Tradicionalmente, as vendas de vinhos são ruins em ano que tem Copa do Mundo e eleições. A concorrência com a cerveja sempre foi um empecilho ao maior consumo de vinho. A tese é repetida pelos vinhateiros gaúchos desde o início do ano. Mas 2010 está sendo diferente. A Vinícola Perini ampliou em 40% a comercialização nos primeiros quatro meses do ano. “E 35% do volume vendido este ano foi no mês de maio”, destaca o gerente comercial, Franco Perini, “A Copa cria novas situações de consumo, em casa e em bares. Aliada à chegada do frio, acaba gerando mais vendas, sobretudo de vinhos tintos”, observa. Perini aposta em um crescimento de 10% nas venda de vinhos em razão da Copa do Mundo.
A Cooperativa Vinícola Garibaldi segue esta mesma tendência de alta, atípica em ano de Copa e eleições. O presidente Oscar Ló projeta vender 20% a mais de vinhos tintos no inverno deste ano. O motivo, além do frio característico desta época, é a Copa do Mundo, realizada na África até o dia 11 de julho. “Os jogos da Copa acabam estimulando o consumido de bebidas em geral, mas especialmente nos estados do Sudeste e do Sul, a presença do frio beneficia a escolha pelos vinhos tintos”, afirma Oscar Ló. Ele informa que sentiu uma grande diferença nas vendas da Garibaldi nos dois últimos meses. “Em geral, os supermercados e as lojas de vinhos começam a se abastecer de produtos um mês antes de grandes eventos como a Copa”, explica. Dos 750 mil litros de vinhos (95% tintos) comercializados pela Garibaldi nos primeiros cinco meses do ano, 700 mil litros foram vendidos nos dois últimos meses. Na primeira quinzena de junho, o ritmo de compras acelerou. “Até o final da Copa, vamos ultrapassar 1 milhão de litros de vinhos colocados no mercado”, comemora Oscar Ló. O presidente comenta que, com a Copa do Mundo, as pessoas bebem vinho em dias e horários (durante o dia) que tradicionalmente não haveria consumo, como os dias de semana em que há jogos da Seleção Brasileira.
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