Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Pernambuco estão próximos de criar uma Rede Nacional de Ciência e Tecnologia da Vitivinicultura. O governo do Estado do Rio Grande do Sul, por meio do secretário de Ciência e Tecnologia, Artur Lorentz, comunicou seu apoio à constituição da rede nesta sexta-feira (22), em Farroupilha, na Casa Perini, em reunião-almoço promovida pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) com lideranças de entidades e instituições ligadas ao setor vitivinícola. O investimento previsto para este ano é de R$ 1,5 milhão, sendo R$ 1 milhão do Ministério da Ciência e Tecnologia e o restante vindo de contrapartida de cada um dos três estados participantes.
“Pela experiência e competência histórica adquirida, o Rio Grande do Sul tem como liderar a criação desta rede”, afirmou Lorentz. O vice-presidente do Conselho Deliberativo do Ibravin, Arnaldo Passarin, apontou que “a inovação fará com que o setor possa concorrer globalmente”.
A Rede Nacional de Ciência e Tecnologia da Vitivinicultura, cujo projeto foi desenvolvido pelo pesquisador da Embrapa José Fernando da Silva Protas, será um órgão de articulação para atrair recursos destinados ao investimento em pesquisa e modernização do setor no Brasil.
“O presente e o futuro pedem inovação constante”, destacou o diretor-executivo do Ibravin, Carlos Raimundo Paviani. O chefe-geral da Embrapa Uva e Vinho, Lucas Garrido, falou que o entendimento com o governo federal está bem adiantado. “Já conversamos com o ministro Sérgio Rezende que prometeu todo o apoio para a constituição da rede desde que os estados assumam a contrapartida”, revelou.
O supervisor de Comunicação e Negócios da Embrapa, Alexandre Hoffmann, informou que 14 instituições dos três estados já aderiram como parceiras do projeto. “A ideia é conseguirmos apoio de outras entidades e associações e, posteriormente, termos a adesão de outros estados como São Paulo, Paraná e Minas Gerais, por exemplo”. Ele adiantou que, para 2010, a previsão é de investimentos na ordem de R$ 5 milhões – R$ 3 milhões do governo federal.
Conforme Lorentz, a criação da Rede Nacional de Ciência e Tecnologia da Vitivinicultura passará agora a ser tratada no âmbito legal pelo governo do Estado, que em seguida confirmará a iniciativa formalmente ao Ministério de Ciência e Tecnologia. “Acreditamos que podemos começar o projeto no segundo semestre”, estima. A decisão cabe ao ministro Sérgio Rezende, que conheceu o projeto no início do ano, trazido pelo deputado estadual Adão Villaverde.
Esta é uma ação fundamental para enfrentarmos a concorrência dos vinhos importados”, comenta o diretor do Instituto Federal Rio-grandense (IFRS), antiga Escola de Enologia, Eduardo Giovannini. “A rede pode auxiliar em atividades práticas, como a compra de materiais para dar suporte às análises que reforçam a fiscalização sobre a qualidade dos vinhos produzidos no País”, disse o chefe do Laboratório de Referência Enológica do Estado (Laren), Plínio Manosso.
O diretor técnico da SCT, Julio César Ferst, também participou do encontro, que teve a presença de lideranças da Associação Gaúcha de Vinicultores (Agavi), Federação das Cooperativas Vinícolas (Fecovinho), Associação Brasileira de Enologia (ABE), União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra), Comissão Interestadual da Uva (STR), Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio (Seappa), Sindivinho-RS e Sindirural-Caxias.
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