Eu sempre gostei de espumante rosé, os quais aprendi a beber com o enólogo Adolfo Lona, nos tempos da De Lantier. Noite destas, me deu vontade de beber um espumante rosé e escolhi em minha adega um Cordelier Brut Rosé elaborado pelo método charmat e não me arrependi. Era uma das 6.001 garrafas preparadas com um vinho merlot safra 2008, com aroma, sabor e visual bem caracterizados.
Coloração vermelho-romã, de média intensidade,mostrou perlage fino e intenso, formando um colarinho bastante persistente. No aroma, características bastante joviais, frutadas, percebendo-se morango, ameixa preta e cassis, com um leve toque amanteigado. Seu paladar é volumoso e agradável, com uma excelente relação álcool-acidez. Acho que irá muito bem com a culinária oriental.
Quando estive na Cordelier, Dom Ziero já havia me dito que o Espumante Cordelier Brut Rosé seria obtido pelo Método Charmat Longo, a partir de um vinho base da variedade merlot, safra 2008. As uvas foram desengarçadas, esmagadas e seu mosto permaneceu 24 horas em maceração a frio, para melhor extração de aromas, taninos e cor vindos das cascas. No momento em que o mosto flor foi retirado, se obteve coloração vermelho-romã, de média intensidade. A condução da fermentação se deu com temperatura controlada e uso de leveduras especialmente selecionadas, durando entre 18 e 20 dias. Após a fermentação, foi feita clarificação deste já pronto vinho base. Para a tomada de espuma foi adicionada uma pequena quantidade de açúcar e leveduras, dando início ao processo de segunda fermentação, feito em autoclaves com rígido controle de temperatura. Após, o espumante ficou o tempo necessário em contato com as leveduras para que acontecesse o processo de autólise. Este período durar de 45 a 60 dias. Em seguida, o espumante foi estabilizado, filtrado e, posteriormente, engarrafado. O espumante ainda ficou um período em repouso nas caves, antes de ser comercilizado, inclusive com exportação de mais de duas mil garrafas.
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