sexta-feira, 8 de maio de 2009

Espumantes e suco de uva batem recorde histórico

Levantamento do Instituto Brasileiro do Vinho sobre o primeiro trimestre de 2009 revela aumento de 15% na comercialização de vinhos espumantes e de 40,5% no suco de uva. A comercialização de vinhos espumantes e suco de uva foi recorde no primeiro trimestre de 2009, em relação ao mesmo período do ano passado. Em janeiro, fevereiro e março deste ano, foram vendidos 972 mil litros de espumantes, um aumento de 15% na comparação com os mesmos meses de 2008. Este é o maior volume de vendas de espumantes desde o início do levantamento, em 2001. Os dados foram apurados pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), com base no Cadastro Vinícola, e abrande as vinícolas situadas no Rio Grande do Sul, estado responsável por cerca de 90% da produção brasileira.
Entre os espumantes, o destaque foi o desempenho dos moscatéis, com 35,5% de aumento, enquanto os do tipo brut e demi-sec venderam 10,8% a mais. A tendência crescente do consumo de moscatéis é comemorada pelo gerente de Promoção e Marketing do Ibravin, Diego Bertolini. “Os moscatéis são muitas vezes o aperitivo, que leva as pessoas a consumirem espumantes secos e vinhos brancos e tintos”, afirma.

Suco de uva

O recorde de vendas também alcançou o suco de uva integral/natural, com a comercialização de 5,1 milhões de litros, 40,5% a mais do que no mesmo período do ano passado. “A difusão sempre crescente dos benefícios do suco de uva para a saúde das pessoas explica este desempenho acelerado do consumo”, explica Bertolini. O suco integral/natural não recebe adição de água nem de açúcar. Isto é comprovado observando a venda de suco de uva concentrado, que cresceu apenas 6%, e a do suco adoçado, que despencou 15%. A expectativa do Ibravin é fechar o ano com um aumento de 20% no consumo total de suco de uva no Brasil. Em 2008, o acréscimo foi de 15,6%.

Vinhos

A única diminuição verificada no primeiro trimestre de 2009 foi nos vinhos. A venda de vinhos produzidos no Rio Grande do Sul somou 39,98 milhões de litros de vinhos finos e de mesa em janeiro, fevereiro e março deste ano, ante 42,44 milhões de litros colocados no mesmo período do ano passado. O recuo foi de 5,6%.
Conforme o diretor-executivo do Ibravin, Carlos Paviani, a elevação do dólar em relação ao período anterior a outubro de 2008, que pode ter um efeito positivo no mercado interno, ainda não foi sentido. “Provavelmente, isso se explica devido aos estoques de vinhos importados formados para o final do ano e à margem de rentabilidade, bastante larga nos produtos vindos de outros países, que deve ter sido apenas reduzida agora”, avalia. Paviani também comenta que os preços dos insumos, como rolhas, garrafas e leveduras, tiveram aumentos significativos no período.

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