sexta-feira, 15 de julho de 2016

Muito além da Cabernet Sauvignon


Muitas das uvas tintas e brancas usadas na produção de vinhos finos ainda são pouco conhecidas, mas dão origem a produtos de boa qualidade e ganham espaço no mercado
Estima-se que existam mais de 60 mil variedades de uvas tintas e brancas em todo o mundo, sendo que, dessas 60 mil, 10 mil são capazes de produzirem vinhos finos e essas são as chamadas vitis viníferas. Entre as vitis viníferas tintas mais comuns estão a Cabernet Sauvignon, Malbec, Merlot e Chardonnay. Mas, há um universo de uvas viníferas ainda pouco conhecido, que dá origem a vinhos de alta qualidade e conquistam cada vez mais o mercado.
A Evino, segundo maior e-commerce de vinhos do País, está sempre em sintonia com as demandas do mercado e, principalmente, de olho nas uvas que são as novas eleitas de quem não abre mão de uma taça da bebida.
Jessica Marinzeck, sommelière-chefe do e-commerce, listou exemplos de uvas que começam a ganhar atenção dos brasileiros. Confira algumas delas, a começar pelas uvas tintas.
Corvina:Uva bastante refinada, cultivada no Vêneto, região norte da Itália. É a principal uva dos famosos vinhos Valpolicella e Bardolino. Com casca grossa, seus bagos são ovais, azulados e escuros. O nome “corvina” vem da característica da cor escura, comparada às penas do corvo, em italiano, corvino. Suas cepas demoram a brotar e amadurecer, mas suas uvas dão origem a bons vinhos secos e estruturados.
Bonarda: De origem italiana, chegou à Argentina no século XIX pelos colonizadores europeus e adaptou-se muito bem. Atualmente, é uma das uvas mais cultivadas pelos hermanos, ficando atrás somente da Malbec em área de plantio. Mesmo sendo considerada uma uva que dá origem a vinhos baratos e de baixa qualidade, alguns produtores têm conseguido bons resultados com uma bebida fresca, suave e pouco complexa.
Nerelo Mascalese:Também da Itália, da região da Sicília, é considerada uma uva nobre. Por ser colhida já madura, retém bem a acidez. Como resultado, vinhos leves de corpo médio, que chamam atenção pelos aromas frutados e por serem fáceis de beber.
Primitivo: Da região italiana de Puglia é uma das uvas mais festejadas da atualidade. É a mesma uva conhecida como Zinfandel, que é cultivada na Califórnia. De cor rubi e acidez balanceada, dá origem a vinhos considerados versáteis por harmonizarem com alimentos como queijo e churrasco.
Cabernet Franc: Bastante comum na França é uma uva tinta e de aromas intensos. Muitos a consideram irmã da Cabernet Sauvignon. Apresenta bagos de cor violeta e dá origem a vinhos frescos e com textura macia. Nos últimos tempos, sua produção foi intensificada na Argentina, onde tem produzido vinhos de boa qualidade e bem aceitos no mercado.
Entre as brancas, as novidades ficam por conta da Gewurztraminer, Marsanne, Roussane e da Catarrato. Saiba mais sobre elas.
Gewurztraminer:É uma uva branca que possui na verdade uma casca pink. Essa casta é bastante aromática e de fácil percepção aos iniciantes no mundo do vinho. Ela se adapta melhor a regiões frias por isso é bastante encontrada em locais como Alemanha, Costa do Chile e Alsace, na França.
Marsanne: Uva branca de origem francesa, mais precisamente norte do Rhône e que possui pouca complexidade aromática. A Marsanne também pode ser encontrada na Austrália e nos Estados Unidos. É geralmente utilizada em blends.
Roussanne:Esse é um tipo de uva francesa, mas que também é cultivada na Itália, na Espanha e nos Estados Unidos. Costuma ser difícil de crescer e muito sensível às pragase mudanças climáticas, como vento ou excesso de sol. Depois de colhida produz vinhos encorpados e de complexidade elevada.
Catarratto: Italiana da região da Sicília é suculenta e de pele espessa. Seu desenvolvimento é simples e tem bom desempenho nos vinhedos. Costuma ter baixa acidez, alto teor de açúcar e aroma cítrico. A coloração é o amarelo dourado.
Com tanta variedade de vinhos, a dica da sommelière-chefe da Evino é não ter medo de experimentar. “Sempre que tiver oportunidade de conhecer uma nova uva, vá em frente. Amplie as referências e acumule experiências. Vale a pena”, finaliza Jessica.
Sobre a Evino

Uma das principais lojas de vinho do País, a Evino trabalha com a missão de democratizar o consumo no Brasil. Criada em abril de 2013, a empresa propõe estreitar a relação do brasileiro com a bebida, não apenas por meio de preços com descontos em relação aos valores de referência no mercado, mas também com fotos e conteúdo exclusivos, incluindo sugestões de harmonização e ocasião para o consumo. Liderada pelos sócios Ari Gorenstein e Marcos Leal, aposta em curadoria especial e reúne um portfólio com ícones do mercado e rótulos exclusivos, importados diretamente de vinícolas do Velho e Novo Mundos. Além de atuar com flash-sales, trabalha com o modelo de assinaturas, como o Clube Evino Red e Clube Evino Black.

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