No encontro de quarta-feira, no Palácio Piratini, em Porto Alegre, os representantes da Comissão Interestadual da Uva, entidade que reúne produtores do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, também solicitaram ao governo do Estado ajuda para sensibilizar a União a adotar mecanismos que garantam o cumprimento do preço mínimo da uva - de R$ 0,46 o quilo - conforme portaria do Ministério da Agricultura. Algumas indústrias chegaram a pagar apenas R$ 0,10 pela uva da atual safra.
Na reunião, o grupo solicitou maior rigor na fiscalização de vinhos e derivados, especialmente os que são vendidos a granel ou tenham ingressado ilegalmente no país. O grupo foi recebido quarta-feira (13) pelo chefe da Casa Civil, José Alberto Wenzel, junto com o secretário da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio, João Carlos Machado.
"O governo do Estado tem feito tudo o que pode para defender o setor e qualificá-lo. Precisamos que ele seja parceiro e ajude a convencer o governo federal a adotar medidas que garantam o preço mínimo, de R$ 0, 46, algo que não está ocorrendo", afirmou o coordenador da Comissão Interestadual da Uva, Olir Schiavenin, ressaltando que há produtores comercializando o produto com preços inferiores.
Os vitivinicultores, que estiveram acompanhados pelos deputados estaduais Edson Brum, Gilberto Capoani e Adão Villaverde, além de representantes dos deputados Alberto Oliveira, Álvaro Boésio, João Fischer e Heitor Schuch, pediram a apoio do Estado para que somente seja concedido o crédito presumido do ICMS do vinho para as indústrias que comprovarem o cumprimento do pagamento do preço mínimo da uva. Pedem que a Receita Federal adote o selo de controle fiscal para o vinho, conforme decisão da última reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Uva, Vinhos e Derivados da Uva e do Vinho. O setor, composto por 100 mil famílias, é responsável por uma produção de 600 mil toneladas. Na região é produzido cerca de 90% do vinho consumido no país.
Wenzel disse que o assunto será encaminhado às secretarias da Fazenda e do Planejamento e Gestão para que, juntamente com a Casa Civil e a Agricultura, encontrem a melhor alternativa para o setor. "O governo, seguindo orientação da governadora Yeda Crusius, vem priorizando o setor primário, que é vital para a economia do Estado. Estamos criando as condições para que haja o desenvolvimento da cadeia da vitivinicultura", disse.
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