A vendas de vinhos produzidos no Rio Grande do Sul no primeiro semestre do ano merece um brinde. O crescimento alcançado foi de 8% nos primeiros seis meses de 2009, na comparação com o mesmo período do ano passado. A comercialização positiva interrompe dois anos seguidos de queda nas vendas. Segundo levantamento do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), foram vendidos 102 milhões de litros de vinhos finos e de mesa no primeiro semestre de 2009, ante 94,5 milhões de litros colocados nos primeiros seis meses de 2008. O último incremento na comercialização havia ocorrido em 2006.
A elevação do dólar em relação ao ano passado e a maior divulgação do produto nacional são apontados pelo diretor-executivo do Ibravin, Carlos Raimundo Paviani, como os principais motivos no incremento de vendas dos vinhos no primeiro semestre. Uma prova é a queda de 2% nas importações de vinhos pelo Brasil. “Outro fator relevante é a maior confiança dos consumidores em relação à qualidade do vinho gaúcho e brasileiro”, salienta Paviani. A qualidade reconhecida pode ser comprovada pelo crescimento nos vinhos tintos finos, que chegou a 10,7%.
O gerente de Promoção e Marketing do Ibravin, Diego Bertolini, comenta que, tradicionalmente, as vendas de vinhos e espumantes são maiores no segundo semestre. A maior alta no mercado acontece entre os meses de outubro e dezembro. “Estamos otimistas em fechar o ano com bons resultados”, afirma. “O desempenho foi bom nesta primeira metade do ano, cujo maior desafio é estancar o ritmo de queda na comercialização do vinho brasileiro, produto de maior volume e importância econômica na cadeia produtiva”, comenta. Em 2008, ocorreu um recuo de 13% nas vendas, acumulando a terceira queda seguida no mercado.
Os números apurados pelo Ibravin referem-se ao Rio Grande do Sul – responsável por cerca de 90% da produção nacional – conforme o Cadastro Vinícola, mantido em parceria com a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio (Seappa) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As informações não abrangem o restante do País em razão de outros estados brasileiros não implantarem o Cadastro Vinícola.
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