quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Faltou brasilidade em relação ao vinho
O empresário Antônio Sartori, consultor internacional e um dos maiores especialistas em soja que eu conheço, voltou de Nova Iorque, onde fez uma palestra para grandes investidores, desgostoso com a TAM, pois no vôo da SP-NI, foram servidos apenas vinhos argentinos, “isto que eles dizem que é uma empresa que se orgulha de ser brasileira”. E pergunta: “Onde estão os produtores brasileiros de vinhos que não berram contra isso? Nos melhores restaurantes de Nova Iorque que conheço, os vinhos californianos estão nas primeiras páginas das cartas. Depois, vem os franceses e italianos!”
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2 comentários:
Querido amigo Ucha,
coloquei em meu blog há quase um mês uma 'reclamação' parecida.
A TAM teve a gentileza de nos servir comida quente e em estilo caseiro em um simplea vôo SP- Porto Alegre, então, por que não acompanhar com uam taça de vinho tento, um bom e honesto Merlot nacional?
Seria excelente, inclusive, utilizar um Bag in Box, pois não ocasionaria perda, facilitaria o manuseio e o serviço. E, de quebra, serviria para quebrar um enorme paradigma, de que vinho em BIB é vinho porcaria (claro que existem, infelizmente).
No entanto, enxergo nisso alguns problemas: muitos dos consultores de bebidas de companhias aéreas são contra os vinhos nacionais e ainda por cima aqueles que tem algum respeito por nossa indústria precisam trabalhar com as possibilidades que os grandes contratos com fornecedores lhes dão, o que impossibilita a entrada de nossos vinhos nesse meio - dominado como é por corporações cervejeiras e de refrigerantes.
É uma pena e uma possibilidade que se perde.
Grande abraço,
Sílvia - Blog VinhoVerdeAmarelo
Prezado Ucha:
O Sartori tem razão. É no mínimo contraditório que a TAM, tão orgulhosa de ser brasileira, sirva vinho importado em seus voos.
O Ibravin e os produtores estão atentos a isto. Já realizamos inúmeros contatos com a empresa, que se mostra sempre disposta a conversar, mas, até agora, nada de prático ocorreu.
O consultor de vinhos da TAM é o Arthur Azevedo, que já manifestou interesse em incluir rótulos brasileiros na carta de vinhos da TAM.
O problema, porém, é a questão comercial. A companhia aérea exige receber 6 meses de vinhos gratuitamente para teste. É por isso que há um rodízio entre vinhos chilenos e argentinos na TAM. Em geral, encerrado o semestre, uma nova marca é oferecida aos clientes.
Por isso, até hoje, não conseguimos viabilizar a entrada de um vinho brasileiro na carta da TAM. Na 1ª classe, o valor pago para vinhos TOP é muito baixo.
Enfim, continuamos lutando. Acho que para Copa do Mundo e Olimpíadas, a TAM deveria ter como opção vinhos brasileiros, que sempre são muito procurados pelos estrangeiros que vem ao Brasil.
Abraços,
Orestes de Andrade Jr.
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