quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A atração da Campanha gaúcha

Como deu para ver na conversa com Filipa Pato (acima), os campos da Campanha gaúcha estão começando a ficar conhecidos nos meios da vitivinicultura mundial. O motivo é que são considerados ideais para o plantio de videiras e, mais importante, já tem 16 vinícolas estabelecidas na região. Vamos ver na reprodução do texto que escrevi em minha coluna diária sobre Economia no Jornal do Comércio de Porto Alegre:

Enoturismo chegará à Campanha

O enoturismo da serra gaúcha que se cuide. A região da Campanha, que já possui 16 vinícolas legalmente trabalhando, pretende seguir o exemplo da serra, unir-se e começar a agregar turismo aos seus vinhedos, com os diferenciais do pampa, os campos imensos de horizonte largo, as velhas estâncias, algumas já transformadas em hotéis-fazendas, o gado nobre europeu, as ovelhas e os cavalos crioulos, tudo à disposição dos turistas. Com apoio do Sebrae-RS, está em gestação a Associação dos Vinhos da Campanha Gaúcha, e o Ibravin promete implementar, em 2010, o Projeto Vinhos do Pampa Gaúcho, com a criação de uma marca coletiva com esta denominação. A região já tem 100 produtores de uvas viníferas, com 1.500 hectares de vinhedos em 15 municípios, de onde saem as uvas que servem para elaborar 15% dos vinhos finos brasileiros.
As 16 vinícolas legalmente instaladas são Vinoeste, em Uruguaiana; Serra do Caverá, em Alegrete; Peruzzo, em Bagé; Campos de Cima, em Itaqui; Terrasul, em Pinheiro Machado; Fortaleza do Seival, em Candiota; Almadén, Aliança e Cordilheira de Santana, em Livramento; Rigo, Camponogara, Peterle e Guatambu, em Dom Pedrito; Rio Velho e Darricarrere, em Rosário do Sul; Salton, em Bagé. E Livramento está ganhando mais uma, o uruguaio Javier Carrau, um grande nome do vinho latino-americano, começou a construção da cantina em seus vinhedos no Cerro da Trindade, em Livramento. Um dos líderes da Associação dos Vinhos da Campanha Gaúcha, é Valter José Pötter, pioneiro no plantio de arroz e na criação de gado herreford e braford, que transformou uma de suas fazendas, a da Serrinha. em vinícola e, agora, começa a adaptá-la para o enoturismo, com restaurante, museu de peças da história gaúcha e mostra das principais raças, bovinas, ovinas e eqüinas da Campanha. O próximo passo será a elaboração de um roteiro, folhetaria e comercialização da região em agências de viagens e turismo em todo o País.

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