O vinho tannat está na moda porque algumas pesquisas concluíram que ele ajuda a retardar o envelhecimento. Como a turma não quer saber de envelhecer, está bebendo mais tannat. No Brasil, a verdadeira mão na roda veio do Globo Repórter, da TV Globo, que ressaltou, recentemente, as qualidades do tannat para o coração.
A Globo.com explicou que a variedade tannat, que produz um vinho de vermelho intenso, foi levada da França, no fim do século 19 para o Uruguai. O nome tannat se deve à forte presença de taninos, que são antioxidantes naturais: combatem o envelhecimento precoce e ajudam a prevenir doenças, entre elas, alguns tipos de câncer.
Para satisfasção do meu amigo Javier Carrau, que produz alguns dos melhores tannats do Uruguai, inclusive na minha terra, Sant´Ana do Livramento-Rivera, uma pesquisa do Instituto Clemente Estábile, em Montevidéu, comparou três variedades de vinhos produzidos no Uruguai: Tannat; Merlot e Cabernet Sauvignon. A pergunta era: qual dos três tipos de vinho seria capaz de retardar por mais tempo a decomposição em cérebros de ratos? O vinho Tannat obteve, de longe, o melhor resultado. Não somos ratos, mas padecemos do envelhecimento como eles.
"Todos nós temos defesas que são capazes de contra-atacar os radicais livres, mas, quando eles estão em uma quantidade excessiva, nossas próprias defesas não são suficientes. Então, os antioxidantes vão ajudar o organismo a atacar esses radicais livres e a melhorar certas enfermidades onde se produz isso", explicou a bioquímica Carolina Echeverri.
Aqui em Porto Alegre, pesquisadores da PUC-RS também compararam vários tipos de vinho tinto e encontraram no Tannat uma elevada quantidade de resveratrol, um antioxidadente potente, batizado de elixir da juventude. "O resveratrol é um antioxidante diferente porque atua em uma proteína chamada cirtuina, que está ligada ao envelhecimento. Essa proteína evita doenças do envelhecimento, como Mal de Parkinson, Mal de Alzheimer e doenças cardiovasculares", diz o químico André Arigony.
O cardiologista e professor da Universidade Católica de Montevidéu, Ricardo Benedetti, indica o Tannat para seus pacientes, mas alerta: "Se você já é consumidor de vinho, siga tomando em doses pequenas, porque o vinho pode, em quantidades grandes, levar ao vício e aí entra em outro problema".
Os pacientes que seguem a recomendação perceberam melhoras. O narrador esportivo Carlos Munhoz toma uma taça de Tannat por dia no jantar. E diz que o bom colesterol subiu de 50 para 60 miligramas, o que afasta o risco de um infarto, por exemplo. "Estou me sentindo melhor", afirma Carlos Munhoz.
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