarelas. Em 2008, o país ficou de fora da lista dos 10 maiores comprovadores de vinhos e espumantes do Brasil, que tinha ainda Suíça, Reino Unido, Austrália, Japão, República Tcheca e Canadá.
Em janeiro, fevereiro e março deste ano, foram comercializados US$ 168,9 mil para Portugal, país que, no mesmo período do ano passado, não teve registros de exportações do Brasil. “O resultado tem uma explicação lógica: uma vinícola, a Rio do Sol, tem um centro de distribuição em Portugal, de onde manda seus vinhos para toda a Europa”, revelou Andréia.
O segundo lugar ficou com o Japão, o 3º, com a Alemanha, e o 4º com a Angola, destino de 10% do valor total exportado pelo WFB, sendo que não ocorreu exportação no primeiro trimestre de 2008. A Holanda ficou na 5ª posição, seguida de República Tcheca, Suécia, Estados Unidos, Hong Kong, Suíça e Luxemburgo.
Em 2008, foram exportados US$ 4,68 milhões – o dobro das vendas de 2007, que renderam US$ 2,34 milhões. O objetivo para este ano é exportar US$ 6 milhões, com a comercialização de 4 milhões de litros.
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