Este é um Blog de Cordeiro e Vinho, como tenho escrito várias vezes, mas não nego que já fui um bom cervejeiro, daqueles de sentar à uma mesa de bar e beber 30 chopes, ou, então, de ficar à sombra de um árvore, num domingo de tarde, em companhia dos meus amigos Elmar Bones e Kenny Braga e bebermos uma caixa de 24 garrafas de cerveja, resolvendo os problemas do mundo. Este nariz de cera, como se dizia no jornalismo de antigamente, foi para justificar a nota que estou a escrever sobre um almoço no Museu Imperial, em Petrópolis, com cerveja Bohemia harmonizada com parts especiais pelo Dânio Braga.
Foi dia 2 de junho, quarta-feira, quando a Ambev reuniu jornalistas e autoridades, nas dependências do Museu Imperial, em Petrópolis, estado do Rio, para anunciar a revitalização da primeira cervejaria do Brasil, a da Bohemia, criada em 1853 e desativada em 1998, e que agora está recebendo investimento de R$ 40 milhões para a criação de uma moderna fábrica de cerveja e centro cultural e turístico, inclusive com Museu da Cerveja, restaurante, centro de eventos e escola de treinamento de mestres cervejeiros. O governador Sérgio Cabral, ao falar na cerimônia, não deixou passar em branco e disse que, dos R$ 40 milhões, R$ 20 milhões são benefícios do estado através do diferimento do ICMS.
Entre os membros da diretoria da Ambev presentes, o gaúcho Milton Seligman, atual vice-presidente Corporativo da companhia, que fez as honras da casa, pois o presidente João Castro Neves estava viajando. Seligman destacou que o setor cervejeito brasileiro vai aplicar R$ 6 bilhões em investimento, este ano, e a Ambev R$ 2 bilhões. A revitalização da fábrica da Bohemia, nas proximidades do Palácio de Cristal, emPetrópolis, está dentro desta verba, enquanto outros R$ 140 milhões serão destinados à duplicação da fábrica que a empresa possui em Águas Claras, Viamão, no Rio Grande do Sul. Segundo ele, “o parque cervejeiro brasileiro todo está transformado num canteiro de obras”, tão grande é o crescimento do consumo de cerveja no país, tanto pela consolidção do equilíbrio econômico, quanto pela chegada de novos consumidores das classes C e D que estão entrando no mercado. No primeiro trimestre, o consumo cresceu 9%.
Quanto à comida servida no almoço, Olyr Corrêa, o Dânio que me perdoe, não gostei! A entrada estava magnífica: carpaccio de contrafilé marinado servido com champignons sortidos e salteados, com pão levemente temperado, harmonizado com Bohemia Pilsen. Já nos demais, não gostei do tempero usado pelo chef. O primeiro prato – risoto de camarões VG com espinafres – foi harmonizado com Bohemia Weiss e o prato principal – vitela marinada na cerveja e abafada, servida com arroz selvagem perfumado com curry – foi harmonizado com Bohemia Confraria. Finalmente, a sobremesa – tartelete de chocolate com pistaque – foi harmonizada com Bohemia Escura. Como já disse, não gostei dos temperos dos dois últimos pratos, muito carregados, muito fortes, a vitela cozida demais e o risoto com gosto de arroz cru! O mestre Dânio Braga errou na mão – para o meu gosto.
As cervejas, todas, estavam muito boas e bebi uma garrafa acompanhando cada prato. Como nos velhos tempos!
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